Académica OAF 2-1 GD Chaves: Fator casa voltou a ser chave para a “Briosa”

    A CRÓNICA: REVIRAVOLTA TARDIA, MAS SUFICIENTE

    No jogo de cartaz da 30ª jornada da Segunda Liga, a Académia OAF venceu o GD Chaves por 2-1 e aproveitou para se distanciar de mais um concorrente direto na luta pela subida. Os transmontanos até foram para o intervalo a ganhar com um golo alcançado no final do primeiro tempo, mas os estudantes trataram de operar a reviravolta no último um quarto de hora da partida.

    O conjunto da casa entrou melhor no encontro e esteve por cima até aos 35 minutos, mas a falta de clarividência na conclusão das jogadas acabou por penalizar os “estudantes”. Sanca falhou o alvo por duas ocasiões em posição privilegiada e Bouldini atirou à barra ao minuto 33, sendo que, pelo meio, o conjunto visitante teve ainda um golo anulado a Juninho, por fora de jogo. Os transmontanos apoderaram-se da bola nos minutos que antecederam o intervalo e, após terem assustado num remate de João Teixeira, foi a vez de João Correia aproveitar uma falha de Sanca numa transição e atirar, assim, para o primeiro golo do encontro.

    Para o segundo tempo já se esperava uma Académica a correr atrás do prejuízo, contudo, a formação de Coimbra enfrentou várias dificuldades para furar a sólida defesa do emblema de Chaves, principalmente nos primeiros 25 minutos. Batxi chegou a estar perto de ampliar a vantagem a abrir o segundo tempo, mas seria a Briosa a chegar ao golo do empate. Ricardo Dias conquistou uma grande penalidade perto do minuto 80’ e Zé Castro tratou de restabelecer a igualdade.

    A equipa visitante tentou responder de imediato num lance em que João Correia até ficou isolado, só que Mika fez de parede e impediu que tal acontecesse. Os estudantes não desistiram de acreditar e foi a partir de uma nova bola parada que a Académica assinalou a cambalhota no marcador. Na sequência de um pontapé de canto cobrado por Traquina, Bouldini apareceu à entrada da pequena área e cabeceou para o tento da reviravolta, num lance em que Paulo Vítor a acabou por sair mal à bola.

    A batalha até final foi intensa, mas o resultado não mais se alterou e é a Académica que acaba por sorrir, conquistando três importantes pontos na luta pela subida e no regresso aos triunfos no seu estádio. Já a equipa de Trás-os-Montes soma a primeira derrota desde que Vítor Campelos assumiu o comando técnico e fica agora a três pontos dos estudantes.

     

    A FIGURA

    João Correia – Foi o motor do ataque do Chaves. Muito interventivo do lado direito do ataque, parecia um extremo a rasgar pela linha. Fez o golo dos flavienses e apresentou mais uma série de bons apontamentos. Teve nos pés o 2-1, mas Mika negou-lhe nova alegria.

     

    O FORA DE JOGO

    Leandro Sanca – Uma manhã para esquecer. Desperdiçou duas oportunidades para marcar ainda antes do golo do Chaves e tomou uma série de más decisões no último terço. Acaba ligado ao golo de João Correia pela perda de bola que deu o 1-0.

     

    ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICA OAF

    A Académica lançou-se num 4-2-3-1. Fabiano, na direita, Mike, na esquerda, e Zé Castro e Rafael Vieira no meio, compuseram o quarteto defensivo. Na zona do meio-campo, Ricardo Dias e Diogo Pereira, médios com características mais defensivas, e Fabinho foram os escolhidos. Mais próximos da baliza contrária Traquina, Sanca e Bouldini.

    Os “estudantes” não abdicaram de tentar uma saída curta e trabalhada com Zé Castro, um defesa-central com pés de 10, em evidência. A Académica procurou bastante o espaço à largura, com os dois extremos bem abertos e a procurarem situações de cruzamento. Diogo Pereira descaiu bastante sobre o lado direito ligando-se com Fabiano e Traquina. O lado esquerdo do ataque ficou livre para as investidas individuais de Sanca, sendo que, na segunda parte, a entrada de Bruno Teles deus mais soluções a esse mesmo corredor.

