FC Famalicão 3-1 Sporting CP: Leões fazem renascer famalicenses

A CRÓNICA: SPORTING COMPLETAMENTE PERDIDO

Nesta terça à noite o Sporting Clube de Portugal deslocou-se ao Estádio Municipal de Famalicão para enfrentar a equipa sensação da primeira volta do campeonato. O Futebol Clube de Famalicão apareceu neste duelo no seu pior momento da época.

Com a sombra de Rúben Amorim a pairar sobre o banco leonino o jogo não poderia ter começado pior para os leões. É que apenas com oito minutos disputados já o FC Famalicão se adiantava pela segunda vez no marcador. A equipa da casa surgiu com bastante clarividência em campo, a pressionar alto e a combinar bem entre os seus jogadores. Aos 4 minutos, num remate de ressaca, o médio Racic abriu o marcador e aos 8 minutos e,m mais uma combinação entre o Fábio Martins e o Diogo Gonçalves, o extremo direito acabou por dilatar a vantagem.

Com a vantagem a equipa de João Pedro Sousa acabou por recuar no terreno e foi possível ver a defesa leonina estabilizar e a equipa ter mais bola. Contudo faltam ideias ao futebol do Sporting CP. Tirando um lance ao minuto 16, só já perto dos 40 minutos é que a equipa de Silas conseguiu levar perigo à baliza de Vaná. Aproveitando um excessivo recuo dos jogadores do FC Famalicão, o quarteto ofensivo leonino conseguiu finalmente criar bons lances e o golo acabou mesmo por surgir no último minuto. Acuña num livre lateral colocou a bola na cabeça de Coates que reduziu para 2-1. Um castigo justo para uma equipa que recuou em demasia as suas linhas.

Contudo, se se esperava um Sporting CP ofensivo e pressionante no arranque da segunda parte, João Pedro Sousa tinha outra ideia em mente. Corrigiu os erros da primeira parte, subiu a linha de pressão e assim condicionou qualquer tentativa dos Sporting CP em pensar o jogo. Assim a equipa de Silas conseguiu passar a segunda parte praticamente sem uma jogada de perigo.

Resumo o segundo tempo leonino a cruzamentos laterais do Acuña. Já o FC Famalicão aproveitou as fragilidades do Sporting CP e foi ferindo o leão no contra-ataque, tendo mesmo ampliado a vantagem para 3-1 ao minuto 66.

Em Famalicão o que se viu foi um Sporting sem ideias. Talvez uma consequência de uma já ausência de equipa técnica.

 A FIGURA

Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Diogo Gonçalves – Continua o excelente momento de forma de Diogo Gonçalves. Está endiabrado e foi sempre pela direita e pelo seu pé que o FC Famalicão foi rasgando a equipa leonina. Marcou dois golos, está no lance do golo de Racic e foi protagonista em outras excelentes oportunidades da equipa da casa. Criativo, rápido, confiante e cada vez mais inteligente na abordagem aos lances. Seria titular de caras na equipa de Alvalade.

O FORA DE JOGO

Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Rodrigo Battaglia  O médio argentino continua lento, lentinho. Lento de movimentos, lento de pensamento e lento de execução. Foi uma pedra imóvel no meio-campo leonino. Incapaz de lidar com Fábio Martins, incapaz de fazer as compensações defensivas, incapaz de ser uma solução na primeira fase de construção e uma nulidade no momento ofensivo da equipa. Um médio defensivo puramente destruidor mas somente capaz de destruir o seu próprio desempenho. Até deixa saudades de Doumbia.

 

ANÁLISE TÁCTICA – FC FAMALICÃO

João Pedro Sousa lançou um 4-2-3-1 com bastantes adaptações. A indisponibilidade de jogadores como o Gustavo Assunção, o Patrick William e o Ivo Pinto, obrigaram a alguma improvisação por parte do técnico. Assim lançou uma defesa com três centrais onde Riccieli apareceu com maiores preocupações com a lateral direita e do outro lado o lateral Coly com maior liberdade ofensiva. Já no ataque ofereceu a esquerda a Walterson puxando F. Martins para o centro do terreno. Assim abdicou do usual 4-3-3. Racic e Pedro Gonçalves jogaram mais recuados e a despesa criativa do meio-campo ficou entregue a Fábio Martins.
Com bola foi uma equipa esclarecida mas neste jogo João Pedro Sousa optou por uma maior dedicação ao jogo sem bola. Quase sempre com uma pressão média-alta condicionou totalmente o futebol do seu adversário. Tirou-lhe espaço para pensar e executar e foi conseguindo recuperar a bola de forma a lançar ataques rápidos e fatais. A maior proximidade de Fábio Martins a Diogo Gonçalves foi um pesadelo para a defesa verde e branca.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vaná (5)
Riccieli (5)
Nehuen Perez (5)
Roderick Miranda (5)
R. Coly (5)
Uros Racic (6)
Pedro Gonçalves (6)
F.Martins (7)
Diogo Gonaçlaves (8)
Walterson (5)
Toni Martinez (6)

SUBS UTILIZADOS

Guga (5)
Anderson (5)
A. Centelles (-)

 

ANÁLISE TÁCTICA – SPORTING CP

Silas apostou numa espécie de 4-2-3-1 muito aproximado de um 4-3-3 principalmente no primeiro tempo. Sem um ala mais fixo no lado esquerdo do ataque, as despesas desse lado ficaram praticamente entregues a Acuna. Vietto e Jovane foram procurando sempre os espaços mais interiores, tentando ajudar na luta do meio-campo. Também Plata esteve menos lançado no ataque e foi frequente vê-lo em zonas mais recuadas e centrais. Sem Wendel foi essa a solução que Silas criou para equilibrar o seu meio-campo com e sem bola. A verdade é que a consequência foi um exagerado isolamento de Sporar no ataque leonino.
O duplo pivô do meio-campo foi formado por Battaglia e Eduardo numa tentativa de dar mais músculo na recuperação da bola. Não resultou.
O Sporting CP foi uma equipa sem ideias e somente no final da primeira parte, quando o FC Famalicão recuou em demasia, a equipa foi capaz de colocar criatividade no ataque e criar jogadas de perigo.
Aos 75 minutos, Silas tentou dar mais critério à posse de bola lançando Geraldes para o lugar de Eduardo mas o mal já estava feito.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Maximiano (5)
V. Rosier (4)
S. Coates (6)
L. Neto (5)
M. Acuna (5)
Battaglia (3)
Eduardo (4)
Jovane Cabral (5)
Gonzalo Plata (5)
L. Vietto (6)
Sporar (5)

SUBS UTILIZADOS

F. Geraldes (5)
R. Camacho (4)
P. Mendes (-)

Foto de Capa: FC Famalicão

Artigo revisto por Diogo Teixeira

Daniel Oliveira
Daniel Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
Primeira palavra bola. Primeiro brinquedo bola. E assim sempre será. É a ver jogos que partilha os melhores momentos de amizade. É a ver jogos que faz as melhores viagens. É a ver jogos que esquece os maiores problemas. Foi na paixão pelo jogo que sempre ultrapassou os outros desgostos de amor. Agora a caminhar para velho pode partilhar em palavras aquilo que sempre guardou para si em pensamentos e pequenos desabafos.                                                                                                                                                 O Daniel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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