Jogadores que Admiro #81- Peter Sagan

    Destaco, agora, uma das vitórias de Sagan: Gent – Wevelgem 2013, Sagan vinha de dois segundos lugares consecutivos, nas clássicas Milan San Remo e na E3 Prijs Vlaanderen-Harelbeke. Choveram críticas ao eslovaco pela sua leitura de corrida não ter sido a melhor, oferecendo a vitória aos adversários, já aqui a exigência começava a ser grande para o eslovaco. Mas uns dias depois, numa prova bastante movimentada, como é habitual nas provas em pavê, Sagan a quatro quilómetros do final desfere um ataque, onde deixa os favoritos Flecha e Greg Van Avermaet para trás e, conseguido uma vitória que não é mais que uma resposta aos críticos mas também a ele mesmo, reforçava um estatuto que, não estando ainda cimentado, era suficiente para pôr os seus adversários em sentido.

    Revejam o Tour de Oman 2014, terceira etapa, Sagan vai em fuga e, já nos quilómetros finais, qual malabarista, faz um movimento espectacular para fugir aos dois colegas que iam com ele na fuga: Só mesmo assistindo a esse movimento é que se percebe que ali vai alguém predestinado. A fuga resultou e Sagan venceu a etapa.

    Sagan celebra de forma acrobática mais uma vitória Fonte: cyclingnews
    Sagan celebra de forma acrobática mais uma vitória
    Fonte: cyclingnews

    Tour de France: Sagan habituou-nos, nas várias edições desta prova, a dar verdadeiros espectáculos em cima da bicicleta, quer quando vencia etapas, quer quando seguia nos grupetos, nas etapas de alta montanha, onde, para gáudio do público, o eslovaco, qual malabarista, fazia artimanhas dignas de um qualquer espectáculo de freestyle, Falando no Tour de France, o currículo de Sagan nesta prova está ao nível dos melhores de sempre – cinco edições da classificação dos pontos do Tour de forma consecutiva, fizeram-no aproximar-se do actual detentor do recorde, Erik Zabel, que conseguiu essa proeza por seis vezes! O que afastou Sagan desse possível recorde, foi a sua desclassificação neste Tour de France, numa etapa em que a organização entendeu que o eslovaco enviou Cavendish para o alcatrão, numa decisão bastante controversa e, a meu ver, injusta.

    Mas o currículo de Sagan não se cinge só à Grand Boucle. Em 2016, foi um ano em cheio para o eslovaco, conseguindo a camisola de pontos do Tour, vitória no Tour de Flandres (um dos cinco monumentos), título de campeão europeu de estrada, juntando, mais tarde, o título de campeão do mundo, e vitórias nas clássicas, Gent-Wevelgem e Grand Prix de Québec. Também conseguiu pódios em provas de renome, na já falada Tour de Flandres, e Milan – San Remo, dois dos monumentos do ciclismo.

    Sagan superioriza-se à concorrência! Fonte: Facebook Oficial de Peter Sagan
    Sagan superioriza-se à concorrência!
    Fonte: Facebook Oficial de Peter Sagan

    De facto, é algo que penso que Sagan pode acrescentar ao seu currículo mas que por alguma razão ainda não conseguiu, os monumentos. Com Tour de Flandres e Milan – San Remo à cabeça e também o Paris – Roubaix, são objectivos claramente ao seu alcance.

    É também provável que vá conquistar mais algumas camisolas verdes no Tour, pelo menos espero isso da parte dele.

    Projetando um pouco o futuro, e daquilo que se tem visto de Sagan, poderá ele atingir esses objectivos? Confio que sim. Se os conseguirá? Difícil, mas é essa a essência do eslovaco, superar os seus desafios e lutar contra as probabilidades. É improvável vermos Sagan vencer os outros dois monumentos, Lombardia e Liege-Bastogne-Liege, mas se ele puder estar na luta, de certeza que vai tentar a vitória.

    O que é certo é que o talento dele não tem limites e, por conseguinte, espero anos de sucesso para o SAGANATOR!

    Foto de Capa: Facebook Oficial de Peter Sagan

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

     

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    Tiago Silva Ferreira
    Tiago Silva Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é uma pessoa que adora desporto, em especial futebol. Tendo praticado andebol e basquetebol, viu que o seu grande talento era a Playstation e por aí ficou! Adora o ciclismo.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.