    A pressão alta, iniciada pelos homens mais adiantados, Bouldini e Fabinho, e a forte reação à perda foram constantes na tentativa de recuperar a bola. Na impossibilidade de o fazer, a equipa organizou-se em 4-4-2.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mika (7)

    Fabiano (6)

    Rafael Vieira (6)

    Zé Castro (8)

    Mike (6)

    Ricardo Dias (7)

    Diogo Pereira (6)

    Fabinho (6)

    Traquina (6)

    Leandro Sanca (5)

    Bouldini (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Mayambela (7)

    Bruno Teles (6)

    Mimito (6)

    Filipe Chaby (6)

    Silvério (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – GD CHAVES

    Para este jogo, o Chaves repetiu pelo quarto jogo consecutivo o mesmo onze. Vítor Campelos optou pelo 4-3-3. O centro da defesa ficou a cargo de Luís Rocha e Vasco Fernandes, enquanto João Correia e João Reis ficaram responsáveis pelas laterais. No meio-campo Nuno Coelho foi o vértice mais recuado do triângulo que contou ainda com Benny e João Teixeira. Na frente, os extremos Juninho e Batxi e o ponta de lança Roberto.

    Os transmontanos privilegiaram o uso dos corredores laterais no seu jogo ofensivo, sobretudo aproveitando as incursões de João Correia que, apesar da sua posição mais defensiva, pensa o jogo como um extremo.

    No desenvolvimento do seu jogo existiu a preocupação de assumir o controlo da posse de bola e com isso tentar chegar o esférico rapidamente ao lado contrário. Os flavienses colocaram sempre muita gente no último terço com os dois médios interiores a chegaram muito perto da área contrária no apoio aos três avançados e ainda um dos laterais.  Notou-se ainda bastante preocupação na execução de bolas paradas.

    Para a transição defensiva, a equipa contou com a proteção mais recuada dos dois defesas-centrais, do médio defensivo e com o lateral do lado contrário ao da bola.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Paulo Vítor (5)

    João Correia (8)

    Luís Rocha (5)

    Vasco Fernandes (6)

    João Reis (6)

    Nuno Coelho (6)

    João Teixeira (7)

    Benny (6)

    Juninho (5)

    Batxi (5)

    Roberto (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Kevin Pina (6)

    Wellington Carvalho (6)

    Luís Silva (6)

    Hélder Guedes (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    ACADÉMICA OAF

    BnR: Concorda que Zé Castro tem sido útil na saída para o ataque, nos processos de construção e até mesmo para dar largura à equipa?

    Rui Borges:  O Zé dá-nos isso. Em termos técnicos dá-nos uma clareza com bola, dado que tem toda a experiência e um bom trajeto. Essa clareza no passe acaba por estar claramente acima da média, arriscaria dizer que nem na Primeira Liga existe. Tal como venho referindo até aqui, é o nosso líder, a palavra dele dá tranquilidade, mesmo com bola, e com a urgência de chegar ao golo, acaba por imperar essa tranquilidade. Foi importante o regresso neste momento e fico feliz.

     

    GD CHAVES

    BnR: Repetiu hoje o mesmo 11 pela quarta vez. Sente que este é o “11 base” que lhe pode dar garantias para o que falta jogar?

    Vítor Campelos:  Infelizmente, já não vamos poder repetir por termos tido um jogador expulso. Estamos bastante satisfeitos com o trabalho dos jogadores não utilizados. Não temos apenas 11. O plantel trabalha sempre no máximo. Tenho a certeza que quem jogar nos próximos jogos vai dar boa resposta.

     

    Rescaldo redigido por Francisco Grácio Martins e Miguel Simões.

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