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Um Sporting de última hora

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Há quem diga que um português que se prese deixa tudo para a última da hora, ainda que as boas práticas ensinem que não devamos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, até porque rápido e bem não há quem. Ora o Sporting é um clube português, em que dirigentes e jogadores se mostram típicos portugueses, levando ao extremo a máxima de deixar tudo para a última da hora.

Esta época desportiva, especialmente no futebol profissional, é a forma acabada do que aqui acabei de afirmar.

E se dúvidas houvessem, basta relembrar apenas alguns episódios que levaram à posição em que a equipa principal de futebol do Sporting se encontra.

Um dos momentos que ilustra bem que o clube é dirigido por “tugas” é o da venda de Matheus Nunes. Quando já nem o treinador esperava, nas últimas horas antes do fecho de mercado decidiu-se vender o passe de um dos mais influentes jogadores do meio-campo leonino, desfalcando assim uma equipa que ambicionava fazer uma boa fase de grupos na “Champions League”, e se declarava candidato a ganhar todos os títulos nacionais.

Matheus Nunes
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Para piorar, como qualquer coisa que se faça à última da hora, deixa-se pouco ou nenhum tempo para rectificações, e das duas uma, ou não se encontra alternativa, ou a que se encontra pode não ser a melhor, mas apenas a possível.

Outro momento que nos mostra a “tugalidade” do Sporting é quando, na última jornada da fase de grupos, quando tínhamos tudo para passar aos oitavos de final da “Champions”, precisando “apenas” de um empate, perdemos contra a equipa que derrotámos na primeira jornada por 3-0. O resultado disto foi a queda para a Liga Europa, quando tivemos vários jogos para garantir a fase a eliminar da maior competição de clube.

Já na Liga Europa, depois de uma épica eliminatória contra o Arsenal, a jogar os quartos de final contra a Juventus, em que fomos melhor que o adversário, perdemos a passagem naquele duplo falhanço nos últimos segundos da primeira-mão, primeiro por Pote e depois por Bellerín.

Na Taça da Liga, como não poderia deixar de ser, foi até à última, neste caso por um bom motivo, uma vez que estávamos a jogar a final. O mau motivo é que perdemos. Com mais posse de bola, mais remates, mais uma vez, a finalização foi inimiga, para além de outros motivos alheios ao Sporting, o adversário lá conseguiu ser superior no mais importante, o resultado.

Rúben Amorim
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Para o campeonato também tivemos alguns momentos ao cair do pano como um penálti de última hora contra o Boavista que ditou a terceira derrota desbloqueando um empate que já era mau para os leões, ou o último jogo contra os Dragões em que os leões quase conseguiram evitar a derrota no último momento, num jogo em que, mais uma vez, o problema do Sporting foi a finalização

Agora, para terminar uma época marcada por falhanços ou eficácia adversária ao cair do pano, só faltava haver um golpe de teatro de última hora, e o Sporting conseguir chegar aos lugares de acesso à próxima edição de “Champions” da próxima época desportiva. Mas como quem deixa tudo para depois se arrisca a chegar tarde, o mais provável é o Sporting ter chegado muito tarde.

Um Sporting que muitas vezes se mostrou superior aos adversários mais diretos, só com um índice de aproveitamento tão fraco pode reflectir uma diferença tão grande na tabela classificativa. E para reforçar os problemas de finalização basta relembrar a nossa constante solução de última hora para tentar reverter os resultados negativos. Coates (Defesa-central) a ponta de lança. Por ter resultado quando tudo nos saía bem, não quer dizer que seja uma solução a manter, tornando-se constante demais quando deveria ser apenas de recurso.

É o que dá fazer tudo à última da hora e em cima do joelho. Fica tudo invertido. Espero pelo menos que tenha servido de aprendizagem e preparação para um futuro cheio de conquistas, em que deixemos de ser uma equipa do “deixa andar que já se resolve” e nos transformemos numa de “resolver o mais cedo possível”.

Nuno Almeida
Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.

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