A Segunda Liga foi mal representada por duas das suas melhores equipas. Académica e Aves não foram capazes de desfazer o nulo e o jogo terminou, portanto, triste.
Esta monotonia é explicada por algum receio demonstrado pela Académica na forma como abordou o jogo, desprovendo a frente de ataque de um ponta de lança de raiz, ficando, por isso, entregue às deambulações de Marinho, Ernest e Traquina. Uma estratégia que o Aves anulou com relativa facilidade, ao obrigar a Académica a procurar uma referência de área que não existia (Rui Miguel e Diogo Ribeiro ficaram no banco).
Porém, tendo em conta que à boa performance defensiva o Aves não aliou um bom comportamento ofensivo, por via do respeito excessivo com que abordou a partida, ficou “montado” o contexto de um jogo que se tornou demasiado monótono e sonolento, sendo raras as vezes em que se acercou da baliza contrária com perigo efetivo.
Este cenário alterou-se com a expulsão de Yuri Matias. O central da Académica, já com um amarelo, foi imprudente ao travar a marcha de Erivaldo e acabou expulso, o que motivou a reação do Aves.
Já com Barry em campo, fazendo dupla da frente com Guedes, o Aves teve, enfim, três oportunidades para marcar, com ambos os pontas-de-lança em particular evidência. Primeiro, foi Guedes, em posição privilegiada, a rematar para defesa difícil de Ricardo. Depois foi Barry, por duas vezes. Primeiro, de cabeça, aos 90+2, fez a bola rasar a barra, depois, aos 90+4, de pé direito, atirou à trave.
Acabava, assim, de forma estranhamente agitada, um jogo que não deixou arrependido quem preferiu ficar em casa. Ou quem, por qualquer razão que nos escapa, procurava um suporífero num estádio de futebol.