Bem sei que até o nosso treinador alimenta essa teoria com as declarações que faz sobre os jogadores que tem disponíveis, mas isso é já característica da sua personalidade, que nunca se mostra satisfeito com o que tem (pode ser bom e mau, como tudo tem um lado bom e mau), e porque adora contratar jogadores, testá-los (por vezes, mais vezes que o que gostaríamos), tentar adaptá-los ao que ele considera ser o melhor para cada jogador, e só em último caso, descartá-los. Como um plantel só pode ter entre 23 e 25 jogadores, alguns terão que rodar noutras paragens.
É verdade que temos dois ou três jogadores que dá para ver que, por muitas oportunidades que lhes sejam dadas, dificilmente se conseguirão enquadrar na nossa forma de jogar. Não que sejam maus jogadores, que não o são, e já o mostraram noutras equipas, mas simplesmente porque têm características para outros estilos de futebol e tácticas. Há jogadores que serão excelentes jogadores em equipas que jogam em contra-ataque, ou em futebóis mais lentos e menos pressionantes. Com certeza poderão ter boas carreiras futebolísticas, mas apenas se tomarem as decisões certas, escolhendo o clube e/ou a liga certos para as suas características. Mas para além dessas excepções, podemos estar contentes com os jogadores que temos. Eu estou.

Fonte: FC Basel 1893
Fico descansado quando vejo André Pinto, Ristovski, Bruno César, Jonathan Silva e Palhinha a baterem-se sem receios contra uma grande equipa do futebol europeu e mundial, cheia de estrelas, conseguindo mesmo ajudar a controlar a maior parte do jogo.
Fico deliciado em ver Podence, que cada vez que é chamado a jogo é decisivo, mostrando-se, talvez, o melhor apoio a Bas Dost. Como ele diz, os pássaros só aprendem a voar se não os mantiverem presos numa gaiola, no entanto ele está a aprender que, aos poucos não aprende apenas a voar, pode ambicionar a voar bem alto (quem sabe mesmo chegar à testa do Bas Dost).