Sporting CP 2-2 SC Braga: Três golos em cinco minutos mudaram tudo

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    O Sporting CP empatou esta noite com o SC Braga por 2-2, em jogo a contar para a décima primeira jornada da Primeira Liga. Pressionado pelas vitórias de FC Porto e SL Benfica, que venceram ontem e hoje, respetivamente, a equipa leonina precisava obrigatoriamente de uma vitória frente aos minhotos para não perder o primeiro lugar de vista.

    Após um bom jogo frente à Juventus, onde arrancou um positivo empate, Jorge Jesus não fez alterações no onze inicial, mostrando confiança no trabalho mostrado pela equipa na última partida. Já Abel Ferreira mexeu duas “peças” do onze em relação ao último jogo, com o Ludogorets (empate a uma bola), com as entradas de Fransérgio e Ricardo Horta e as saídas de Jefferson, por estar emprestado pelos “leões” e Dyego Sousa.

    A partida começou com uma ocasião para cada lado: primeiro Fransérgio, de fora de área, a atirar por cima; depois Bruno Fernandes, na cara de Matheus, a ser demasiado altruísta e a tocar para zona de ninguém. Contudo, nos primeiros dez minutos foram mesmo os minhotos que se mostraram mais organizados, conseguindo, com isso, dominar o meio-campo e sair para contra-ataque facilmente.

    E foi mesmo esse rigor tático dos bracarenses que foi definindo a primeira meia hora de jogo: o Sporting tinha mais posse, mas no último passe – ou até antes –, esbarrava na consistência do meio-campo do SC Braga, que saía depois em contra-ataque. Esta constante foi então permitindo apenas remates de meia-distância, com exemplares máximos nas tentativas de Bruno Fernandes, ao minuto 19, e de Xadas, cinco minutos depois.

    A tendência só foi quebrada com a melhor ocasião da primeira parte, quando, à meia hora de jogo e na sequência de um canto, Coates cabeceou forte para uma defesa monstruosa de Matheus: foi a defesa da noite, com apenas uma mão, perto do chão, a mostrar a boa forma do guardião brasileiro. O bom momento do guarda-redes do SC Braga foi replicado aos 37 minutos, quando Bruno Fernandes tentou regressar aos golos de “levantar o estádio”, com um tiraço de livre, muito bem colocado, quase a trinta metros de distância. Daí até ao intervalo, a única coisa que mudou foi mesmo a equipa do Sporting, quando Jorge Jesus teve de retirar do campo Marcos Acuña, por lesão. Para o seu lugar entrou Daniel Podence, na promessa de dar mais rapidez à partida.

    Apesar da maior posse de bola do Sporting, o Braga manteve-se sempre por perto da baliza de Rui Patrício no primeiro tempo Fonte: Bola Na Rede
    Apesar da maior posse de bola do Sporting, o Braga manteve-se sempre por perto da baliza de Rui Patrício no primeiro tempo
    Fonte: Bola Na Rede

    Já a segunda parte começou com um lance polémico: ao minuto 47, Fransérgio coloca a bola na baliza de Rui Patrício, mas o lance é invalidado por fora-de-jogo. Apesar de ficar a sensação de que Carlos Xistra ainda recorreu ao apoio do vídeo-árbitro, parece que Fransérgio se encontrava em posição legal, estando Paulinho, esse sim, em fora-de-jogo posicional, mas sem interferência na jogada.

    O certo é que a partida seguiu, para melhor ou para pior: o ritmo quebrou e ambas as equipas pareciam ter adormecido, apenas incomodadas por um cabeceamento fraco de Podence aos 52 minutos. O sono profundo só foi verdadeiramente interrompido dez minutos depois, e com um despertar doloroso para os adeptos da casa: após cruzamento milimétrico de Bruno César, Bas Dost falha escandalosamente a emenda ao segundo poste, num espelho da difícil noite que o Sporting estava a ter.

    Ainda assim, o holandês sabia que ainda tinha tempo para se redimir. Aliás, não perdeu tempo nenhum: bastaram três minutos para que o vice-Bota de Ouro da temporada passada corrigisse a jogada anterior, finalizando “à matador”, no ar e de primeira, um cruzamento de Bruno Fernandes. Estava aberto o marcador aos 66 minutos, com o nono golo de Dost nesta edição do campeonato.

    E foi mesmo chegar, ver e vencer, porque o ponta-de-lança leonino acabou por ter de sair, devido a lesão, minutos depois de ter marcado. Para o seu lugar entrou Doumbia. Por volta da mesma altura, também Abel Ferreira foi obrigado a mexer, colocando em campo Dyego Sousa, no lugar do lesionado Paulinho. Uma alteração que até “calhou bem”, dado o caudal ofensivo da equipa minhota nesse período do jogo.

    A verdade é que os minhotos acabaram por ser premiados face ao ritmo imposto. E bem premiados! Ao minuto 85, Coates derrubou Danilo na grande área e desta vez não houve dúvidas: penálti para o SC Braga e Dyego Sousa a fazer o empate em Alvalade, a cinco minutos do fim. E foi aqui que o jogo mudou. Quem achou que os “guerreiros do Minho” se iriam esconder na defesa na reta final da partida ficou bem enganado: Danilo Silva, do meio da rua, com a bola ainda a desviar em André Pinto e na barra, marcava o golaço que dava a vantagem ao Braga, mesmo em cima dos noventa minutos.

    Contudo, e apesar de o parecer, a emoção ainda não tinha acabado: quando todos esperavam o fim da partida, Alan Ruiz sofre falta de Ricardo Horta na grande área e havia mais um penálti no jogo. Bruno Fernandes foi o encarregado de bater o castigo máximo e não falhou. Três golos nos últimos cinco minutos e tudo mudara!

    Momentos depois, Carlos Xistra deu o apito final da partida, com Sporting Clube de Portugal e Sporting Clube de Braga a empatarem – justamente – a duas bolas. Os leões têm agora 27 pontos (menos quatro que FC Porto e mais um que SL Benfica), enquanto os minhotos ficam em quarto lugar, com os mesmos 22 pontos do Marítimo e a quatro do Benfica.

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    André Maia
    André Maiahttp://www.bolanarede.pt
    Durante os seus primeiros seis anos de vida, o André não ligava a futebol. Até que no dia 24 de junho de 2004, quando viu o Ricardo a defender um penálti sem luvas, se apaixonou pelo jogo. Amante da história de futebol e sempre com factos na ponta da língua, tem Cristiano Ronaldo e Rui Patrício como os seus maiores ídolos.                                                                                                                                                 O André escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.