10 jogadores com carreira num só clube

    internacional cabeçalho

    Qualquer pessoa que goste de jogar futebol para ganhar, para provar que é melhor do que o melhor jogador da outra turma, para tefgstar novas jogadas, e chegar a ser tão bom que, para além da simples tarefa de ajudar a equipa a marcar, pretende embelezar o jogo, acrescentando detalhes. Detalhes que, ao longo de uma longa prática futebolística se vão aprofundando, sendo que quem mais capricha neste domínio, é quem hoje pisa os relvados mais verdes e cuidados.

    E pisar uma vida inteira os mesmos relvados? Mesmo sendo os mais bonitos? Não parece divertido se tomarmos a pergunta pelo seu sentido literal. Sendo o Homem um ser que, a certo ponto, se farta de fazer sempre o mesmo, de ver sempre os mesmos, a verdade é que o jogador não pensa no facto de, por exemplo, ter jogado sempre na liga italiana. Pensa é no que tem de fazer, contra quem vai jogar, as circunstâncias e o contexto. É um ser ambicioso e pragmático, atua ao seu melhor nível seja onde for. E como bem se sabe, a “paisagem” vai- se alterando… Há jogadores, treinadores, presidentes que partem, outros que vêm. Na massa adepta é o mesmo. A diferença é que, venham ou partam, o acto é sempre definitivo, pois uma vez adepto, sempre adepto: “ Podes mudar de mulher, mas não podes mudar de clube.” Só mesmo a morte para terminar o vínculo que o liga ao clube do coração.

    Do passado, um jogador que se preze deve retirar o real contributo à evolução, e esquecer o inútil, o que não lhe serve de nada. Por exemplo, ter conquistado a liga em nada ajuda a ganhar a do próximo ano. Pode motivar, ou dar-se ao respeito perante os concorrentes à corrida, mas efectivamente não se começa o campeonato com pontos a mais, nem mais golos marcados, não é verdade?

    Lampard ocupa a posição de 6 deste 'top', juntamente com outro compatriota... Sportskeeda.com
    Lampard ocupa a posição de 6 deste ‘top’, juntamente com outro compatriota…
    Sportskeeda.com

    O desafio, junto com o sentimento pelo emblema que se carrega ao peito é algo que cria uma espécie de futebolista cada vez mais em vias de extinção, embora em certos casos se possa especular, na análise ao perfil do jogador, elementos inerentes à natureza humana, como o medo de arriscar/falhar, estando o atleta num nível de conforto e desportivo tão estável que o próprio jogador afasta por completo a opção de mudar de ares. Algo sobre o qual não me irei pronunciar nesta ocasião. Num mundo assumidamente cada vez competitivo, não são só os reais competidores que competem, eclodem também competidores que prestam vassalagem a determinados dogmas, sob a forma de clubes de futebol. São aqueles que especulam sobre tudo o que se passa atrás da cortina vermelha, que se aproveitam deste desporto que foi criado e constantemente desenvolvido pela Humanidade, para fins lucrativos. A essência deste desporto vai se desvanecendo, com tamanha parcela de investidores que em nada pretendem melhorar o modo de jogar em si, mas com o intuito de aumentar o volume de negócios, a vertente do futebol jogado é intrinsecamente melhorada, o que já não me deixa tão desagradado…

    Parte desses “competidores mediáticos”, lançam teorias, escrevem novelas de jogadores irem para ali, outros para aqui, ou um para muitos sítios ao mesmo tempo. Esta tamanha facilidade em comunicar, faz com as pessoas circulem rápido, pois as distâncias vão sendo cada vez mais encurtadas dia após dia. Como tal, é cada vez mais raro um profissional de futebol se prender a um único clube, por mais forte que seja a paixão que se tenha pelo mesmo, já que as vontades, quer do jogador, quer dos adeptos seja cada vez mais desprezada.

    Escapando a esta tendência, existem jogadores que nenhuma força os move de dentro do forte onde se tornaram guerreiros. Jogadores que todos os dias têm motivação, não de ganhar uma competição nova, de provar o seu valor num ecossistema diferente, mas de fazer a equipa por quem nutrem sentimentos mais forte, de serem melhores do que os oponentes, que queiram o seu clube com uma sala de troféus muito preenchida. Atletas que reúnem o dito conforto, segurança, felicidade, que atingiram um autêntico clímax de realização pessoal. Junta-se a tudo isto o privilegiado estatuto de ídolo aos olhos dos seus fiéis discípulos, os adeptos, o elemento mais importante para a lógica de toda a modalidade, depois dos jogadores.

    O que dizer dos jogadores adeptos que se seguem, que sentem e aplicam esse mesmo sentimento no seu jogo?

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.