Primeiro, as boas notícias. A seleção portuguesa qualificou-se para o mundial do Catar, eliminando a Turquia e a Macedónia do Norte. É uma excelente conquista para Portugal, mas é apenas aquilo que se podia esperar de uma das mais completas formações do mundo, em todos os setores do campo.
Agora, a minha terrível piada do título do artigo. Matheus Nunes entrou nas duas partidas aos 88 minutos (e conseguiu fazer um golo), e Gonçalo Inácio nem se chegou a sentar no banco de suplentes. Curioso como até Tiago Djaló, que havia sido chamado devido à infeção de Pepe pela COVID-19, teve a proeza de se juntar à equipa em dia de jogo. É caso para dizer que mais valia terem ficado em casa, confortavelmente no sofá ver o jogo, como o outro Inácio (mas sem precisarem de aceder a serviços ilegais, pois o jogo deu em canal aberto).
🇵🇹 Matheus Nunes completing Portugal’s win in style 😎#WCQ | @selecaoportugal pic.twitter.com/dhZ6SGM76S
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) March 28, 2022
O regresso a Alcochete
Ser chamado à seleção portuguesa é sempre um privilégio. Todos os clubes gostam de ter atletas representados, principalmente quando se trata da equipa do seu país. Esta dose de ironia a que me predispus na realização do artigo que estou a redigir vai mais no encontro daquilo que poderá ter pensado Rúben Amorim, que de certeza que preferia ter tido Matheus Nunes e Gonçalo Inácio nos treinos que preparam aquilo que resta da temporada.
Como todos sabemos, os dois atletas são pilares na formação leonina. Embora, na minha ótica, não estejam a atravessar o melhor momento em termos de performance individual, são importantíssimos para o esquema tático de Amorim, e dois dos maiores ativos do Sporting CP.

Preparar aquilo que resta da época
O objetivo é agora focá-los no resto da temporada, que se avizinha de grandes dificuldades. A turma de Alvalade encontra-se a seis pontos do líder do campeonato, FC Porto, pelo que não pode cometer erros se ainda aspira reconquistar o título de campeão nacional. Para além disso, existe ainda uma segunda mão a disputar no Dragão, que tem de ser vencida para marcar presença no Jamor.
Gonçalo Inácio, Matheus Nunes e o resto do plantel leonino têm de estar no seu melhor para conquistar os objetivos que restam da época. Não existe, nesta fase, a obrigatoriedade de ganhar os dois títulos nacionais que restam. Porém, pede-se aos jogadores que não se considerem já derrotados, pois, a oito partidas (ou nove) do fecho da temporada, muitas surpresas podem surgir. O Sporting CP não depende apenas de si, e isso é um facto. Apesar disso, tem ainda uma palavra a dizer nas contas que ainda se vão fazer até ao final.