Todos têm razões, mas no fim perde o Sporting

A culpa de iniciar isto foi do presidente? Foi culpado por ir tratar um assunto interno em local público. Mas já não sei se ele não terá sido obrigado a isso, porque a ver pela sua imagem, no banco, sozinho, na conferência, sozinho, com o “Marta” cachorrinho, de repente tornar-se leão, com o principal accionista vir a terreiro, faz passar a imagem que Bruno de Carvalho não terá muita gente consigo dentro da estrutura.

E eu entendo. Eu também me sentia mais confortável quando em Janeiro já podia dizer que ficávamos em terceiro e pronto. Não tínhamos de nos preocupar com o quarto porque estava longe, e o segundo também já não estava alcançável, as taças já disputadas por outros. Podíamos passar a segunda metade da época descansados, relaxados, sem stress, sem nos preocuparmos com classificações e poder ver um jogo do nosso Sporting apenas pelo jogo (mau, a maior parte das vezes). Porque nós, sportinguistas, somos o mais típico português, que não gosta de confusões, porque somos diferentes, e mesmo que nos estejam a enganar, arranjamos sempre desculpa para não fazer, porque não podemos fazer nada, porque não somos nós que devemos fazer, mas quem manda, etc… até porque fomos nós que fizemos uma revolução sem armas. Somos pacíficos. E sabemos receber. Muitos dos últimos presidentes adoravam receber, e aceitavam (ainda aceitam) um bom repasto seja ele pago por quem seja. O que queremos é “senhoras da vida” e vinho verde, sem que nos incomodem muito. Porque quando nos mandam ou obrigam fazer alguma coisa é logo o “cabo dos trabalhos”, e ainda reclamamos com o chefe. Quem é ele para nos mandar trabalhar, certo?

Este presidente faz muito barulho, incomoda toda a gente. Por que raio não faz ele tudo pela calada? Por baixo da mesa? Com favores? Pelo menos, a ver pelo que se passa no futebol português, Accionistas, parceiros, patrocinadores, governo, entidades e sócios parecem aceitar bem mais facilmente essa estratégia.

Esperamos que não seja muito esforço, para alguns jogadores, lutarem pelo Sporting
Fonte: Sporting CP

Olhem, sabem que mais, e porque no fim de contas ninguém sabe de nada, e sabemos apenas o que eles querem que saibamos, ou pelo menos pensemos que sabemos. O melhor é deixar o futebol como está. É o que merecemos, e sentimo-nos bem assim. E parem de reclamar no Facebook contra outros clubes. Para quê?

Termino como comecei. Nunca gostei da forma de comunicação do presidente, mas foi este tipo de comunicação que o obrigaram a ter quando se tornou presidente. Ainda se lembram dos ataques de um que está agora no Dubai? O problema é que os outros atiraram a pedra, esconderam a mão e calaram-se…. O presidente do Sporting não soube parar, ou pelo menos alterar a forma, e ficou com o foco todo nele. Deslumbrou-se, e o seu feitio egocêntrico de gostar de se ver e ouvir atraiçoou-o.

Por mim ele podia continuar, até porque os jogadores não são os santos que querem vender, e também não mereceram aquela volta olímpica (ganharam apenas ao Paços – obrigação –  e mesmo com o adversário com menos um, e um central à baliza, nos últimos quinze minutos não fizeram um remate à baliza. A lentidão continua a ser o modelo). Continuaria, mas tendo que alterar a forma de comunicar, e não vendo inimigos em qualquer um que não concorde totalmente com ele, até porque ninguém consegue viver e sobreviver sozinho (Neste caso a mulher e as filhas não contam, nem deviam ser chamadas ao caso), e ele, se não o sabia, está a aprendê-lo agora, espero eu.

Uma nota final de felicidade por perceber que, afinal o presidente do Sporting era o gerador de todo o mal do futebol, a ver pelos “beijos e abraços” entre sportinguistas e outros em programas televisivos neste momento de destituição.

(Depois de tanto tentarem, finalmente conseguiram um foco de verdadeira divisão dentro do Sporting)

Foto de capa: Sporting Clube de Portugal

artigo revisto por: Ana Ferreira

Nuno Almeida
Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.

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