Académica OAF 2-0 Académico de Viseu FC: O duelo de académicos foi vencido pela Sra. Dra. Briosa

    A CRÓNICA: A RAZÃO DA BRIOSA

    Quando se fala de um duelo de académicos, poderá pensar-se num debate, onde há um silêncio respeitador quando são explanados os argumentos. Algo contrastante com a alegria de um campo de futebol, onde o barulho é uma constante no apoio às partes que procuram a “razão” do jogo. Em Coimbra, foi a Académica a reclamá-la, com toda a justiça.

    Os primeiros 45’ foram dominados pelos da casa. O 1-0, apontado por Leandro aos 27 minutos, surgiu como consequência natural, assim como as boas oportunidades de que dispuseram Traquina (remate ao poste) e Marcos Paulo (de livre, obrigou Janota a defesa apertada).

    Na 2ª parte, o Académico foi em busca do empate, com Carter em destaque – teve o mérito de se colocar no sítio certo, mas pecou na finalização.
    A Académica soube esperar a altura ideal para contra-atacar e matar o jogo. Assim o fez com Traquina a terminar com as ambições viseenses aos 79’.
    No duelo de Académicos, venceu aquele que teve mais brio. Aquele não. Aquela. A Srª. Drª. Briosa.

    A FIGURA

    Fonte: Académica OAF

    Traquina – Está num excelente momento de forma e a equipa beneficia dele. Revelou-se importante tanto a atacar (além de marcar o 2-0, agitou o jogo sempre que tocou na bola), como a defender (era o primeiro tampão defensivo sobre o flanco direito defensivo da Académica e não permitiu veleidades a Bruno).

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Académico de Viseu FC

    Zimbabwe – Não conseguiu funcionar como tampão defensivo, nem municiar o ataque como lhe era solicitado. Ao invés, revelou-se algo desastrado técnica e taticamente, o que tirou qualidade ao ataque viseense e, ao mesmo tempo, abriu espaço nas suas costas, prontamente explorado pela ofensiva adversária.

    ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA OAF

    A Académica apresentou-se num 4-3-3 sem ponta-de-lança de raíz. Barnes foi a referência ofensiva, muitas vezes apoiado por Chaby, a quem era dado um papel mais dinâmico. Um posicionamento que deu frutos, já que o jogador formado no Sporting teve papel decisivo no golo inaugural.
    Com o passar do tempo, a Académica baixou linhas e jogou em busca de uma transição que lhe permitisse matar o jogo. Foi já com Djoussé e Ki em campo que o logrou fazer.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES
    Mika (6)
    Mike (7)
    Silvério (6)
    Arghus (6)
    Moura (6)
    Marcos Paulo (6)
    João Mendes (6)
    Leandro (7)
    Chaby (7)
    Traquina (7)
    Barnes Osei (6)

    SUBS UTILIZADOS
    Djoussé (5)
    Ki (6)
    Sérgio Conceição (4)

    ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO VISEU FC

    O Académico começou por abordar o encontro num 4-4-2 com linhas demasiado baixas, mas bastante compactas.
    Depois do primeiro golo do adversário, os laterais passaram a “descolar” da zona defensiva e auxiliaram o ataque, enquanto que os médios-ala passaram a oferecer maior largura.
    Uma mudança que começou por criar algo frisson, mas que nada valeu aos viseenses, já que viriam a sofrer mais um golo por força do risco que correram com esta estratégia.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES
    Janota (5)
    Rui Silva (5)
    Pica (4)
    Mathaus (5)
    Jorge Miguel (4)
    João Mário (5)
    Zimbabwe (4)
    João Oliveira (5)
    Bruno (5)
    Latyr (5)
    Carter (5)

    SUBS UTILIZADOS:
    Edgar Abreu (4)
    Jonathan Cordaso (4)
    Fernando Ferreira (4)

    BnR na Conferência de Imprensa

    Académico de Viseu FC

    BnR: Sentiu-se de alguma forma surpreendido pelo facto de a Académica ter-se apresentado sem um ponta de lança de raiz?

    Rui Borges: A Académica jogou assim no último jogo, estávamos preparados para que jogassem com o Barnes na frente. Creio que foi mais o psicológico e o cansaço que afetou a equipa.

    Também baixámos um bocado mais as linhas na primeira parte um pouco mais do que aquilo que é normal para nós. Pode acontecer isso num ou noutro jogo e isso foi-nos tirando alguma concentração, alguma confiança e saímos penalizados.

    Académica OAF

    BnR: Djoussé entrou com impacto em Matosinhos, mas decidiu manter Barnes no onze inicial. É uma aposta para manter?

    João Carlos Pereira: Eu entendo a discussão à volta do ponta de lança. Aqui o que muda são as características. O Barnes é normalmente extremo, mas tem características de atacante. São decisões ponderadas perante cada tipo de jogo.

    Sobre o efeito que surtiu no jogo de hoje, em comparação com o jogo de Matosinhos, acho que o Barnes deu-nos coisas em Matosinhos que a equipa não soube aproveitar. E o Djoussé entra e tem impacto no jogo.

    É verdade que o nosso plantel tem poucas soluções. Tenho de gerir de acordo com as necessidades e tentamos somar pontos aliados à qualidade de jogo.

    Foto de capa: Bola na Rede

    Artigo revisto por Joana Mendes

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