Com certeza que deve haver exigência, mas cobrada nos momentos certos, a quem deve ser efectivamente cobrada, e em local próprio. Porque “apedrejar” no meio da rua nunca deu grande resultado.
Essencialmente eu quero um clube sem prima-donas, mas pessoas profissionais que trabalhem em prol do clube, todos em conjunto para um bem maior, o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. E agora não falo apenas de jogadores, mas de todos. Quero jogadores a dar o máximo pelo clube e pelos adeptos que os apoiam, quero um treinador que entende o clube onde trabalha e se adapte aos valores e politicas do mesmo, quero um presidente que delegue e não se meta em assuntos para os quais não tem formação adequada, e adeptos que não amuem com o clube quando o problema é com um ou outro jogador, um ou outro treinador, um ou outro dirigente.
Tem que haver um meio termo, porque nem todos são maus, nem todos são craques, nem somos a melhor equipa do mundo um dia, nem somos a pior no dia seguinte, não temos o melhor central, médio, ou avançado do mundo, nem o pior porque falhou dois passes, dois cortes, ou dois golos no jogo seguinte, não se é o melhor treinador por uma equipa que joga bem, como não é o pior quando perde.
Quero um clube unido, com um caminho único. Não quero um clube gerido por egos, por caminhos individuais, pessoais. No fundo não quero prima-donas, sejam eles jogadores, treinadores, presidentes ou adeptos, porque os há em todos estes quadrantes. Quero que todos sirvam o clube, e não se sirvam do clube.
Se todos somos Sporting, e se todos fazemos do clube o que ele é, neste momento devo dizer que muito há a fazer e melhorar por todos. E só com união, remando todos no mesmo sentido, conseguiremos, senão que comecem a tocar os violinos, e botes ao mar…
Fonte de capa: Sporting Clube de Portugal