A partida até começou com um Estoril a ter mais iniciativa de jogo e com um Tondela mais recuado, mas a situação inverteu-se ao longo do primeiro tempo. Marcado também por muitas disputas de lance, principalmente a meio-campo, a equipa do Tondela conseguiu levar a vantagem em muitos destes duelos. Sérgio Peña foi essencial neste sentido. O médio ofensivo impôs o seu jogo e foi preponderante para o domínio da sua equipa em grande parte do tempo. Muitas foram as vezes em que o jogador foi buscar jogo atrás, servindo para fazer ligação entre defesa e ataque.
A primeira parte foi bem disputada, sim, mas desengane-se quem acha que, por isso, a mesma foi cheia de oportunidades de golo. Até pelo contrário. Poucas foram as oportunidades flagrantes para ambas as equipas, acabando o primeiro termo com o nulo para os dois emblemas.
Durante o intervalo, as equipas recarregaram baterias e entraram a todo o gás. O que faltou na primeira parte, surgiu logo nos primeiros instantes da segunda: cheiro a golo! A equipa do Estoril, à semelhança do primeiro tempo, entrou melhor e foi mesmo a que se adiantou primeiro no marcador. O lance surge de uma excelente iniciativa de Filipe Soares, que ganha a bola a meio-campo e, em combinação com Sandro Lima dentro da área, faz uma excelente jogada. O número 91 estorilista cruza para o primeiro poste, onde aparece Aylton a encostar para dentro da baliza. Aos 58 minutos, a equipa da linha adianta-se no marcador.
O Tondela reage bastante bem e obriga o guarda-redes da casa a três grandes defesas depois do golo sofrido. Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura. E foi mesmo assim: depois de uma grande resposta por parte da equipa de Pepa, o Tondela restabelece a igualdade. A jogada começa com um cruzamento de Murillo para a área. Lance muito confuso, mas Tomané converte e impõe a igualdade no marcador. Os dois homens saltaram do banco e, desde logo, mostraram serviço ao terem elaborado a jogada que dá o golo do Tondela.
Imposta a igualdade, não faltaram excelentes jogadas protagonizadas pelos dois conjuntos. As duas equipas deram espetáculo nos restantes minutos da partida, contudo, nenhuma delas conseguiu concretizar as ocasiões. Verdade seja dita: os guardiões de ambos os emblemas muito contribuíram para que isso acontecesse. Apesar de haver um ligeiro ascendente na partida por parte do Tondela, o 1-1, aos 90 minutos, aceita-se. Ficou, então, tudo em aberto e restava às duas equipas medir forças no prolongamento.
Para lá dos 90 minutos, quer a equipa de Luís Freire, quer a equipa de Pepa, entraram bastante comedidas em relação à segunda parte. Os dois conjuntos mostraram um jogo muito contido que passou muito por ter posse de bola. Ainda assim, a equipa da casa foi a que mostrou mais atrevimento (ainda que pouco), mas de nada serviu visto que, findo a segunda parte do prolongamento, nada estava decidido. A partida teve mesmo de ser resolvida através dos pontapés de grande penalidade.

Fonte: Bola na Rede
Na marca dos 11 metros, quem levou a melhor foi o Tondela, mostrando-se mais competente. Dois jogadores do Estoril, Marco António e Furlan, falharam na concretização das grandes penalidades e isso ditou a eliminação da sua equipa na taça. O sonho da Prova Rainha fica por aqui para o Estoril. Resta agora aos estorilistas sonhar com a subida de divisão e esperar também que possam fazer estragos na Taça da Liga.
Onzes Iniciais:
GD Estoril Praia: Igor, Filipe Soares, João Vigário (Subst. Furlan), Gustavo Costa (Subst. Marcos António), Gonçalo Santos (Subst. Pedro Queirós), Diakhité, Roberto, João Pedro, Wallyson, Aylton (Subst. Dadashov), Sandro Lima.
CD Tondela: Cláudio Ramos, Ícaro, Xavier (Subst. Jaquité), Helder Tavares, Delgado, Peña (Subst. Murillo), João Reis, Ricardo Costa, David Bruno (Subst. Tomané), Arango.