Obrigada, Dito!

A caminhada rumo ao topo

Muito cedo, Dito se evidenciou como um futuro patrão da defesa. As suas mais que reconhecidas qualidades valeram-lhe a estreia com a camisola do Braga com apenas 18 anos e a partir daí, pegou de estaca. Foram sete épocas, desde a estreia em 1979/1980, até 1985/1986 a ser o pilar da defesa bracarense. Nem podia ser de outra forma; com um sentido posicional impecável, uma capacidade de antecipação inacreditável, com pés de veludo para desarmar com classe os adversários e ainda uma qualidade na saída de jogo inacreditável para um defesa-central, Dito seria o que hoje chamamos “centralão”.

Um muro da defesa, um líder nato. A todas estas qualidades indispensáveis a defesas de excelência, Dito juntava uma invulgar veia goleadora, tendo muitas vezes ajudado os arsenalistas com golos e não só com segurança na defesa. Estreou-se pela Selecção Nacional com apenas 19 anos, isto depois de ter sido capitão por todos os escalões inferiores por onde actuou pela equipa das quinas. À medida que o tempo passava, tornou-se evidente que o SC Braga se tornava pequeno para a grandeza de Dito, o que o levou a dar o salto para o SL Benfica, em 1986. Logo na época de estreia, conquista uma dobradinha, festejando tanto o título de campeão nacional como de vencedor da Taça de Portugal de águia ao peito.

No ano seguinte, viria a chegar à final da Taça dos Campeões Europeus, mas isso será uma história diferente. Ao longo da carreira, viria ainda a defender as cores do FC Porto, Vitória FC, SC Espinho, Gil Vicente FC (seguindo as pisadas do pai) e ainda do Torreense e do Ovarense. Em todas as equipas destacou-se por “meter os avançados no bolso”, sendo sempre uma voz de liderança e um exemplo de integridade no futebol nacional. Somou ainda 17 internacionalizações pela selecção nacional, tendo inclusive capitaneado a equipa (embora isso não pareça ser suficiente para a federação se lembrar de prestar uma pequena homenagem no jogo de sábado, ao contrário dos seus antigos clubes).

Inês Figueiredo Mendanha
Inês Figueiredo Mendanhahttp://www.bolanarede.pt
A Maria é uma orgulhosa barqueirense (e por inerência barcelense ) que aprendeu a gostar de futebol antes de saber andar. Embora seja apologista das peladinhas entre amigos, sai-se melhor deixando o que pensa gravado em papel. Benfiquista de coração e Gilista por devoção é sobretudo apaixonada pelo futebol que faz o país parar quando a bola começa a rolar.                                                                                                                                                 A Maria escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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