Se um dos médios sair, ou mais propriamente Adrien Silva, e se o treinador continuar a insistir em jogar com três centrais, seria mais seguro apostar no esquema de “três-cinco-dois”, uma vez que permite jogar com três médios (posição seis, posição oito e posição dez) e dois avançados (Dost e Doumbia). Penso que tornaria a equipa mais equilibrada, resguardando mais os seus defesas. No entanto, se este fosse o esquema escolhido, Gelson Martins deveria ser vendido uma vez que Jorge Jesus poderia ter a tentação de o colocar a jogar numa posição que não a sua.
Com este esquema, jogadores como Matheus Pereira e Iuri Medeiros perderiam espaço uma vez que, não necessitando de extremos, e com o corredor central já com várias opções, não sobram lugares onde os mesmos pudessem ambicionar jogar.
O que quero dizer é que, com este conjunto de jogadores, o esquema de três centrais não seria o mais adequado. E a ver pela contratação de Acuña, e adivinhando uma frente de ataque com Bas Dost e Doumbia, acredito que o esquema a utilizar será o 4-4-2 que Jorge Jesus tanto gosta, ficando o esquema de 3 centrais como alternativa.
Nestes últimos jogos, o que me preocupou mais foi mesmo o facto de estarmos a insistir em treinar um esquema alternativo, descurando o que utilizaremos com mais frequência e as rotinas que o mesmo abrange. Pode, no entanto, estar a trabalhar-se mais afincadamente na táctica que utilizaremos no playoff da Champions League, uma vez que, com certeza será contra uma equipa forte, que nos pode obrigar a defender muito. Mas se assim for, teremos de nos preocupar com os muitos golos que temos sofrido, essencialmente por erros individuais. Os resultados, por si só, pouco me dizem uma vez que se fosse pelas vitórias da pré-época já teríamos sido campeões bem mais vezes.
E para terminar, como sou apenas um curioso, que comparado com o mestre da táctica pouco percebe de futebol, vou confiar que teremos uma equipa equilibrada, com grandes jogadores, a dar-nos muitas alegrias que culminarão com a conquista de tudo o que houver para ganhar. Porque todas as teorias estão certas até ao momento em que começa a rolar a bola. E é essa, a bola, que vai provar quem está certo ou errado, dependendo da variante que resolve tudo no futebol: se a bola entra ou não.
Fonte de capa: Sporting CP
Artigo revisto por: Beatriz Silva