Este ano, infelizmente, fui a Carrazeda mas não fui a Parambos. A sensação quando regressei foi de incompletude, como se não tivesse feito o meu dever de Leão. Fi-lo nos outros anos em que lá estive, o ano passado vi mesmo lá um jogo de pré-época da nossa equipa. Não que não estivesse acompanhado de Sportinguistas que me “puxassem” para ir, mas as circunstâncias da retirada transmontana não ditaram tal destino. Fica para o ano, certamente.
Mas não se pense que o Sporting esteve ausente de mim nestes tempos de retirada transmontana. Coloquei a minha camisola do Sporting na mala antes de partir para férias e passei grande parte do fim-de-semana naquela vila transmontana a passear a camisola verde e branca do nosso grande clube. A sensação foi maravilhosa. Apenas uma “boca” me chamou a atenção, de um jovem da vila:
“- O que é que os “lagartos” andam aqui a fazer por estes lados?!”
Pelos vistos, os adeptos dos nossos clubes rivais também andam por aí de férias, por esse Portugal fora. Também são grandes clubes, claro que sim. Por isso é que têm adeptos de outras geografias além de Lisboa e Porto, a sua grandeza permitiu que atravessassem regiões e fronteiras para captar a alma e o coração dos adeptos. Foi o meu caso. Sou sportinguista desde que me conheço, com as minhas outras simpatias clubísticas evidentemente, mas nunca em momento algum abandonei o clube do meu coração, nem houve distância física que se sobrepusesse ao meu palpitar cardíaco. Porque os clubes não estão nos estádios nem nos pavilhões, estão no coração dos adeptos e sócios. E foi por isso com todo o gosto e prazer que passeei a minha camisola verde e branca por terras transmontanas. Vesti-la é sentir-me em casa pois convém não esquecer que um sportinguista não tira férias.
Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal