2 destaques e desilusões neste regresso da Primeira Liga Portuguesa

DESILUSÕES

1.

Os rivais do Minho entram com o pé esquerdo – Nas últimas épocas, confesso, fiquei mal habituado com a qualidade de jogo e com o entretinimento que SC Braga e Vitória SC me trouxeram durante vários minutos (horas, na verdade). Por isso, fiquei desiludido com as duas entradas em prova dos rivais do distrito de Braga.

No caso dos “Gverreiros do Minho”, não gostei da forma como Carlos Carvalhal abordou a partida no Dragão. Nem parecia o técnico que tão bem conhecemos, demasiado conservador. Claro, estava sem Paulinho e sem Gaitán, mas deixar Galeno e André Horta no banco, bem como atuar com uma linha de cinco defesas, parece-me que foi um erro. Ainda assim, creio que foi “um erro episódico”, que iremos ver um SC Braga fortíssimo e mais objetivo daqui para a frente.

Quanto ao Vitória SC, a estreia de Tiago Mendes não deixou boas impressões. Vou deixar um ponto prévio: sou um fã da carreira de Tiago enquanto jogador, dos médios nacionais que mais gostei de ver jogar (e tivemos/temos muitos e bons). No entanto, como treinador, tenho algum receio que esteja a querer enveredar pela escola Simeone, que acho ser um erro crasso.

Tem muita juventude no plantel e estar a prender taticamente os seus jogadores a uma ideia rígida, com ideias simples no ataque, não é positivo. São jovens, querem ataque desenfreado, não querem contra-ataque, querem inventar espaço: no fundo, querem passar mais tempo a atacar do que a defender. Cabe-lhe a si encontrar um equilíbrio que resulte, porque so a atacar ninguém consegue objetivo nenhum. Ainda assim, não perco a esperança em jogos melhor conseguidos da sua parte nos próximos duelos da Liga.

2.

Temos bom futebol, mas estádio vazios – Bem sei, não é fácil seguir o modelo alemão, onde há muito mais dinheiro para infra-estruturas com tecnologia de ponta, que garantem a segurança da percentagem de adeptos que podem ir aos estádios. França é outro dos países que também já deixa que os seus estádios estejam “compostos”, e creio mesmo que a médio-prazo, pelo menos Primeira Liga Inglesa vai permitir o mesmo.

A segunda vaga de Covid-19 está a causar um aumento dos casos em todo a Europa, mas isso não impede que decisões deste tipo sejam tomadas. Em Portugal já temos touradas com público, temos espetáculos de música, stand-up comedy, festivais que são na verdade “comícios festivos” com milhares de pessoas, convenções políticas, manifestações onde há tudo menos distanciamento social (seja de Direita e ou de Esquerda)… Mas o futebol continua sem adeptos nos estádios.

Não entendo este “bode-expiatório” que se tenta fazer do “desporto-rei” no nosso país. O que eu acho é que os nossos intérpretes merecem público – ainda que reduzido – nas suas bancadas, principalmente num ano que se adivinha muito positivo para a Liga e para o futebol português, pelo menos no que ao “jogo jogado” diz respeito.

Carlos Ribeiro
Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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