AFC Ajax 4-2 Sporting CP: Do “bom aquecimento” ao “jogo a feijões”

A CRÓNICA: ALUNOS DO PROFESSOR AMORIM AQUECEM A NOITE, MAS NÃO CONSEGUEM EVITAR A DERROTA NA LIGA DOS CAMPEÕES

Jogo do Ajax contra Sporting a contar para a última jornada da Liga dos Campeões, os dois melhores conjuntos do grupo C aproveitaram o bom trabalho feito até ao momento para fazer descansar os titulares, em momentos diferentes do jogo.

Os leoninos deram o pontapé de saída numa arena vazia e silenciosa, com ambas as equipas a demonstrar desde logo vontade de pressionar alto e com vigor.

Os primeiros classificados do grupo seriam os primeiros a chegar à área adversária, com Martinez a criar perigo nas costas da linha defensiva dos “leões”.

O AFC Ajax dominaria os primeiros minutos através de posse tranquila e paciência para chegar ao último terço, enquanto o Sporting CP procuraria organizar-se para conquistar um pouco mais a bola e tentar surpreender o adversário em contra-ataque.

Os holandeses voltariam a chegar à área ao minuto 9, com Neto em desequilíbrio a conseguir resolver, sem que, contudo, fosse capaz de evitar o episódio triste que se seguiu: em lance disputado na área, Daniel Bragança acabou por ceder um penálti.

Haller, sem espinhas, não desperdiçou, e marcou pela sexta partida consecutiva nesta edição da competição.

O onze de Rúben Amorim entrou com mais alterações na equipa, sim, mas seria principalmente o golo sofrido tão cedo que complicaria a missão dos leoninos na primeira parte.

Ainda assim, a turma de Alvalade teve uma excelente capacidade de reação e foi através de ataque veloz por parte de Tabata que começou a criar perigo.

Aos 15 minutos, as boas trocas e rapidez pelo flanco esquerdo dos homens da casa viriam a encontrar Berghuis, com liberdade para chutar à entrada da área. A bola passou muito perto do poste direito da baliza de Virgínia.

Antony apareceria logo de seguida em “modo furacão” nas costas da defesa leonina, mas o jovem guardião voltaria a resolver.

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O Sporting, apesar da dificuldade em ter bola, conseguiria criar mais ocasiões.

Tabata, excelente ao minuto 20, a rodar e desfazer-se do adversário no corredor central, consegue encontrar Tiago Tomás nas costas e o avançado remataria com perigo de fora da área.

Dois minutos depois, o golo chegava! Através de saída rápida, e desta vez ao contrário, é Tiago Tomás que está mais recuado e faz a bola seguir para Tabata, na direita, que em cruzamento teleguiado vê Nuno Santos marcar um fantástico golo em “modo acrobático”.

João Virgínia faria uma bela primeira parte, resolvendo possíveis males maiores por várias vezes, mas as constantes ameaças de Antony ao longo do jogo viriam a dar frutos. Os holandeses pressionam sempre com vários homens quando perdem a bola e um erro na tentativa de saída com bola levou Inácio ao erro, mesmo no coração da área. 2-1 para o intervalo.

A segunda parte traria menos história e começaria algo embrulhada, e durante a maior parte do tempo o Ajax estaria sempre mais perto de marcar novamente do que o Sporting de reduzir.

Os primeiros 15 minutos demonstrariam que a formação verde e branca teria muita dificuldade em voltar aos níveis de concentração alcançados durante algum tempo da primeira parte, e os erros viriam a acumular-se e dar origem a mais golos por parte dos homens de Erik ten Hag.

Só após o minuto 70, e depois de algumas alterações, com as entradas dos titulares Paulinho, Pedro Gonçalves e Sarabia, os “leões” demonstrariam capacidade para voltar ao jogo e Tabata arrancaria algum consolo a nível individual com um golo que premiaria a sua boa exibição em Amesterdão.

