O absolutismo benfiquista ou quando o delírio se torna regra

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    – são os mesmos que desvalorizam ao máximo o facto de, aos 35 minutos do Benfica-V. Guimarães, os visitantes terem cinco amarelos e o treinador expulso, bem como o facto de Eliseu lhe ter visto ser perdoada uma expulsão na primeira parte, ainda com 0-0, por entrada bárbara com os pitons na cabeça de Hurtado. O critério de Bruno Paixão foi bem diferente consoante as equipas…;

    – são os mesmos que atacam Sérgio Conceição por este ter dito, no fim da partida, que “se pontuássemos aqui, Portugal vinha abaixo” e que “ninguém imagina o que eu tenho passado nas últimas semanas”. As declarações mereciam, no mínimo, uma clarificação por parte da Liga mas, ao contrário, tudo o que esta fez foi suspender o treinador durante 25 dias. Talvez por ele ter tocado na ferida…;

    – são os mesmos que aplaudem acriticamente tudo o que Pedro Guerra diz, mas que não hesitam em dizer que ele “pode estar a mentir” quando revelou que sabe o que Sérgio Conceição disse na palestra antes do jogo, deixando perceber que o Benfica tem escutas no balneário adversário;

    – são os mesmos que dizem que o facto de Slimani ter estado com um processo pendente durante quase cinco meses, tendo acabado por não ser castigado (e nem o poderia ser penalizado para a Liga, uma vez que o jogo dizia respeito à Taça) é uma prova do enorme poder… do Sporting. Desprezam, como não podia deixar de ser, o facto de o argelino ter jogado condicionado durante meses – era esse, aliás, o único objectivo do Benfica ao fazer a queixa, uma vez que sabiam de antemão que a Liga não tinha competências para decidir sobre um jogo da Taça;

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    O Benfica sempre soube que a Liga não tinha competências para castigar Slimani, mas passou a imagem de que o argelino escapou devido à grande influência dos leões nos bastidores
    Fonte: Facebook oficial do Sporting CP

    – são os mesmos que nunca sentiram a verdade desportiva posta em causa quando o Marítimo treinou no centro de estágios do Benfica, no Seixal, em Maio de 2015;

    – são os mesmos que também acharam normal quando começaram a surgir notícias acerca da hipótese de o Benfica aceitar que a final da Taça da Liga se jogue no estádio do Marítimo;

    – são os mesmos que acham perfeitamente natural que André Horta, habitualmente titular do V. Setúbal, não tenha sido convocado para o jogo na Luz e tenha sido contratado pelos encarnados dias depois dessa partida;

    – são os mesmos que não querem ver nenhum conflito de interesses ou qualquer tipo de aliciamento na compra de uma bancada ao Rio Ave, no valor de 135 mil €;

    – são os mesmos que insistem em não ver a relação de promiscuidade entre o Benfica e o actual Belenenses, que começou com o negócio entre Vieira e Rui Pedro Soares no âmbito da Benfica TV e se estendeu ao facto de Miguel Rosa e Deyverson, que já não tinham qualquer ligação ao Benfica, serem proibidos pelo Belenenses de defrontar a ex-equipa. De igual modo, o facto de Sturgeon, atleta sobre o qual o Benfica tem direito de preferência, ter vindo a público desculpar a agressão de Renato Sanches, também não os incomoda;

    – são os mesmos que se indignam contra quem quer que estranhe o afastamento categórico de Luís Filipe Vieira da lista de suspeitos do caso de tráfico de droga da “Porta 18”, que envolveu o seu protegido José Carriço – um ex-motorista do presidente que subiu na hierarquia do Benfica e assistia a jogos na tribuna;

    – são os mesmos que escamoteiam e desculpam a dívida de mais de 600M€ de Luís Filipe Vieira ao BES – e, portanto, a todos nós;

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