CF Estrela 2-0 CD Trofense: Bis de Diogo Pinto deu os três pontos

    A CRÓNICA: JOGO COMPETENTE DO ESTRELA FRENTE A UM TROFENSE DESISNSPIRADO

    Um dia depois de cumprir o seu 90º aniversário, o CF Estrela recebeu o CD Trofense, numa partida a contar para a 19ª jornada da Segunda Liga Portuguesa. A turma da Amadora ocupava o nono lugar e queria dar essa prenda aos seus adeptos que essencialmente em casa se fazem sentir sempre com muita força. Do outro lado a equipa do Trofense que, no 12º lugar, não conhecia o sabor da vitória há três partidas.

    E se a noite estava fria, podemos dizer que o jogo assim começou, com a intensidade desejada neste tipo de competição, mas sem oportunidades claras que fizessem os adeptos levantar-se das suas cadeiras.

    Apesar do equilíbrio, os visitantes conseguiram impor o seu jogo e nos primeiros minutos foram donos e senhores do jogo, com mais remates à baliza, ainda que sem grande perigo. Conseguiram sair desde trás através de um futebol apoiado e num ou noutro momento mais permissivo dos caseiros, acabavam por chegar com qualidade aos últimos 30 metros.

    Ainda assim, aos 25 minutos os aniversariantes encontraram-se dentro das quatro linhas e puseram em prática o seu jogo, também muito atrativo, e as oportunidades começaram a surgir com mais naturalidade. Nem sempre claras, como acontecia do outro lado, mas a turma da Amadora tem a felicidade de poder contar com um jogador de mão cheia, Diogo Pinto, que se desmarcou bem e, frente a frente com o guarda-redes, não tremeu. 1-0 aos 37 minutos, numa rotura que ficou no limite do fora de jogo.

    O CF Estrela estava agora mais confortável, mas sabia que não podia baixar a guarda. Por outro lado, o CD Trofense, se agora tinha de marcar, acabou por perder o fio à meada e só o intervalo os podia salvar. Ele chegou, mas não sem antes o suspeito do costume fazer das suas. Diogo Pinto ganhou um livre à entrada da área que ele próprio cobrou. O desfecho foi o mesmo, bola no fundo das redes numa execução perfeita e estava feito o 2-0 aos quatro minutos de compensação da primeira parte.

    Para os segundos 45 minutos tinha de ser a turma da Trofa a ter iniciativa, na procura de um golo que relançasse a partida. Até acabaram por criar duas boas oportunidades, mas a verdade é que a bola não entrou e à medida que os minutos passavam a descrença era cada vez maior. 45 minutos que em nada deram e no fim a prenda que os adeptos queriam, foi entregue.

    Mais três pontos para o CF Estrela da Amadora, que escalou assim até ao sexto lugar. O CD Trofense, por sua vez, manteve a posição, aumentando para quatro os jogos consecutivos sem vencer, com apenas dois golos marcados nessas mesmas quatro partidas.

     

    A FIGURA

    Diogo Pinto – Quem mais? Fez os dois golos da partida (já tem 11 no campeonato) e deu continuidade à sua excelente forma na II Liga. Os seus movimentos também foram essenciais para que o Estrela chegasse com perigo à grande área adversária.

     

    O FORA DE JOGO

    Permeabilidade defensiva do Trofense – A equipa da Trofa até fez mais remates do que o Estrela, mas os da casa apenas precisaram de enquadrar três remates para fazerem os golos. Para além disso, ambos os lances do golo foram mal defendidos e ditaram por completo o resultado final.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CF ESTRELA

    A alinhar no já habitual 4-3-3, as constantes movimentações, em especial de Madson, Xavi, e de Diogo Pinto é que fez o sistema funcionar, partindo deste trio muitas das boas oportunidades de que o Estrela dispôs.

    Mais atrás, Mamadu Traoré continuou a boa forma a fazer a posição nº 6 e Romain Correia e André Duarte garantiram a solidez defensiva da equipa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gonçalo Tabuaço (7)

    Tiago Melo (7)

    André Duarte (7)

    Anthony Correia (7)

    Afonso Figueiredo (7)

    Chapi (6)

    Diogo Pinto (8)

    Madson (7)

    Xavi (7)

    Salomão (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Aloísio (7)

    Miguel Lopes (6)

    Michel (6)

    Schutte (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD TROFENSE

    Partindo de um 3-4-3, os centrais da Trofa tiveram dificuldade em marcar o trio previamente mencionado do Estrela; no entanto, pelo ar, não concederam oportunidades de golo.

