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Sporting CP 4-0 Portimonense SC: God save the lion king

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A CRÓNICA: ALVALADE COROA REI LEÃO

 Todas as histórias de reis e rainhas têm duas coisas em comum: o “era uma vez” com que começam e o desfecho feliz com que terminam.

Se existisse uma linha de sucessão tão longa que pudesse ligar Londres e Lisboa, talvez o leão fosse candidato a ascender a rei e garantir a sucessão de Sua Majestade, a Rainha Isabel II. Não cumprindo os requisitos hierárquicos para ocupar o Palácio de Buckingham, o leão tem que se contentar com o único reino do qual é principal responsável e esse aí não é digno de júbilo.

O cenário dentro das muralhas de Alvalade é de quem ainda não fez seu o peso da coroa, incómodo tal que gerou um começo de campeonato atribulado. Em resultado, a visita do Portimonense SC à corte verde e branca permitia aos algarvios entrarem em campo não só acima do Sporting CP na classificação como também sob o conforto de cinco pontos de vantagem.

No entanto, Francisco Trincão mostrou-se como o chefe do exército que possui sempre o cavalo mais robusto e os melhores equipamentos militares. Contudo, os benefícios reais não servem só para exibir. Têm estes que ser justificados a cada golpe que se aplica. Aí, o pé esquerdo de Trincão funcionou que nem uma lâmina.

De surpresa, o Sporting CP atacou o Portimomense SC e bastaram sete minutos para o adversário sair diminuído. Foi a primeira investida de Trincão. Em vantagem, os leões agiram como velhas raposas. O recuo estratégico resultou em novo golo do extremo português. O Portimonense SC errou um passe direcionado ao corredor central e, a toda a velocidade para acompanhar Rochinha, Trincão bisou.

As mexidas do treinador do Sporting CP, Rúben Amorim, fizeram com que a equipa leonina nunca mais voltasse a dar passos atrás. Na escalada do marcador, Trincão foi acompanhado pelos fiéis guerreiros, Pedro Gonçalves e Nuno Santos, que deram o seu contributo à causa do reino de cabeça e de pé esquerdo, respetivamente.

Mais haverá a fazer para que o leão suba lugares na classificação como quem conquista território, mas o momento parece ter virado a favor do Sporting CP. O leão deixou de ser Simba para ser Mufasa e a coroa deixou de cair.

A FIGURA

Francisco Trincão
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Francisco Trincão Talvez Edwards e Rochinha tenham sido mais vistosos na definição dos lances de ataque do Sporting CP, mas Trincão foi mais eficaz a concluí-los. O leão emprestou-lhe a coroa.

 

O FORA DE JOGO

Gonçalo Costa Ricardo Esgaio
Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

Gonçalo Costa Não foi feliz a defrontar o clube que o formou. Saiu apenas com meia-hora para dar lugar a Róchez por estar a recuar demasiado no terreno. Mereceu uma palmadinha na nuca do treinador do Portimonense SC, Paulo Sérgio, aquando da sua saída.

 

ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

O Sporting CP manteve o princípio da mobilidade na frente de ataque do 3-4-3 composta por Edwards, Trincão e Rochinha. Os três jogadores apresentaram-se em constante permuta de posições. Rúben Amorim resolve com esta ideia de jogo o problema de Edwards e Trincão preferirem partir da esquerda para o centro, pois, dentro da filosofia apresentada, ambos podem cair nessa zona de forma alternada.

Pedro Gonçalves voltou à posição de médio-centro ao lado de Morita. À direita, Ricardo Esgaio ocupou o lugar de Porro.

