Quem esperava agitação no último dia de mercado de transferências, não terá ficado desiludido. Todo o esforço dispendido em cima do botão ‘F5’ no PC e do ‘refresh’ no telemóvel foram compensados com transferências, sob o apito final do mercado, nos principais sites de atualidade desportiva.
A transferência que terá, previsivelmente, mais impacto durante a época (saiu de um dos rivais na luta pela Ligue 1 e foi para o outro), será a de Mbappé, emprestado pelo Mónaco ao PSG com opção de compra obrigatória fixada nos… 180 milhões de euros. Uma mudança que, dada a previsibilidade e a ‘troca’ entre candidatos, se assemelha com a de Oxlade-Chamberlain, saído do Arsenal para assinar pelo Liverpool (40 milhões de euros).
Ainda em Inglaterra, é de salientar movimentações… que não existiram. Mahrez, Alexis Sanchez, Diego Costa e Philippe Coutinho, que estavam a forçar a saída, não viram os seus desejos cumpridos… ainda (as inscrições na liga espanhola estão abertas até à 23h do dia 1 de Setembro).
No que toca a portugueses, o Swansea oficializou o empréstimo de Renato Sanches ao início do último dia, permitindo que o jogador venha ter os minutos que desejava, enquanto que Nani (chega empréstimo do Valência e vai disputar o quinto campeonato diferente em cinco anos), Bruno Jordão e Pedro Neto (num negócio que deverá render ao SC Braga cerca de 25 milhões de euros nos próximos 2 anos) rumam à Lazio. Mas o protagonista deste último dia de mercado, em Portugal, foi Adrien. O jogador abandonou o estágio da Seleção, não jogou contra as Ilhas Faroé e viajou para Inglaterra, onde assinaria pelo Leicester. Chegado lá, o acordo entre os foxes e Sporting CP não foi estabelecido antes da onze da noite (hora do fecho do mercado em Inglaterra). Pediu-se tempo extra à federação inglesa. Concedida. As partes envolvidas resolveram as divergências, e o agora ex-leão dá finalmente o “salto” na carreira que procurava desde há um ano, e o Sporting CP recebe 30 milhões para já, mais 5 caso o jogador cumpra 50 jogos pelo Leicester.
Chega ao fim, para todas as ligas com exceção da espanhola, um dos defesos mais agitados e com mais impacto na história do desporto-rei. O verão dos 222 milhões pagos por Neymar, dos 150 milhões por Dembélé, da “traição” de Bonucci, dos laterais direitos (Walker, Nélson Semedo e Dani Alves) e dos pontas-de-lança (Lukaku, Morata e Lacazette).
Pedro Machado
Foto de capa: EPA