Guimarães não é só a “cidade-berço” da nossa nação, é também um dos maiores viveiros de talento do nosso país, no que ao futebol profissional diz respeito.
Nos últimos anos, têm saído grandes talentos do Vitória, como Raphinha, Marega ou Edwards. E se Jota é a grande bandeira da formação vimaranense, a qualidade vai muito mais além do recém-internacional português.
No Vitória brilha também Kaio César, uma autêntica “pulga” na verdadeira génese da palavra, pela sua rapidez, imprevisibilidade e estatura, que fazem dele uma ameaça aparentemente inofensiva, mas que, com espaço, causa grande dor nos seus adversários. Dono de características únicas naquilo que é um extremo de raiz, o jovem brasileiro tem aproveitado muito bem o “spotlight” sempre que é chamado ao onze da formação treinada por Álvaro Pacheco, e tem sido consistente nas suas ações em campo.
Formado no Coritiba, o jovem de apenas 20 anos está em Portugal emprestado precisamente pela equipa brasileira, com quem tem contrato até dezembro deste ano, o que pode facilitar um “ataque” feroz de um clube de maior expressão, ou até do próprio Vitória, que vê em si uma enorme margem de progressão. Internacional sub 23 pelo “escrete”, Kaio César suspira futebol na ponta das suas botas, e apresenta-se ao mundo do futebol como um projeto muito interessante de futuro craque que, com espaço para se afirmar, pode realmente tornar-se num caso sério, seja em Portugal ou noutro país.
Avaliado na módica quantia de um milhão de euros, o ambidestro brasileiro chegou em Janeiro a Portugal e, das 11 partidas que podia ter disputado no campeonato, fez oito, o que juntamente com a Taça de Portugal, soma a dezena de jogos disputados pelos vimaranenses.
Espero sinceramente que o Vitória tenha a capacidade financeira para reter o grande talento Kaio César, à imagem do que fez com Raphinha, para posteriormente o poder lançar aos “lobos”, que como quem diz, os grandes palcos deste que é o universo que tanto amamos, o “universo da bola”.
Brilha miúdo, brilha como só tu sabes.