    Mais à frente no terreno, havia dois médios-pivot e dois homens nas alas, mas nenhum destes conseguiu dar o apoio necessário ao ataque. Com bola, o jogo do Trofense passava muito por um inspirado, mas desapoiado Bruno Almeida, que vagabundeava por várias zonas do terreno.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rodrigo (5)

    Mutsinzi (5)

    Caio Marcelo (5)

    Simão Martins (5)

    Daniel Liberal (6)

    Matheus (6)

    Beni (6)

    Tiago André (5)

    Gustavo Furtado (5)

    Bruno Almeida (6)

    Diedhiou (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Achouri (5)

    Keffel (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CF Estrela

    BnR: O Estrela da Amadora, neste momento, tem o terceiro ataque mais concretizador da II Liga, mas também é a defesa com mais golos sofridos. Apesar da equipa estar numa boa fase (quatro vitórias e um empate nos últimos seis jogos), acha que o Estrela ainda tem que trabalhar muito o aspeto defensivo, e se o jogo de hoje já foi uma mostra disso mesmo?

    Filipe Antunes: O aspeto defensivo é algo que nós trabalhamos desde o primeiro dia da época. Claro que nem sempre os jogos correm de acordo como nós gostaríamos, tudo isto é um processo, e como processo que é a equipa tem de crescer nesse aspeto, e hoje, tal como era objetivo para este jogo, terminámos sem golos sofridos, marcamos dois, conseguimos uma boa vitória. Como disse é bem, somos um dos bons ataques deste campeonato, e isso mostra o nosso futebol positivo, a nossa boa ideia de jogo que temos tido desde o início da época.

     

    CD Trofense

    BnR: Boa noite, míster. A sua equipa entrou bem no jogo, a praticar um futebol apoiado desde trás, conseguindo até criar algumas oportunidades. Não conseguiram marcar e foi o Estrela que se colocou em vantagem. A sua equipa pareceu sentir muito o golo sofrido, e numa altura em que se calhar já estava mais a preparar o discurso ao intervalo, para explicar à sua equipa como deveria encarar a desvantagem de um golo, acaba por sofrer o segundo. Pergunto-lhe de que forma isso defraudou as suas expectativas e a abordagem que iria ter para a segunda parte?

    Francisco Chaló: Tivemos seis, sete minutos fatídicos, é verdade. A análise que faz vai de acordo ao que eu acho, mas o que eu não sabia era que valiam golos fora de jogo. Entendemos a profundidade do jogo, mas profundidade é uma coisa, o adiantamento em relação à linha é outra. Não estou a falar de cor, já tive a oportunidade de ver as imagens, não do Canal 11, porque no segundo golo estavam mais focadas no guarda redes do que no lance, e, portanto, estou a falar com toda a propriedade. Eram duas boas equipas que estavam aqui, com um futebol positivo, e foi pena manchar a qualidade futebolística com lances mal ajuizados. Isso prejudicou novamente a nossa equipa, é o terceiro jogo que temos em que perdemos pontos com golos de fora de jogo. A isso juntamos a semana altamente atribulada, estamos aqui com 48 horas de treino, depois de uma semana de Covid, em que não conseguimos trabalhar. Os jogadores deram tudo o que tinham. Também deve reconhecer que entramos muito bem na segunda parte, curiosamente. É verdade que abalamos no golo que sofremos porque foi contra a corrente, mas entrámos muito bem, mudando até algumas coisas. Pena foi que não marcamos. Os dados estatísticos dizem isso mesmo, há equilíbrio em tudo, na posse de bola, nos remates, cantos. Os dados estatísticos traduzem muito aquilo que foi o jogo. A felicidade que o Estrela da Amadora teve fez pender o jogo para o lado deles, e apesar do livre ser bem marcado, ele precedeu de uma irregularidade de fora de jogo.

     

    Rescaldo da opinião de Afonso Santos e Guilherme Vilabril Rodrigues.

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