Nunca lidamos bem com o desaparecimento de quem tanto tem para dar, ainda para mais quando nos é levado de repente. É sempre difícil de aceitar. Foi o que aconteceu esta semana, quando o mundo do futebol foi surpreendido pela morte prematura e súbita de Eduardo Cameselle Mendez, carinhosamente conhecido por Dito, no desporto-rei.
O futebol nacional perde uma referência e a nossa cidade de Barcelos chora por um dos filhos pródigos que maiores voos alcançou. Compete-me fazer uma derradeira homenagem a um conterrâneo que foi mais longe do que qualquer outro, que brilhou enquanto jogador, chegou a uma final europeia, foi capitão da selecção nacional; como treinador, ajudou a cimentar várias equipas que hoje brilham na Primeira Liga e já como Director-Geral para o futebol, foi um dos rostos da campanha sensacional do nosso Gil Vicente FC na temporada transacta. Dito tem uma história ímpar no futebol português; proponho-me a contá-la para nunca esquecermos o excelente ser humano e o centralão que foi. Da minha parte, enquanto barcelense e adepta de futebol, muito obrigada, Dito. Foi um prazer.