Que jogos devo rever nesta Quarentena? SL Benfica 3-1 Fenerbahçe SK

    Quinta-feira, dia 2 de maio de 2013. O SL Benfica recebia no Estádio da Luz o Fenerbahçe SK na segunda mão das meias finais da Liga Europa.

    Na primeira mão, na Turquia, os encarnados foram derrotados por 1-0. Em Istambul, a equipa turca foi superior, dominou grande parte do jogo e poderia mesmo ter trazido uma vantagem maior para a segunda mão.

    Depois do inferno turco vivido no Estádio Sukru Saracoglu, o ambiente no segundo jogo seria igualmente espetacular. Apesar da vantagem, o Fenerbahçe SK tinha à sua espera um Estádio da Luz completamente cheio. Os adeptos encarnados tinham esperança de ver o SL Benfica alcançar a nona final europeia e a primeira em 23 anos.

    20:05h. O árbitro francês Stéphane Lannoy apita para o início do jogo. O SL Benfica entra muito forte na partida e rapidamente fica visível a intenção dos encarnados em assumir o jogo.

    Logo aos oito minutos de jogo, um desequilíbrio no lado direito dos encarnados deixa Lima com espaço na ala. O brasileiro cruza para Nico Gaitán, que, já dentro da área, finaliza de trivela e bate o guardião turco Volkan Demirel. Foi a loucura no estádio, os encarnados empatavam a eliminatória e estavam claramente por cima do jogo.

    O resultado na primeira mão não foi o melhor para a equipa encarnada
    Fonte: UEFA

    Nos minutos que se seguiram, a equipa das águias esteve por diversas vezes perto do segundo golo. Contudo, aos 22 minutos, Garay jogou a bola com a mão no interior da sua área. Penalty para a equipa turca.

    O habitual batedor de castigos máximos do Fenerbahçe SK, Christian Baroni (que tinha, inclusive, falhado um na primeira mão), deu a oportunidade a Dirk Kuyt para bater.

    O veterano holandês não tremeu e enganou Artur Moraes. Bola para um lado, guarda-redes para o outro. 1-1, o Fenerbahçe estava agora em vantagem na eliminatória.

    O golo de Kuyt gelou o Estádio da Luz. A esperança diminuía agora, visto que os encarnados necessitavam de marcar dois golos e não sofrer nenhum para assumirem a liderança da eliminatória.

    A equipa orientada por Jorge Jesus reagiu bem ao golo dos turcos, tendo mantido ou até mesmo elevado o nível exibicional.

    Logo aos 35 minutos, Salvio é derrubado perto do meio campo. Os encarnados aproveitam a desatenção turca e cobram o livre de forma rápida. O esférico chega a Cardozo, que tira da frente um defesa do Fenerbahçe SK e remata rasteiro para dentro da baliza. 2-1. O paraguaio, no meio de uma explosão de esperança no estádio, apressa-se a recolher a bola do fundo da baliza dos turcos e coloca-a no meio campo.

    Pouco tempo depois, chegou o intervalo. O resultado manteve-se: 2-1, os encarnados precisavam de mais um golo para passar na eliminatória.

    No início da segunda parte, a toada foi a mesma. O Benfica mantinha-se por cima do encontro, mas, ocasionalmente, o Fenerbahçe assustava através de perigosos contra-ataques.

    Contudo, o golo encarnado teimava em não aparecer. Com a passagem de cada minuto, acentuava-se o ambiente de nervosismo que se fazia viver no estádio. Apesar de tudo, acredito que não existia um único benfiquista nas bancadas que não acreditasse a 100% na passagem da sua equipa à final.

    Empurrados pelas fervorosas bancadas, os encarnados continuavam à procura do “golo da glória”.

    Aos 66 minutos, Salvio enviou um lançamento de linha lateral para dentro da área. Um ressalto ao primeiro poste levou a bola a Luisão que, no interior da área, desviou como pôde e fez chegar o esférico a Cardozo. O “Takuara” rematou com força deixando o guardião da equipa de Istambul sem qualquer hipótese.

    O gigante paraguaio desatou a correr de braços abertos e deslizou de forma graciosa no relvado, em frente de milhares de benfiquistas frenéticos. Do outro lado do campo, Artur colocava as mãos à cabeça e parecia não estar em si.

    Óscar Cardozo foi o homem da noite
    Fonte: SL Benfica

    A felicidade tinha que ser ainda, temporariamente, adiada: faltavam cerca de 30 minutos para o final do jogo, tudo poderia acontecer. Naturalmente, o Fenerbahçe SK assumiu a iniciativa no jogo, mas o resultado manteve-se até aos instantes finais.

    Já para lá dos 90’, Kuyt aparece sozinho do lado direito do ataque turco e cruza para o interior da área encarnada. Moussa Sow eleva-se e cabeceia. A bola pareceu parar no ar. Os milhares de adeptos no estádio e os milhões em casa contiveram a respiração por um segundo.

    A bola foi parar às luvas de Arthur Moraes. A nação benfiquista respirou de alívio. Apesar de terem existido mais cruzamentos para a área, esta foi a última oportunidade do Fenerbahçe.

    Depois de uns agoniantes minutos de espera, o árbitro apitava para o final da partida. 23 anos depois, o Benfica estava numa final europeia. Nas bancadas, os sorrisos misturavam-se com as lágrimas de alegria. Os abraços dos adeptos confundiam-se com as celebrações dentro de campo.

    A erupção do estádio, quando o árbitro apitou, ficará, para sempre, na memória de todos os benfiquistas.

    Mesmo que as semanas que precederam este jogo tenham ficado marcadas, negativamente, na história do SL Benfica, vale sempre a pena rever este jogo. Seja pelo que foi a partida em si, seja pelo ambiente vivido no estádio, seja simplesmente para revermos a incrível equipa que os encarnados tinham e o futebol de grande nível que praticavam.

    Link para assistir ao jogo completo:

    https://footballia.net/matches/sl-benfica-fenerbahce-sk

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    SL Benfica: Arthur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Garay, André Almeida, Matic, Enzo Perez, Salvio, Nico Gaitan (Roderick Miranda), Lima, Cardozo (Urreta).

    Fenerbahçe SK: Volkan Demiral, Gonul (Irtegan), Korkmaz, Yobo(Miroslav Stoch), Erkin, Ziegler, Sahin (Topuz), Salih Uçan, Christian Baroni, Dirk Kuyt, Moussa Sow.

     

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Gonçalo Batista
    Gonçalo Batistahttp://www.bolanarede.pt
    O Gonçalo é atualmente aluno da Escola Superior de Comunicação Social, onde persegue o seu sonho de ser jornalista. Descobriu a emoção do desporto quando assistiu, juntamente com o seu pai, ao clássico entre o Glasgow Rangers e o Celtic. A partir desse momento o desporto tornou-se uma parte fundamental da sua vida. Apaixonado pela prática desportiva, segue o futebol em geral e a NBA religiosamente. Tem dois clubes de coração o Benfica, e o Clube Atlético de Queluz clube da terra, no qual é atleta desde os 6 anos.                                                                                                                                                 O Gonçalo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.