Seis encontros realizados e o primeiro reforço do Sporting CP ainda não se estreou. Jeremiah St. Juste foi a primeira contratação do mercado de verão dos leões, e após os seis jogos disputados pela formação leonina na pré-temporada, o central holandês proveniente do Mainz 05 ainda não tem qualquer minuto somado.
O defesa chegou a Alvalade com uma entorse traumática no tornozelo direito. St. Juste esteve pela primeira vez disponível frente ao Wolverhampton Wanderers FC, adversário do último embate dos de verde e branco na pré-época, que se deu no passado sábado, mas não chegou sequer a sair do banco.
O tridente
Em seis partidas os leões não conseguiram por vez nenhuma manter a baliza inviolada. Todas os defesas centrais disponíveis tiveram a oportunidade de se mostrar no tridente defensivo, inclusive Flávio Nazinho chegou a integrar o eixo.
Na primeira jornada do campeonato o tridente mais provável de vir a jogar é aquele que mais vezes foi utilizado na temporada transata, com Gonçalo Inácio à direita, Coates ao meio e Matheus Reis do lado esquerdo. Neto é uma opção alternativa e Marsà ainda está longe de ser uma primeira opção apesar das boas indicações dadas na pré-temporada.
Acredito que por esta altura Rúben Amorim já esperasse estar a trabalhar com St. Juste sem limitações há algum tempo e certamente tinha idealizado o central holandês a ser uma forte aposta para o primeiro onze oficial da época. A verdade é que sem qualquer jogo disputado tenho sérias dúvidas de que possa surgir a titular frente ao SC Braga na 1ª jornada do campeonato.
Com St. Juste
Com St. Juste a titular quem é relegado para o banco? Creio que dependerá dos jogos. Em jogos com um grau de exigência mais elevado aposto num trio com o holandês do lado direito, Coates ao centro e Inácio à esquerda, e a ocupar o corredor lateral esquerdo Matheus Reis. Em jogos em que o conjunto leonino passe mais tempo a atacar do que a defender (que será a maioria) vejo uma grande rotatividade, com Matheus Reis e St. Juste a trocar o lugar no trio, e Nuno Santos a ocupar o corredor.
Matheus Reis foi um jogador que desde que encontrou a forma é uma das melhores unidades dos leões. Mais eficaz como central do que como lateral, mas muito regular e certinho em ambas as posições, um elemento muito útil. Jeremiah terá de conquistar o lugar, mas tendo em conta o investimento e as características que o definem parece-me que será uma questão de tempo.
Tem a defesa profundidade suficiente?
O tridente defensivo parece-me ter a profundidade certa para atacar a época. Pelo contrário, os corredores não têm muita margem de manobra. Se Porro se lesiona, Esgaio é a única alternativa (e que fica bem abaixo). Do lado esquerdo, Matheus Reis como lateral não acrescenta tanto ofensivamente como o Sporting precisa no esquema tático que utiliza e Nuno Santos tem dificuldades a nível defensivo que só passam despercebidas contra equipas que não se conseguem impor à turma verde e branca.
A rotatividade será chave para não se notar a falta de alternativas nos corredores, mas para isso é necessário que o central holandês recupere a forma física, pois foram várias as lesões que o assombraram durante grande parte do tempo em que esteve ao serviço do Mainz.