Vitória SC 0-1 SC Braga: Gverreiros do Minho mais fortes em Guimarães

    A CRÓNICA: SC BRAGA COMO UM “GRANDE” CONTRA UM VITÓRIA SC DE PÓLVORA SECA 

    Primeiro “Derby do Minho” de 2020/21, disputado no D. Afonso Henriques, casa dos vimaranenses. Começa a ser uma das partidas mais aguardadas da época desportiva, pelo que Vitória SC e SC Braga têm feito ao longo dos últimos anos, mas também pelo que se perspectiva que possam vir a fazer nos anos que se seguem.

    Numa primeira parte muito bem disputada, o SC Braga teve 30 minutos iniciais de muita qualidade, com pressão alta, a recuperar ainda no meio-campo dos homens da casa e a ter oportunidades para inaugurar o marcador. Tanto que aos 27 minutos, após uma grande incursão de Galeno pela esquerda, um cruzamento rasteiro veio parar a Esgaio, que depois de um desvio, finalizou em força para 0-1. Adiantava-se, justamente, o SC Braga. Até ao intervalo a toada que descrevemos manteve-se: bracarenses por cima, a quererem dilatar o resultado – e com oportunidades para isso –, com o Vitória SC sem conseguir ter bola e, como sabemos, sem ela não se consegue marcar.

    Os segundos 45 minutos começaram de forma diferente, com os vitorianos a mostrarem mais acutilância ofensiva, mas sem conseguirem chutar a baliza. A posse de bola aumentou, os processos estavam mais rápidos, mas os bracarenses estavam a fechar bem as portas. O SC Braga, esse, continuava a criar perigo com mais regularidade, mas agora mais na base de ataques rápidos.

    Depois de uns 15 minutos de qualidade do Vitória SC, a partida ficou morna e só aqueceu com um “caldinho” típico de um derby, por volta dos 80 minutos. Uma entrada “assassina” de David Carmo sobre Edwards originou uma rixa, com agressões e tentativas de agressão entre os jogadores. Fransérgio, David Carmo e Jorge Fernandes acabaram por ser expulsos.

    Até ao fim o pressing final foi dos da casa, com nove minutos de compensação e superioridades numérica (10×9). No entanto, a pólvora seca foi a constante e o resultado ficou fixado em 0-1, com toda a justiça.

     

    A FIGURA


    SC Braga- Como um todo, jogadores e treinador. Tática ambiciosa de Carlos Carvalhal que só resultou porque o 11 inicial e, vou mais longe, o plantel dos bracarenses é muito superior ao adversário. Destaques principais para: Galeno (o melhor em campo), Esgaio e Sequeira. Pela negativa, David Carmo e Fransérgio, que mancharam a exibição sólida com uma sessão de pugilato.

     

    O FORA DE JOGO


    Falta de adeptos no estádio- Considero que o triunfo do SC Braga foi mais mérito dos próprios do que demérito do Vitória SC, apesar de sabermos que no futebol é muito difícil quantificar isso.

    Por isso, como fora de jogo, acabo por escolher um estádio vazio num derby. Não me vou alongar mais sobre este tema, até porque já falei nele, mas os exemplos que temos tido no futebol nacional e europeu são sempre fantásticos, de respeito pelas regras.

    O tema torna-se ainda mais atual pelo “caos” que vimos no GP de Portimão, da F1. Parece que todos merecem e o futebol, que já deu provas que tem tudo para funcionar de forma fantástica, é sempre deixado para último. Não tenham medo, deixem os portugueses ir à bola. Ao cuidado de quem manda.

     

    Análise Tática: Vitória SC

    Segunda partida de João Henriques ao leme dos vimaranenses, optando pelo mesmo esquema tático que alinhou no Bessa, há menos de uma semana: 4-3-3. Pudemos ver um meio-campo forte, muito povoado, que procurava constantemente as diagonais de Quaresma e Edwards. A defesa foi melhor frente ao Boavista FC, mas teve aqui o seu maior teste.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bruno Varela (7)

    Sílvio (5)

    Jorge Fernandes (4)

    Suliman (5)

    Outtara (6)

    André André (5)

    Agu (5)

    Rochinha (6)

    Quaresma (6)

    Bruno Duarte (5)

    Edwards (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Poha (5)

    Miguel Luis (-)

    Noah (-)

    Análise Tática: SC Braga

    Os “Gverreiros de Minho” entraram para este jogo na sua melhor fase da época, com a equipa a assimilar cada vez melhor as ideias do seu técnico, Carlos Carvalhal. A própria tática, um 4-4-2 “clássico”, teve quatro jogadores com muita vertigem para o ataque, nomeadamente Paulinho, Horta (o Ricardo), Galeno e Iuri Medeiros. Os dois do meio-campo, fortes na pressão e na processo defensivo, ajudam aquela “defesa a 4”, que por vezes joga muito subida e pode deixar espaços para os adversários explorarem.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (6)

    Sequeira (7)

    Bruno Viana (6)

    David Carmo (6)

    Esgaio (7)

    Fransérgio (5)

    Castro (6)

    Galeno (7)

    Iuri Medeiros (6)

    Ricardo Horta (6)

    Paulinho (7)

    SUBS UTILIZADOS

    André Horta (6)

    Schettine (5)

    Al Musrati (5)

    Tormena (-)

    João Novais (-)

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    Carlos Ribeiro
    Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.