E cada vez é mais fácil criar essa “guerra”, porque agora se tornou muito rápida a divulgação de terminada mensagem, através das redes sociais. Juntando a isto o facto de o público em causa ter uma patologia de dar preferência a notícias sensacionalistas (ou não fossem as revistas e programas que se referem a vida alheia, as que têm mais sucesso), e com apetência de conseguir ver uma mesma mensagem de várias formas de acordo com os seus gostos e preferências, é só encontrar um título apelativo e criar-se um rumor que de tanto ser repetido (ou partilhado) se torna uma verdade indiscutível.
Chego a ver títulos de imprensa que, ao abrir e ler o corpo das notícias, pouco ou nada tem a ver com a mensagem que a frase que o ilustra quer fazer passar.
Hoje em dia perdeu-se a necessidade de rigor jornalístico, ou passar informação concisa e fundamentada com factos reais, uma vez que cada vez mais se vive, e se ganha a vida, pelo valor do click no link da mensagem.
Mas a comunicação perde credibilidade perdendo também consumidores? Pode perder credibilidade, mas quanto ao número de consumidores pode até aumentar, uma vez que o público está sedento de uma nova noticia ou escândalo para poder rebater acusações que venham de quem tem uma visão oposta.
Hoje, a comunicação está entupida de inverdades, ou meias verdades. Tentam-se esconder ou “encapotar” umas situações dando maior enfase a outras que poderão ter menos importância, mas que sem dúvida irão gerar mais polemica e barricar de fileiras entre campos opostos, gerando assim também a discussão online, e assim chamando ainda mais “interessados”, abrindo e criando portas e janelas para novas “notícias” e “assuntos” a lançar futuramente para discussão.
Tudo isto para dizer que perde a verdade, a real informação, mas ganha a “comunicação”(a de uns contra a de outros.)
Foto de Capa: Sporting CP