Revolta de uns, reviravolta de outros | Leixões SC 1-3 FC Porto B

    O FC Porto B venceu o dérbi com o Leixões SC por 1-3, num encontro marcado pela reviravolta portista na segunda parte, que deu azo à revolta leixonense – no campo e na bancada. Polémicas para o lado, assenta dizer que o resultado penaliza talvez em demasia a postura dos de Matosinhos no encontro. Os primeiros 30 minutos foram dos jovens dragões, mas, da marca da meia-hora em diante, o domínio foi vermelho-e-branco.

    O resultado penaliza, então, demasiado o Leixões SC. Mas penaliza, acima de tudo, a falta de eficácia demonstrada pela turma da casa. As oportunidades não foram abundantes, mas foram as suficientes e suficientemente claras para o Leixões SC extrair mais da partida. É certo que os golos portistas surgiram contra a corrente do jogo, mas essa corrente devia ter sido suficiente para deixar os jovens dragões deitados na areia. Não o foi e o FC Porto B acabou mesmo por castigar um Leixões SC demasiado perdulário.

    Não obstante a forma como o Leixões SC se foi adaptando ao meio-campo povoado dos azuis-e-brancos, que é de louvar, quem desperdiça como os homens de Pedro Ribeiro desperdiçaram sujeita-se a perder pontos, mesmo estando em vantagem no marcador ao intervalo. O Leixões SC sentiu isso na pele e sofreu mesmo a primeira derrota caseira nesta edição da Segunda Liga. O FC Porto B levou os três pontos até ao Olival e somou a primeira vitória fora de casa da temporada, com Wendel Silva no centro da reviravolta portista e da revolta leixonense, pela forma como festejou os golos diante da sua ex-equipa.

    Mais do que justa ou injusta, a vitória portista foi penalizadora para o Leixões SC, que leva desta partida, acima de tudo, uma lição: criar sem marcar não é suficiente.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    BnR: Esta foi a terceira vez na temporada em que o Leixões SC esteve em vantagem no marcador e foi a primeira vez que tal aconteceu em casa, mas, ao contrário do sucedido em Paços de Ferreira e em São João de Ver, não conseguiu segurar a vitória. O que faltou hoje ao Leixões SC para “amarrar” a vitória?

    Pedro Ribeiro: Nós não entrámos bem no jogo, o FC Porto B iniciou o jogo melhor que nós. Sensivelmente a meio da primeira parte, equilibrámos e começámos a pressionar melhor. Não foi por falta de vontade, foi por uma questão estratégica que o FC Porto B estava melhor que nós. Equilibrámos e, a partir daí, a equipa cresceu e chegámos ao golo com naturalidade. O jogo estava totalmente controlado. O golo do empate do FC Porto B… já estive a ver as imagens e não vejo que a bola tenha entrado. O jogo ficou 1-1 e, a partir daí, entrou em campo alguma ansiedade, o que é normal, porque queríamos a primeira vitória aqui em casa. Daí para a frente, as melhores oportunidades são nossas e dá-se a grande penalidade que não merece qualquer comentário.

    BnR: O Leixões SC cresceu na reta final da primeira parte e pareceu-me que quanto mais Adriano Amorim vinha atrás pegar na bola, melhor a equipa ligava o jogo. Sentiu que o crescimento do Leixões SC nessa fase da partida esteve relacionada com esse papel do camisola “84” ou outros fatores há a considerar?

    Pedro Ribeiro: Não, o FC Porto B andava com muita gente por dentro, com três médios mais um ou dois do ataque e, quando melhorámos, porque começámos a perceber o que tínhamos de fazer, porque foi uma novidade, conseguimos pressionar melhor. As dinâmicas do Adriano a vir atrás são como as do Avto, que faz a mesma coisa. O Adriano quando vem atrás e pega na bola ajuda a equipa, claro, mas nós temos sempre essas dinâmicas.

    Outras declarações:

    Não foram colocadas mais questões.

    BnR: A reviravolta do FC Porto B, com três golos num terreno onde não tem sido fácil para os visitantes fazer golo, é sinal de maturidade da sua equipa, uma maturidade que se calhar não é tão expectável assim numa equipa B?

    Fábio Moura: O FC Porto B não ganhava aqui penso que há oito anos e nós entregámos mesmo isso aos jogadores. Eu acho que o nosso melhor período foram os primeiros 30 minutos e, quando o jogo fugiu das nossas mãos, foi isso que foi dito. Tínhamos de esperar pelo nosso momento no jogo. Acho que é muito bom para eles passar por estes momentos, ter os adeptos adversários em cima deles, para que possam estar mais perto daquilo que são as nossas exigências.

    BnR: Na segunda parte, vimos Wendel Silva cair muito sobre o lado esquerdo, no momento ofensivo do FC Porto B. Essa mudança deveu-se a algo detetado na primeira parte que não agradava tanto ou o que estava a acontecer na primeira parte estava bem, mas era preciso ou algo diferente na abordagem ao jogo?

    Fábio Moura: Pela forma como o adversário nos estava a condicionar, tivemos que ajustar. Teve mais a ver com a forma como o adversário estava, não tanto uma mudança da primeira para a segunda parte.

    Outras declarações: Não foram colocadas mais questões.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.