O Jorge é outro dos culpados por esta situação em que nos encontramos. Eu nem devia estar a falar do senhor porque já não gostava dele antes de vir para o nosso clube, porque acho que lhe falta humildade, podendo-se considerar um dos melhores sem ter que rebaixar os outros.
Também achava que ele só era bom quando munido de grandes plantéis, o que não será totalmente justo uma vez que já vi grandes plantéis fazerem campeonatos miseráveis.
A verdade é que, com o nosso curto plantel, ele conseguiu organizar uma equipa com jogadores de muita qualidade a jogar um futebol ofensivo, sem descurar o processo defensivo, o que me está a fazer mudar de opinião quanto às qualidades profissionais (não as humanas) do senhor. E são essas que me interessam e devem interessar para a obtenção de resultados. Ele é culpado por termos uma equipa que que nunca se dá por vencida, o que me agrada.
E já agora, quanto aos vícios que lhe estão a imputar, já antes os tinha e nem por isso ouvia alguém a criticá-lo por isso. Aliás, via até muitos elogios às suas capacidades.
Nessa altura davam ênfase essencialmente ao lado positivo da sua forma de trabalhar e falar, enquanto que agora parece que se tornou um outro homem a quem se encontram unicamente defeitos.
Eu aponto-lhe um. É mau a fazer substituições. Não arrisca o que deveria, mas talvez por ser obcecado por equilíbrios.
E uma vez que estamos a entrar na Quaresma, quanto ao último jogo (ou últimos), Jesus poderia ter gritado a celebre frase de um seu homónimo, proferida há uns milénios atrás que dita “Meu Deus, porque me abandonaste?”