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Há batalhas que estão perdidas logo à partida. Será falta de “classe”? | Sporting CP

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Eu sei, eu sei, só nos queixamos quando estamos a perder. Esta é uma frase muito divulgada principalmente por quem está a ganhar, mas que, quando perde também a declama. Isto só comprova que a afirmação é verdadeira, mas que se aplica a todas as cores e não só à verde do Sporting CP.

Há uns dias um “notável” sócio do Sporting veio dizer que com arbitragens destas mais valia não jogar, ou ter esperança de ganhar o que quer que fosse (não foram estas as palavras, mas a ideia é a mesma), o que originou uma resposta imediata do sindicato dos árbitros a defender a “classe” utilizando um argumento que é impossível negar.

A questão é que não é por se estar a defender alguém com um argumento válido que deixa de ser verdade a afirmação que se está a contrapor. Ou seja, dizer que criticar a arbitragem pode incentivar a violência contra os “profissionais” que a exercem não invalida que seja também verdade que há incompetência (dependendo do ponto de vista e da finalidade a que se quer chegar com cada decisão) e negligência no trabalho dos mesmos.

Ruben Amorim Sporting treinadores
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Sabendo todas as pessoas do historial dessa “classe” profissional na ajuda à decisão de campeonatos, seja na forma tentada ou efectiva, ninguém desse ramo pode ter moral para pedir respeito, ainda. Como se costuma dizer, o respeito ganha-se não se pede. Para que se volte a acreditar na mesma terá que haver muito trabalho, mostrar-se idoneidade, profissionalismo, moralidade, imparcialidade nas decisões tomadas no terreno onde decorre o jogo.

É verdade que todos devemos ter consciência que no futebol qualquer palavra pode incendiar emoções e provocar reações indesejadas, mas para que isso não aconteça terão que ser primeiro quem trabalha e tem responsabilidade a fazê-lo bem, ou errando que se perceba que não foi deliberado. Porque depois, quem se sente injustiçado, e percebendo que não haverá nenhuma consequência incisiva (não se resolve com um ou dois jogos sem arbitrar, ou com multas) para quem errou, só tem a opção de expor o seu descontentamento. Afinal foi isso também que fez o sindicato quando veio defender os seus, não foi?

O sindicato quer civismo para com quem comenta o trabalho dos seus associados? Então lutem e criem condições para que os mesmos façam bem o seu trabalho. Aceitem na sua organização apenas profissionais com competência profissional e moral. Se assim não for, terão que aceitar a crítica, assim como as reações que os seus atos provoquem.

O problema é que ninguém sabe nem conhece nenhum árbitro que tenha sido castigado por erros grosseiros repetidos. Aliás, conhecemos alguns, mas apenas porque vieram a público expor o que efectivamente todos sabemos, mas o poder instalado não quer saber.

Não é quem comenta que terá sangue nas mãos quando acontecer algo mais grave. Quem administra e gere o futebol é que, enquanto não deixar de se preocupar apenas com o dinheiro e o número de campeonatos ganhos por uns e outros num desporto que move paixões é que terá que assumir essa responsabilidade.

Mas estamos em Portugal, e assumir responsabilidades é coisa que ninguém conhece, muito menos os que efectivamente têm poder para mudar o estado das coisas. Mas as coisas estão bem como estão, e por isso ninguém se preocupa em mudar, a não ser o que os comentadores podem ou não dizer nos programas de televisão e em entrevistas. Falta saber para quem é que as coisas estão bem como estão.

Como uma vez li na bancada de um estádio, “o VAR só veio mostrar que não é erro…”. Será falta de “classe” ou será apenas azar do Sporting?

Nuno Almeida
Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.

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