CF “Os Belenenses” 0-1 Sporting CP: Nem todos são Rui(n)z

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    Vivendo um momento conturbado, e com muita ansiedade à mistura – algo que as claques do Sporting fizerem questão de desvalorizar -, o Sporting entrou em campo com vontade de deixar os maus momentos para trás e sair da curta visita ao Restelo com os três pontos.

    A entrada de Esgaio acabou por ser uma surpresa positiva, já que o jovem formado no Sporting realizou uma primeira parte interessante, assim como Jefferson na esquerda. O brasileiro mostrou estar a subir de forma e uma intensidade há muito perdida. A equipa do Belenenses deixou de fora Tiago Caeiro e Andric, apostando numa frente móvel com Benny e Abel Camará.

    A equipa de Jorge Jesus entrou bem, dominando o jogo a meio-campo e mantendo a bola em sua posse. Alan Ruiz foi o primeiro a assustar o guardião Joel, seguindo os passos de Gelson, que rematou desenquadrado com a baliza.

    Com o passar dos minutos, a equipa da casa foi-se desinibindo e equilibrando o jogo a meio-campo, onde o bom trabalho de André Sousa e Yebda foi potenciado pela desinspiração de Adrien. O capitão leonino teve uma noite apagada, somando passes errados e perdas de bola comprometedoras.

    Na sequência de uma das perdas de bola de Adrien a meio-campo, o Belenenses conseguiu organizar uma jogada de rápido contra-ataque, com três elementos “azuis” para apenas Esgaio e o guarda-redes Beto. O lateral direito abordou o lance de forma correta e evitou um golo praticamente certo da equipa da casa, numa jogada em que também valeu Beto.

    Até o intervalo, o Sporting acusou o toque e voltou a tentar acercar-se da baliza do Belenenses, mas a dependência quase total de Gelson e o recorrente uso da faixa direita do ataque tornavam previsíveis as acções forasteiras.

    O início do segundo tempo foi muito semelhante ao que se passou no início da partida, mas com a turma de Alvalade com muito mais vontade. A entrada de Campbell, aos 55′, agitou o jogo leonino e fez a equipa – e as bancadas – acordar do sono amorfo em que se encontravam.

    O avançado leonino fez o que era preciso ser feito: Golos Fonte: Sporting CP
    O avançado leonino fez o que era preciso ser feito: Um Golo
    Fonte: Sporting CP

    As oportunidades para os leões foram uma constante, Campbell, Bas Dost e Adrien criaram oportunidades claras de golo, e o número 23 dos leões colocou a trave de Joel Pereira a abanar na sequência de um livre direto.

    Aos 72′, Jorge Jesus tira Alan Ruiz de campo e coloca Castaignos no seu lugar. O médio argentino vinha a realizar uma muito boa exibição no ataque dos leões, e o Sporting acabou por se ressentir de imediato. Aproveitou o Belenenses para subir as linhas e criar, por duas vezes, hipóteses claras de golo. O Sporting voltava a perder o controlo do meio-campo e, desta vez, por culpa das opções de Jesus.

    Com o passar dos minutos, e com o aparente cansaço dos jogadores da casa a instalar-se, tantas foram as vezes que caíram ao chão, o Sporting conheceu uma nova dificuldade: o nervosismo. Os jogadores leoninos sentiram o toque e perderam objectividade nas suas ações, voltando o meio-campo a perder demasiadas bolas.

    Já nos descontos, e num momento em que a descrença se instalava, Bas Dost deu o pontapé na crise que tanto se ansiava. Um cruzamento largo da esquerda encontrou o ponta-de-lança do Sporting solto de marcação e o holandês deu aos leões a vitória de que tanto precisam para o Sporting se manter como se quer: Vivo e na luta.

    Um jogo ganho na raça, quase para lá do humanamente possível, e em que o Sporting sofreu muito, para além de que os seus adeptos mereciam, frente a uma equipa que acreditou que era possível vencer um leão “ferido” no seu orgulho.

     

    BnR na Conferência de Imprensa

    Pergunta BnR: O Belenenses conseguiu durante grande parte do tempo controlar o jogo pelos flancos do Sporting e a dependência que a equipa tem em colocar a bola em Gelson. Foi algo trabalhado?

    Quim Machado: Sabíamos que o Sporting é muito forte no seu jogo pelas alas e tentámos contrariar isso. A pergunta faz sentido porque foi algo que tivemos em conta na preparação do jogo e que tentámos contrariar, com a excepção do último cruzamento, onde estávamos bem posicionados mas não conseguimos evitar o golo.

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