1.
Nico Gaitán (SC Braga) – Já aqui disse que o SC Braga é sempre um aspirante a candidato ao título, mas com o investimento que está a levar a cabo e com o novo treinador, Carlos Carvalhal, passa automaticamente a ser candidato assumido. São já várias as caras novas (mas, “velhas conhecidas”) que vestirão a armadura dos guerreiros na próxima época: André Castro, Iuri Medeiros, Schettine e possivelmente, o mais sonante de todos, Nico Gaitán.
O novo camisola 10 dos arsenalistas, apresentado com a pompa e circunstância digna do craque que é, promete trazer para a cidade dos arcebispos, a magia a que nos habituou quando jogava de águia ao peito. A sua passagem pelo Benfica abriu-lhe as portas dos tubarões da Europa, através do Club Atlético de Madrid, mas a sua estadia por Espanha, depois pela China, Estados Unidos e França não lhe permitiram largar o perfume no campeonato que qualquer adepto do Benfica tão bem recorda.
Gaitán vem para o Braga, sendo o rosto do ambicioso projecto de António Salvador, que tem vindo a construir um plantel de luxo, liderado por um dos melhores treinadores portugueses da actualidade; a contratação de Gaitán, mais do que simbólica, é o próximo passo, quer para jogador, quer para o clube: o argentino vem para relançar a carreira e o clube minhoto quer dar o passo final rumo ao “campeonato dos grandes”. Nico conhece bem a sensação de levantar o troféu de Campeão Nacional, uma vez que o fez por três vezes, pelas águias; vem assim sendo, acrescentar a mentalidade vencedora indispensável a qualquer candidato ao título, uma qualidade indiscutível e a experiência de quem sabe muito, mas aprendeu ainda mais. Além da absurda capacidade técnica de Gaitán, o argentino, que sabe descobrir espaços em defesas de buraco de agulha, que joga sempre de cabeça levantada e tem um pé esquerdo mágico, vem perfumar o futebol dos arsenalistas e ensinar às pérolas do Braga, aquilo que sabe e nunca esqueceu. Ora aqui está uma parceria passível de muito sucesso. Enquanto adepta de futebol e fã do Nico, só tenho a agradecer aos arsenalistas, quer pela oportunidade ao jogador, quer pela qualidade que estão a dar ao futebol português.