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Jogadores que Admiro #40 – Henrik Larsson

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Muitos jogadores poderiam merecer atenção neste espaço, tanto pela performance exibida dentro de campo como pelo exemplo transmitido fora dele. Para justificar a minha escolha, remonto aos meus primórdios no que respeita à análise futebolística.

Retrocedo até 16 de Julho de 1994, a uma das minhas primeiras memórias nítidas daquilo que era um jogo de futebol, data em que a Suécia esmagou com contundentes 4-0 a Bulgária de Stoichkov, Lechkov, Balakov, Kostadinov e companhia no jogo de atribuição do terceiro lugar do Campeonato do Mundo dos EUA. Ao lado daquela que, porventura, terá sido a geração sueca mais entusiasmante de sempre, em que pontificavam nomes como Thomas Brolin, Kennet Andersson, Thomas Ravelli ou Klas Ingesson, dava-se a conhecer um jovem avançado de ar excêntrico que não tardaria a substituir as vistosas rastas por uma coroa: explodia para o mundo do futebol o “King of Kings”, Henrik Larsson.

Após um par de épocas a destroçar defesas ao serviço do Helsingborgs, deu o salto para Roterdão em 1993. Com as cores do Feyenoord manter-se-ia até 1997, decidindo então trocar os ares do de Kuip pelo fervilhante ambiente de Parkhead. Aos 25 anos, o promissor jogador começaria a cunhar o estatuto de lenda entre os Católicos de Glasgow.

A história tem destas curiosidades, que só o tempo permite avaliar sem que deixemos de esboçar um ténue sorriso; Larsson iniciou o seu trajecto ao serviço do Celtic com a difícil missão de fazer esquecer um ponta-de-lança de fartos caracóis, um autêntico manancial de golos que dava pelo nome de… Jorge Cadete. O internacional português – que após a sua passagem pela Escócia jamais exibiria os pergaminhos que fizeram dele um dianteiro reputado – deixara uma herança de 38 tentos em 47 jogos. Uma herança pesada, de facto, mas o sueco encarregar-se-ia de demonstrar que estava à altura do desafio. Durante as sete épocas ao serviço do clube, alcançou a proeza de assumir por quatro ocasiões consecutivas (num total de cinco) o lugar mais alto do pódio dos melhores marcadores da liga. Na temporada de 2000-01, os seus 35 golos valeram-lhe a conquista da Bota de Ouro, prémio atribuído ao melhor marcador entre os vários campeonatos europeus.

O seu apurado killer instinct quase custou a primeira Taça UEFA ao FC Porto de Mourinho na época de 2002-03. Na final de Sevilha, Larsson tratou de refrear os ânimos portistas por duas vezes, repondo a igualdade após os golos de Derlei e de Alenitchev. A sua glória nas competições da UEFA chegaria mais tarde.

Henrik Larsson é uma verdadeira lenda do futebol sueco Fonte: givemesport.com
Henrik Larsson é uma verdadeira lenda do futebol sueco
Fonte: givemesport.com

Após uma emotiva despedida, assinaria pelo todo-poderoso Barcelona. Quis o destino que o seu primeiro jogo europeu com a camisola blaugrana fosse precisamente contra o seu Celtic, marcando um golo à sua antiga equipa em pleno Celtic Park. Pelos catalães, pese embora o facto de ter alcançado um menor número de golos nas duas épocas em que representou o clube, foi decisivo na conquista da Liga dos Campeões de 2005-06, ao assistir Eto’o e Belletti para os dois golos decisivos frente ao Arsenal.

Após uma passagem de menor fulgor de um ano em Old Trafford, regressou ao seu país natal, onde viria a representar ainda o Helsingborgs, o Råå e o Hogasborg, clube no qual iniciou a sua carreira. Actualmente, aos 43 anos, treina o Helsingborgs.

Henrik Larsson construiu a sua carreira sobre golos, muitos golos, mas também sobre um fino recorte técnico, predicados que lhe valeram o reconhecimento de companheiros de equipa, de adversários e dos amantes do futebol em geral.

Um dos mais cotados avançados das últimas duas décadas, uma das mais ilustres figuras do Celtic. Em suma, uma lenda.

You’re my Larsson
My Henrik Larsson
You make me happy when skies are grey
We went for Shearer but he’s a winker
So please don’t take out my Larsson away

Foto de Capa: PicPicx.com

Tiago Lima
Tiago Limahttp://www.bolanarede.pt
A simples referência à palavra “futebol” é suficiente para captar a sua atenção. Adepto do Vitória Sport Clube, que segue religiosamente, devora com voracidade todo o jogo que lhe apareça à frente, desde a Premiership à Premier League de Malta, com paragens frequentes na Bélgica, na Bolívia ou noutro qualquer apeadeiro desde que haja uma bola a rolar.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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