SL Benfica B 2-1 FC Porto B: Época acaba com reviravolta encarnada

    A CRÓNICA: DRAGÕES NÃO AGUENTARAM A VANTAGEM, MAS CONSEGUEM A MANUTENÇÃO

    O Benfica Futebol Campus recebeu o clássico da 34.ª jornada da Segunda Liga entre SL Benfica B e FC Porto B. Num encontro chave para as contas da manutenção, os dragões precisavam da vitória para assegurar de imediato a continuação na competição, enquanto  os encarnados pretendiam subir na classificação.

    Com a pressão do seu lado, os comandados de António Folha entraram melhor e dominaram durante grande parte do primeiro tempo, com a magia de Francisco Conceição a fazer a diferença e a colocar em sentido a defensiva das águias.

    Primeiro foi Evanilson que desperdiçou um cabeceamento à passagem do quinto minuto, e de seguida foi Francisco que, no um para um com o guarda-redes belga, Mile Svilar, permitiu a defesa com o pé.

    O SL Benfica B ia tentando equilibrar a partida, mas ia tendo dificuldade em controlar a posse de bola e optava por atacar utilizando bolas longas e tentando explorar a velocidade do seu tridente ofensivo.

    Aos 38 minutos, Francisco Conceição pegou no esférico e atraiu toda a atenção do setor mais recuado dos encarnados, que deixaram João Mário livre de marcação. Quando o esférico lhe chegou aos pés, já dentro da área, o médio finalizou e inaugurou o marcador.

    O segundo tempo iniciou com o golo do empate por intermédio de Tiago Gouveia. Umaro Embaló aproveitou o espaço que a defesa portista lhe ofereceu para colocar o esférico ao segundo poste, onde apareceu Tiago Gouveia, livre de marcação. O atleta das águias cabeceou picado e conseguiu bater Diogo Costa, que nada pôde fazer.

    Reposta a igualdade, o jogo ficou partido e as duas equipas começaram a procurar mais a baliza adversária, mas o empate só foi desfeito quinze minutos depois por intermédio de Diogo Mendes, que, após canto do lado esquerdo, saltou mais alto e fez o 2-1.

    Até ao final, Kalaica recebeu ordem de expulsão depois de ver o segundo cartão amarelo e o FC Porto B começou a aproximar-se cada vez mais da baliza adversária – grande parte das vezes fruto da criatividade de Francisco Conceição, mas o resultado não sofreu alterações.

     

    A FIGURA

    Francisco esteve em destaque frente ao SL Benfica B
    Fonte: Isabel Silva / Bola na Rede

    Francisco Conceição – O jovem do FC Porto B foi o principal desequilibrador do lado azul e branco. Tanto na primeira como na segunda parte, o número 85 portista colecionou jogadas de perigo graças à sua capacidade de drible e imprevisibilidade.

    O FORA DE JOGO

    Confusão no final do jogo entre SL Benfica B e FC Porto B
    Fonte: Leonardo Bordonhos/ Bola na Rede

    Confusão no final do encontro – No fim de um jogo de muita intensidade (ainda que nem sempre bem jogado), as cenas após o apito final acabam por manchar tudo o que aconteceu dentro de campo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA B

    Os comandados de Nelson Veríssimo apresentaram-se num tradicional 4-3-3 com Diogo Mendes a assumir o papel de médio mais recuado, libertando David Tavares e Illija Vukotic. Umaro Embaló ia-se mostrando como um dos principais criativos no lado direito do ataque encarnado, mas apenas a espaços.

    Defensivamente, as águias mostraram bastante dificuldade em condicionar a ação de Francisco Conceição, que aproveitava o espaço entre a linha defensiva e média do SL Benfica B para desequilibrar com e sem bola.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Mile Svilar (7)

    João Ferreira (7)

    Tomás Araújo (6)

    Kalaica (6)

    Godfried Frimpong (6)

    David Tavares (7)

    Tiago Gouveia (7)

    Ikkija Vukotic (6)

    Umaro Embaló (6)

    Diogo Mendes (7)

    Henrique Araújo (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Rafael Brito (6)

    Samuel Pedro (7)

    Filipe Cruz 6)

    Daniel dos Anjos (6)

    Gonçalo Loureiro (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO B

    A precisar de pontos na luta pela manutenção, a formação de António Folha atuou com oito atletas da equipa principal no seu onze inicial, um aditivo importante na luta pela vitória. Talvez pela pressão de vencer, os visitantes entraram melhor e exploraram bem os espaços existentes na defensiva adversária, criando várias ocasiões de perigo.

    Com uma pressão alta e um meio-campo a três que conseguiu controlar a bola, os dragões estiveram por cima no primeiro tempo, mas o golo sofrido a abrir a segunda parte acabou por recolocar a pressão na equipa portista, que passou a ter mais dificuldades em criar através do seu ataque organizado e recorria várias vezes a jogadas individuais.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (7)

    Diogo Leite (7)

    Romário Baró (6)

    João Mário (7)

    Evanilson (6)

    Nanu (6)

    João Marcelo (6)

    Fábio Vieira (6)

    Mor N’diaye (6)

    Rodrigo Conceição (6)

    Francisco Conceição (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Daniel Namaso (6)

    Rodrigo Valente (6)

    Igor Cássio (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SL Benfica B

    BnR: No primeiro tempo, o FC Porto acabou por entrar melhor e teve várias oportunidades para marcar, antes de ter inaugurado o marcador. O que correu mal para ter essa entrada menos positiva?

    Nelson Veríssimo: Julgo que a primeira parte foi muito equilibrada naquilo que foi o domínio do jogo e na criação de oportunidades de golo. O Porto chega à vantagem numa situação que já tínhamos identificada e que não conseguimos contrariar, que foi o posicionamento entre linhas do Francisco Conceição. Uma das correções que fizemos foi tentar contrariar esse posicionamento e depois julgo que fizemos uma grande segunda parte.

    FC Porto B

    BnR: Durante o jogo o FC Porto acabou por atacar mais pelo corredor direito, com o Francisco Conceição a desequilibrar. Essa aposta foi propositada porque sentiam que existia aí uma fragilidade na defesa do Benfica?

    António Folha: Não vemos o jogo pelas individualidades, mas sim pelo coletivo. Obviamente sabemos do talento do Francisco e sabíamos que ao deixá-lo em situações confortáveis ele podia desequilibrar, como o fez e faz muitas vezes. Por isso, não vemos o jogo pela individualidade, vemos sempre pelo nosso coletivo, portanto não foi por aí.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Leonardo Costa Bordonhos
    Leonardo Costa Bordonhoshttp://www.bolanarede.pt
    É jornalista desportivo e o andebol e o futebol foram o seu primeiro amor. Com o passar do tempo apaixonou-se também pelo basquetebol e futebol americano, e neste momento já não consegue escolher apenas um                                                                                                                                                 O Leonardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.