O Académico Viseu FC e CD Nacional empataram a um golo no Estádio do Fontelo, em jogo a contar para a última jornada da primeira volta da Segunda Liga.
O Nacional foi o primeiro a chegar à grande área, mas o Académico acabaria por vir ao de cima e fez o primeiro aos 11’ por Quizera que de forma inteligente roubou a bola ao defesa e foi até à grande área para o primeiro da partida. Se do lado viseense Quizera era um quebra-cabeças, Witi era o destaque dos insulares ganhando no 1×1 muitas vezes a Bandeira, mas acabava por definir mal. Já perto do intervalo e com oportunidades para o 2-0, o Académico sofreria o empate por Zé Manuel, numa altura em que o jogo estava muito partido.
Na segunda parte, foram os visitantes a voltarem a entrar melhor, mas o Académico recompôs-se e com as substituições dominou completamente a partida. No entanto, o guarda-redes do Nacional e os postes travaram a vitória viseense. Muitos nervos na parte final também não ajudaram, ainda mais nos sete minutos de compensação.
O Académico soma assim 28 pontos no final da primeira volta e pode perder o terceiro lugar que dá acesso ao playoff de subida à Primeira Liga. Já o Nacional chega aos 17 e continua acima da linha de água.
A FIGURA
Rui Encarnação – O guarda-redes do Nacional foi decisivo, especialmente na segunda parte, com várias intervenções difíceis que evitaram a derrota na partida. Essencial para o ponto amealhado.
O FORA DE JOGO
Rafael Vieira – O defesa do Nacional não soube lidar bem com a pressão alta da linha ofensiva adversaria. O capitão de equipa acabou por falhar ao fazer a receção, adiantando demais a bola para Quizera a roubar. Não tinha ninguém atras de si e não devia ter arriscado no lance e assim os insulares ficaram em desvantagem cedo na partida.
BnR NA CONFERÊNICA DE IMPRENSA
Académico de Viseu FC
BnR: Hoje fez logo duas substituições ao intervalo ambas no setor defensivo [saídas de Bandeira e Arthur para as entradas de Mesquita e Ícaro]. O que pretendia mexer na equipa?
Jorge Costa: O Bandeira tinha cartão amarelo e o Arthur tinha um problema físico.
BnR: O que faltou para a equipa segurar a vantagem inicial?
Jorge Costa: Falhou muita coisa na primeira parte. Não foi por acaso que fiz duas substituições ao intervalo e três no início da segunda parte. Não fiz mais porque a lei não me permitia.
Eu acho que o que falhou hoje foi a parte mental. Vou aproveitar para esclarecer tal como tinha dito na previsão do jogo: o Académico não é candidato à subida. Se subirmos, nós oferecemos o lugar. O que queremos é que nos deixem jogar, de crescer como equipa e que olhem para nós como uma equipa simpática que há 20 jogos que não perde, mas que não tem objetivos.
Nós fomos pontualmente ao mercado de janeiro e vocês sabem que nós poderíamos rechear esta equipa com outro tipo de jogadores e apostar claramente na subida, mas nós não o fizemos nem o vamos fazer. Queremos potenciar estes. Portanto, deixem-nos jogar.
CD Nacional
BnR: O facto do jogo ter ficado partido na ultima fase da primeira parte foi importante para chegar ao golo?
Filipe Cândido: Sim, conseguimos explorar melhor as costas da defesa adversária. Tivemos várias situações e fizemos vários remates e acabamos por marcar.
BnR: As substituições foram feitas mais para refrescar do que alterar a estratégia do jogo?
Filipe Cândido: Sim, o Académico criou-nos bastantes dificuldades no segundo tempo e precisamos de alterar algumas peças para ganhar velocidade e tentar aproveitar os espaços livres na frente para atacar.
BnR: Foi mais difícil jogar com uma equipa há tantos jogos sem perder?
Filipe Cândido: É mais difícil pela confiança criada, mas não viemos cá como derrotados à partida.
Deixo só uma palavra que nós viemos aqui a jogar e para ganhar o jogo. Infelizmente não conseguimos.