AD Limianos 0-2 SC Covilhã: eficácia beirã exemplar

    A Associação Desportiva “Os Limianos” entrou em campo pela terceira vez nesta edição da Taça de Portugal. Depois de surpreendentemente elimianar o CD Mafra, a equipa de Ponte de Lima recebeu mais uma equipa da Segunda Liga, desta vez o SC Covilhã.

    A primeira parte não teve grande história para além dos dois golos que ditaram o resultado final. E tirando os remates certeiros de Adriano e Makouta, poucos lances foram dignos de registo. A partida foi assim mesmo, cinzenta, com pouco brilhantismo e o SC Covilhã garantiu os serviços mínimos na entrada em prova.

    Logo aos seis minutos os visitantes chegaram ao golo. No primeiro lance de perigo da partida, Caio Quiroga recuperou a bola à saída do seu meio-campo, aguentou a pressão de Micka e rasgou a defesa adversária com um passe a isolar Adriano. Com Bruno pela frente, o camisola ‘7’ fintou-o e rematou para a baliza quase deserta. Estava inaugurado o marcador e quando se esperava que a equipa da casa fosse atrás do resultado e, com isso, animasse o jogo, o ritmo caiu e a bola era trocada de pé para pé, sem verticalidade alguma e rara aproximação à baliza de São Bento.

    Só aos 16 minutos os limianos criaram perigo. De longe, Ricardo Silva rematou forte, por cima, depois de recuperar a bola cortada pela defesa contrária. Quatro minutos depois, e sem muito fazer por isso, os comandados de Filó chegaram ao segundo golo. Micka falha a ligação com Cláudio Borges e Deivison e Adriano iniciam uma série de passes entre si que termina com um corte do central limiano. Oportuno, Makouta aproveitou que ninguém se apoderou da bola e disparou de primeira, em arco, para um belo golo.

    Até ao intervalo, a equipa da casa tomou conta da bola, mas não mais que isso. Todos os jogadores se envolveram numa posse inconsequente, nada produtiva e vazia de ideias. Em desespero, os cruzamentos nunca ultrapassavam o defesa lateral opositor e só de longe conseguiam almejar a baliza do SC Covilhã. Exemplo disso foi o remate disparatado de Rui Magalhães à passagem da meia hora de jogo. Os atacantes canarinhos estavam bastante desligados da linha média; Elivelton passou todo o jogo sozinho, na frente, a batalhar, sem sucesso, para segurar a bola entre os dois centrais.

    A defesa beirã esteve imperial nas bolas paradas; nem pelo ar os da casa incomodaram
    Fonte: Diogo Gonçalves/Bola na Rede

    Para a segunda parte voltaram os mesmos ‘onze’ iniciais de ambos os lados, mas a disposição parecia diferente. Agora, com mais sofreguidão no assédio à baliza contrária, a AD Limianos chegava mais vezes à zona de finalização, mas com o mesmo desfecho da primeira parte.

    Aos 54 minutos, Ricardo Silva adivinhou o passe de Adriano, intercetou-o e encaminhou-se para a baliza, mas o remate saiu desviado para canto. Na resposta, Deivison mostra-se ao jogo, tocou de calcanhar e isolou Rick Sena que rematou forte, mas ao lado do poste direito.

    Aos 68 minutos, o recém-entrado Iano mostrou que queria mexer no jogo e na primeira intervenção, sem grande preparação, testou a atenção de São Bento, que permanecia espectador até então. Aos 70 minutos, novamente Iano em destaque; descobriu Alvinho na profundidade e o cruzamento do brasileiro ia teleguiado para Cláudio Dantas. Só o corte providencial de Rafael evitou que Cláudio reduzisse.

    Dois minutos depois, Cláudio Dantas voltou a obrigar São Bento a aplicar-se. Destaque ainda para aquela que podia ser a assistência de Iano, depois de ‘matar’ a bola de peito e servir o camisola ‘77’ de calcanhar.

    Numa altura em que os visitantes já jogavam mais com o relógio e com as picardias pessoais, Micka falhou a receção de um passe desmedido e Onyeka ia aproveitando a descompensação adversária. Valeu a fantástica recuperação e oposição de Touré, a retardar a definição do avançado. Aos 87 minutos surgiu a melhor jogada dos visitantes. Sem nunca apresentar um futebol fantástico, mas suficiente para o adversário em causa, o SC Covilhã não marcou golo na melhor jogada que construiu. Pela esquerda, Henrique galgou todo o corredor e evitou os dois adversários que se lhe opuseram. Já perto da linha final, serviu Adriano que falhou escandalosamente em cima da linha de golo.

    Ainda antes do final, mais uma oportunidade para os visitantes. Com a AD Limianos totalmente virada para o ataque, Cláudio Dantas falhou a interceção de um alívio e acabou por deixar Onyeka isolado. Contudo, o camisola ‘99’ enrolou-se com a bola e permitiu que Bruno Santos demovesse a sua tentativa de marcar.

    Onzes iniciais:

    AD Limianos: Bruno Santos; Alvinho, Touré, Cláudio Borges e Vítor Sousa (Chiquinho, 75’); Micka, Luan Sérgio e Rui Magalhães; Nandinho (Cláudio Dantas, 63’), Ricardo Silva (Iano, 63’) e Elivelton.

    SC Covilhã: São Bento; Henrique, Rafael, Jaime e Gilberto; Miranda, Quiroga e Makouta (Neto, 81’); Rick Sena (Bonani, 71’), Adriano e Deivison (Onyeka, 73’).

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.