Não sou muito apologista de querer impor os meus desejos aos meus filhos. No entanto, tenho a responsabilidade, e por já ter a experiência de Sportinguismo há muitos anos, de lhe mostrar todas as opções, as que têm melhores qualidades, e ajudá-lo a seguir os melhores exemplos. A concretizar-se a possível entrada do meu filho com aqueles jogadores, naquele estádio, ao som daqueles adeptos, sentados naquelas magníficas bancadas, tornar-me-ei um dos homens mais orgulhosos e felizes naquele momento.
São iniciativas como esta que estreitam a relação do clube com os adeptos, criam nas crianças (é nesse momento que se devem cativar) a ideia de que há sonhos concretizáveis, que é possível conseguir o que tanto ambicionamos. E aqueles miúdos, ao receberem aquele prémio, vão passar a gostar ainda mais de serem sportinguistas, e talvez alguns deles passem a ambicionar voltar a entrar ali como um dos heróis que lutam pelo clube, dando a mão a crianças que o idolatram e querem seguir o seu exemplo.
Porque os bons exemplos geram pessoas melhores, espero que os bons exemplos dos nossos jogadores consigam transmitir para as nossas crianças a ambição de ajudar o Sporting a ser cada vez melhor, seja no campo ou nas bancadas. Talvez seja também por isso que temos tanto talento na nossa formação. Criando homens que sentem o clube e que conseguem transmitir isso para os mais novos, criando uma “bola de neve” que ajudará a tornar o Sporting o melhor entre os melhores.
Quanto a mim, continuarei, aqui ou na bancada, a apoiar o nosso clube, sonhando sempre algum dia poder ter tido a hipótese de entrar naquela arena para dar uns pontapés na bola. Mas, pensando bem, nunca fui bom o suficiente para isso, e ali queremos que joguem só os melhores, os que merecem, os que têm talento, os nossos Heróis.
E, se o meu filho tiver a possibilidade de entrar com os jogadores naquele relvado, só espero que ele desfrute do momento, mais nada.
Artigo revisto por: Gonçalo Coelho