Sporting CP 4-2 GD Estoril Praia: Quando a vitória é escrita em holandês

Esta foi semana de o Sporting entrar mais cedo em campo devido ao jogo para a Liga dos Campeões na próxima terça feira. Depois das duas derrotas consecutivas (frente ao Real Madrid e ao Rio Ave), a equipa de Jorge Jesus via-se obrigada a ganhar por dois fatores: em primeiro lugar, para ganhar a liderança provisória na liga, ou encurtar a diferença pontos para o primeiro lugar e, em segundo lugar, para retomar os níveis de confiança para o jogo contra o Légia de Varsóvia. Caso perdesse este jogo, seria a primeira vez na carreira que Jorge Jesus perderia três jogos de seguida.

Este augúrio quase esteve para ganhar mais força no início da partida, já que a equipa leonina entrou mais adormecida (principalmente a sua defesa) e o Estoril Praia aproveitou este início mais fraco para fazer um ataque perigoso. Depois de jogadas meio atabalhoadas de parte a parte, eis que chega a chave de ouro desta primeira parte: Gelson, do lado direito, tira o cruzamento, direito para a cabeça de Bas Dost que faz tudo certo: um cabeceamento cruzado, com bastante força, para dentro da baliza estorilista. Ainda deixar um ponto positivo a Bryan Ruiz, devido ao seu passe certeiro, que descobriu Gelson Martins sem qualquer adversário a marcá-lo.

Finalmente, depois do golo, o Sporting Clube de Portugal a acordar para o jogo, havendo investidas de parte a parte, através de Gelson, Bas Dost e também de Bryan Ruiz. Este último tem uma falha incrível em frente à baliza. Nenhuma das equipas, a esta altura do jogo, estava a jogar mal; o que é certo é que, apesar do Estoril Praia não estar a jogar mal, nem a errar muitos passes, o Sporting estava superior no jogo, situação que ainda não agradava totalmente a Jorge Jesus, que tinha um semblante preocupado e desagradado com o jogo dos leões, bem como devido às falhas que estavam a acontecer durante o jogo.

No fim da primeira parte, o resultado manteve-se, não estando ambas as equipas à espera do que se passaria na segunda parte. Ainda sobre os primeiros 45 minutos, é de realçar as entradas bastante duras por parte de grande parte dos jogadores estorilistas, que acabaram por não ter nenhuma sanção por parte do árbitro.

No segundo tempo, talvez por um discurso dentro do balneário, a atitude do Sporting veio completamente diferente: mais atacante, pressionante e com vontade de marcar mais golos. Os jogadores do Estoril Praia bem tentaram mudar a história do jogo, através de Paulo Henrique. Este, depois de bom entendimento com o seu companheiro, ficou de frente para a baliza. Rápida a intervenção de Rúben Semedo, que tirou a bola da zona de perigo, sem que o ponta de lança estorilista tivesse oportunidade de rematar.

Logo a seguir, veio o massacre leonino. A besta acordou em Alvalade e outro gigante, desta vez com o nome de Coates, subiu às alturas para fazer vibrar as bancadas do estádio. O central, após canto de Bryan Ruiz, chegou mais alto que todos e cabeceou, de fora da pequena área, para dentro da baliza, em disputa de bola com Moreira.  A partir deste momento, o Sporting não deu hipótese ao adversário e carregou cada vez mais no ataque. O terceiro não demorou muito tempo a chegar, novamente pelo holandês Bas Dost. William Carvalho, depois de uma tabela com André, passou para o ponta de lança leonino que, após galgar uns metros, rematou rasteiro, fazendo a bola entrar junto ao poste esquerdo, não dando hipótese a Moreira. A culpa é também atribuída a Lucas Farias por não conseguir acompanhar Dost durante a investida, deixando-se ultrapassar.

O Sporting não tirava o pé do travão, e buscou sempre o quarto golo. Ora através da velocidade de Gelson Martins, ora através da técnica de Markovic (que entrou entretanto) tentava sempre dar mais uma alegria aos adeptos que se deslocaram ao estádio. Se não fosse João Afonso (na minha opinião o melhor central do Estoril Praia) e Moreira, que fez algumas defesas impressionantes, o resultado avultar-se-ia rapidamente.  No entanto, quando menos se previa, o Estoril Praia marcou golo, através de cruzamento de Matheus Índio e Bruno Gomes, mais rápido que Rúben Semedo, marcou o golo de honra para os estorilistas.

O quarto golo acabou por aparecer nos minutos de desconto, por parte de André, que depois de cruzamento do lado esquerdo de Bryan Ruiz, que se estreou a marcar. William de Carvalho também a dar novamente ares da sua classe, sendo este a descobrir Ruiz do lado esquerdo e a fazer um passe de bastante qualidade.

Ainda houve tempo para o segundo golo do Estoril Praia. Depois de um canto batido do lado direito, João Afonso, depois de vários ressaltos, cruza para dentro da área e Bruno Gomes a bisar na partida. Os dois melhores jogadores, na minha opinião, da equipa estorilista nesta partida.

O jogo acabou então em 4-2, justo para os leões, depois do jogo de qualidade que realizou em casa. Agora o foco é a Liga dos Campeões, em que vão enfrentar, em teoria, a equipa mais fraca do grupo.

 

Marta Reis
Marta Reishttp://www.bolanarede.pt
Serrana e Sportinguista de gema. Doente por futebol desde que se conhece e apreciadora de ténis e NBA.                                                                                                                                                 A Marta escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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