Desta forma, os portugueses sairiam da Johan Cruijff Arena com uma derrota amarga, principalmente se apenas se considerassem os esforços da primeira parte.

O destaque vai para Gonçalo Esteves, que se tornou no mais jovem “leão” a jogar na Liga dos Campeões, durante 73 minutos, passando depois o testemunho a Dário Essugo, que substituiria Bragança aos 81’.

 

A FIGURA

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Antony – O avançado brasileiro de 21 anos confirmou a boa forma em que tem estado. Na Champions tem-se destacado mais com assistências do que com golos, mas na partida de hoje, além do golo, só lhe faltou mesmo assistir. Foi “pau para toda a obra”, não parou um segundo e criou dores de cabeça constantes para a defesa leonina com a rapidez e perspicácia das suas movimentações.

O FORA DE JOGO
Sporting Gonçalo Inácio
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Gonçalo InácioO mais central dos centrais apresentou-se com uma atitude confiante no terreno do Ajax, mas seria precisamente essa confiança em demasia que originaria o segundo golo dos holandeses.

Arriscar o drible no coração da área não pode ser opção, muito menos face a uma equipa com um conjunto tão pressionante e um ataque tão demolidor. Nota negativa hoje para o jovem Inácio.

 

ANÁLISE TÁTICA – AFC AJAX

A formação de Erik ten Hag mudou apenas três jogadores comparativamente ao último jogo, fazendo descansar os restantes titulares apenas na segunda parte, e apresentou-se em campo com Pasveer na baliza, Schuurs e Martínez no eixo central da defesa, Blind na esquerda e Mazraoui na direita.

Mais à frente, Gravenberch e Álvarez formariam dupla nos momentos defensivos, nos quais a equipa se organizaria em 4-2-3-1.

Nas transições ofensivas, os dois pivots avançariam no terreno para formar uma linha de três com Berghuis, e assim fariam também Neres e Antony nas alas, avançando em grande velocidade para formar “tridente” com o “matador” Haller.

Nestes momentos, veríamos um sistema de 4-3-3, com muita velocidade e dinamismo nas movimentações ofensivas, com especial atenção para já referido Antony, que esteve particularmente endiabrado.

11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

Remko Pasveer (6)

Daley Blind (6)

Noussair Mazraoui (6)

Lisandro Martinez (7)

Perr Schuurs (7)

Edson Álvarez (7)

Ryan Gravenberch (6)

Steven Berghuis (7)

Antony (8)

David Neres (7)

Sebastien Haller (8)

SUBS UTILIZADOS

Nicolas Tagliafico (6)

Devyne Rensch (6)

Davy Klaassen (7)

Kenneth Taylor (6)

Jurrien Timber (6)

ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

A formação verde e branca iniciou o jogo em Amesterdão com sete alterações face àquele que costuma ser o onze habitual.

A retaguarda seria salvaguardada por João Virgínia e a linha de três da ordem, hoje com Neto, Inácio e Matheus Reis.

O meio-campo contaria com Bragança e Ugarte no corredor central, Esgaio na ala esquerda e Gonçalo Esteves na direita.

A frente de ataque confirmaria o 3-4-3 de Rúben Amorim e foi assumida por Tabata, Nuno Santos e Tiago Tomás, que tentariam surpreender com constantes trocas no posicionamento, com particular destaque para a figura de Tabata que foi incansável nas movimentações durante a primeira parte e continuou a ser o mais desequilibrador na segunda.

11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

João Virgínia (6)

Luís Neto (6)

Gonçalo Inácio (4)

Matheus Reis (6)

Esgaio (7)

Daniel Bragança (6)

Ugarte (5)

Gonçalo Esteves (6)

Tabata (8)

Nuno Santos (7)

Tiago Tomás (6)

SUBS UTILIZADOS

Paulinho (6)

Pedro Gonçalves (6)

Nazinho (6)

Sarabia (6)

Dário Essugo (6)

 

Artigo revisto por Joana Mendes

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