Uma semana de erros

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O Sporting foi eliminado da Taça de Portugal em Braga e perdeu a liderança do campeonato, após ter perdido no terreno do União da Madeira. Foi uma semana horrível para os sportinguistas, que acabam por “descer à Terra” de uma maneira cruel.

Em Braga, houve erros defensivos graves nos quatro golos sofridos. No primeiro e no quarto golos, acho que os centrais podiam ter feito muito melhor, porque Wilson Eduardo e Rui Fonte tiveram tempo e espaço para tudo. O eixo defensivo tem estado bem esta temporada, mas o jogo de Braga não comprovou isso. Nos outros dois golos, é inadmissível a forma como Alan e Marcelo Goiano apareceram sozinhos em posição favorável para alvejar a baliza de Rui Patrício. Os laterais também não estiveram em bom nível, com este último fator a repetir-se ontem na Choupana. Ricardo Esgaio estava a marcar um homem invisível, enquanto Danilo Dias surgiu, uma vez mais, sozinho na área.

Estes erros defensivos saíram-nos bem caros, mas não é caso para dizer que o Sporting está em crise. A apenas um ponto da liderança, e com quatro de vantagem sobre o Benfica, os “leões” têm agora é de colocar o foco exclusivamente na receção de dia 2 de janeiro frente ao FC Porto. É neste encontro que os “verde e brancos” podem regressar à liderança, frente a um adversário que também não está 100% confiante, devido às escolhas do seu treinador. O Sporting tem de recuperar a liderança nesse jogo, que será o mais importante da época até agora.

Wilson Eduardo voltou a marcar ao Sporting, após ter fugido aos centrais. Fonte: SC Braga
Wilson Eduardo voltou a marcar ao Sporting, após ter fugido aos centrais
Fonte: SC Braga

Contudo, não foram só os erros defensivos que possibilitaram estas alterações. Aconteceram dois jogos onde existiram equívocos gravíssimos com influência direta nos resultados. Aqueles que chamam “calimeros” a Bruno de Carvalho e aos sportinguistas por quererem a introdução do vídeo-árbitro só podem ser uma de duas coisas: ou estúpidos ou coniventes com o sistema. Na Choupana, jogou-se, a dois tempos, um Nacional-FC Porto, que teve em Marcano o principal protagonista. No domingo, o espanhol marcou um golo e fez um corte com a mão dentro da área. Na segunda-feira, deve ter tido dificuldade em manter os olhos abertos e deu um chuto na perna de João Aurélio: se tivesse sido numa bola, tê-la-ia atirado para fora do estádio. Jorge Sousa, melhor árbitro português da atualidade, não assinalou. Não acredito que não tenha visto esses lances. Logo, também não é de admirar a ausência de árbitros portugueses no próximo Europeu.

Dois dias depois, na quarta-feira, assistimos ao melhor jogo da época em Braga. Os bracarenses venceram após prolongamento e não ouso dizer que a vitória tenha sido totalmente injusta. Os comandados de Paulo Fonseca apresentaram-se em muito bom nível, com bastante personalidade. Considero até que foi a equipa que jogou melhor frente ao Sporting esta época, incluindo os adversários europeus. No entanto, mais uma vez, o resultado foi adulterado. No primeiro golo do Braga, William Carvalho sofreu falta no meio campo adversário. Depois, veio o 4-3 de Slimani, que não o foi porque o árbitro auxiliar não quis. Nos últimos cinco anos, já foi a segunda vez que o Sporting foi eliminado da Taça de Portugal com uma derrota por 4-3, após prolongamento, em jogos considerados como “épicos” e “hinos ao futebol”, apesar de terem resultados mentirosos. O futebol português continua igual a si próprio.

Uma palavra final para Bruno de Carvalho. O nosso presidente tem disparado para muitos lados (e ainda tem muito que disparar), sendo o último dos alvos Pedro Proença. O presidente da Liga só trabalha no dia 4 de janeiro, por isso Zeegelaar e Bruno César serão baixas na equipa leonina para o jogo frente ao FC Porto. Esta é só a jogada mais recente do presidente da Liga, depois de todas as polémicas às quais tem fechado os olhos no nosso futebol. Espero que o presidente do Sporting se mantenha na mesma linha de comportamento, porque só assim consegue lutar pelo sucesso do clube.

Foto de capa: Sporting CP

Diogo Janeiro Oliveira
Diogo Janeiro Oliveira
Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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