Os centrais leoninos e Morita foram obrigados a assumir a primeira fase de construção da equipa por não serem condicionados pelo Portimonense SC. Em função disso, os restantes jogadores tiveram bastante liberdade para atacar. Principalmente Rochinha e Edwards, mas também Nuno Santos, deram bastante profundidade à equipa.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Antonio Adán (5)

Ricardo Esgaio (5)

Luís Neto (5)

Sebástian Coates (5)

Gonçalo Inácio (5)

Nuno Santos (6)

Hidemasa Morita (5)

Pedro Gonçalves (5)

Rochinha (6)

Marcus Edwards (6)

Francisco Trincão (7)

SUBS UTILIZADOS

Matheus Reis (5)

Manuel Ugarte (5)

Pedro Porro (6)

Paulinho (5)

Sotiris Alexandropoulos (6)

ANÁLISE TÁTICA – PORTIMONENSE SC

O Portimonense SC optou por utilizar uma linha de seis a defender. Ao centro, Moufi, Relvas e Pedrão, por fora, Ouattara e Seck, sendo que Gonçalo Costa acompanhava o extremo adversário, complementando os restantes defesas.

No meio-campo, Henrique Jocú, Paulo Estrela e Luquinha tomaram conta das operações. Welinton procurou condicionar os centrais numa linha mais avançada, permanecendo adiantado para explorar saídas rápidas.

Com bola, a equipa tentou desmontar-se em 4-2-3-1. Moufi deixava de ser central para passar a ser lateral, sendo que Ouattara subia para a esquerda. Luquinha fazia de médio ofensivo.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Kosuke Nakamura (4)

Zié Ouattara (4)

Fahd Moufi (5)

Pedrão (5)

Filipe Relvas (4)

Moustapha Seck (6)

Henrique Jocú (6)

Paulo Estrela (4)

Luquinha (4)

Gonçalo Costa (5)

Welinton Júnior (5)

SUBS UTILIZADOS

Bryan Róchez (5)

Mohamed Diaby (4)

Ewerton (4)

Rui Gomes (5)

Bruno Reis (-)

 

BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

 

SPORTING CP

Bola na Rede: O Sporting voltou a utilizar três elementos móveis na frente de ataque. Apesar dessa liberdade que dá aos jogadores, que princípios é que não podem falhar a atacar e a defender nesta ideia de jogo?

Rúben Amorim: O que não pode faltar é entrega. Têm que correr para trás e correr para a frente, isso é o essencial. O que a equipa técnica faz é passar uma ideia geral para que, de acordo com as características de cada jogador, eles possam fazer o que sabem fazer melhor.

 

PORTIMONENSE SC

Bola na Rede: Até à meia-hora de jogo, o Portimonense SC jogou com uma linha de seis atrás. Foi um posicionamento pensado ou foi o Sporting CP que obrigou a que isso acontecesse? A saída do Gonçalo Costa teve a ver com isso?

Paulo Sérgio:  Por vezes, olhando para o jogo, acabamos por ver a equipa com uma linha de seis, porque, quando o Sporting CP sobe o Esgaio e o Nuno Santos, eles têm que ser tapados. Os nossos quatro defesas encarregaram-se do trio atacante do Sporting CP que, pela postura ofensiva, obriga a que o adversário faça uma linha de seis. A ideia era depois soltar os extremos bem abertos para causar dúvida se quem ia pegar neles era o Esgaio ou Neto, à direita, ou o Gonçalo Inácio ou o Nuno Santos, à esquerda. Para isso, precisávamos de ter tido um pouco mais de bola. Precisávamos também de ter tido um pouco mais de discernimento a sair com a bola de trás, colocando o Moufi e o Seck nas costas do Trincão, do Edwards e do Rochinha, porque eles não defendem muito no corredor. Podíamos ter encontrado esse espaço e a confiança para fazer os passes. Ficámos curtos nessa intenção, mas vi coisas boas.

Em relação ao Gonçalo Costa, para ter mais um homem na frente, tinha que optar. Optei por tirar o Gonçalo e ficar com um meio-campo em 2-1 no centro do terreno. Tirei o Gonçalo não por ele estar melhor ou pior que outros. Terá mais oportunidades para demonstrar o seu valor.

Artigo revisto por Joana Mendes

Francisco Grácio Martins
Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.

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