As últimas jornadas mostraram um Famalicão em crescendo, quer em termos exibicionais, quer em termos pontuais. A equipa de Nandinho, porém, continuava, à partida para este jogo, numa posição delicada na tabela – na Segunda Liga tudo é possível… Talvez essa insegurança fosse a principal razão para tantos erros defensivos por parte dos famalicenses que, desde muito cedo, colocaram a equipa da casa numa posição desconfortável. O Porto B limitou-se a aproveitar e, depois da vantagem, a controlar.
Foi um Famalicão longe do seu melhor aquele que se apresentou na primeira parte do encontro. A equipa de Nandinho até foi criando perigo através de investidas individuais de Mendes – o resto da equipa esteve longe de se aproximar do extremo -, mas, desde muito cedo, se percebeu que os problemas atrás poderiam comprometer todo o trabalho. O Porto B, sem nunca acelerar muito, soube aproveitar. As distracções e desconcentrações sucediam-se e as oportunidades para os azuis iam surgindo com naturalidade. Foram dois golos e mais um par de sustos. Os adeptos da casa suspiravam pelo intervalo e ele chegou. Com tantas falhas, os homens da casa mostravam-se…conformados.
A segunda parte não trouxe um filme muito diferente. Um Famalicão errático e nervoso na elaboração do seu jogo ofensivo e um Porto B que, não precisando de aumentar o ritmo, foi dono e senhor do encontro. Claro que o cenário ficou ainda mais negro para os de Famalicão quando Fede Varela, um dos melhores em campo, ameaçou tornar o jogo em contornos de escândalo. O Famalicão, já em 4-4-2, mostrava-se impotente para ter uma reacção efectiva.
Até ao fim, assistiu-se a um encontro mal jogado e desinteressante com a formação portista a deixar correr o tempo e a congelar o jogo – o mais importante estava feito. Os da casa ainda reduziram mas, a emoção nem sequer chegou a tomar conta do Municipal de Famalicão. Os erros já tinham sido muitos.