Tribuna VIP: Da Baviera para o mundo

    TRIBUNA VIP é um espaço do BnR dedicado à opinião de cronistas de referência para escreverem sobre os diversos temas da atualidade desportiva.

    Poderão não se lembrar desta sensação mas tentem imaginar-se num concerto da vossa banda preferida. As palavras entoadas entram nos timings certos, os instrumentos complementam-se de uma forma perfeita e o conjunto de todos os sons produzidos dão origem a um sentimento de satisfação que, por vezes, não somos capazes de explicar.

    Acho que é desta forma que podemos olhar para o Bayern Munique da atualidade. Desde a baliza ao ataque, tudo parece funcionar em harmonia. Há equilíbrio defensivo, há dinâmica e criatividade a meio-campo e, na frente, um homem que está sempre pronto para ser o principal vocalista. Resgatado à Polónia há 20 anos, Lewandowski chegou a estar do outro lado da barricada mas é ao serviço dos bávaros que envelhece como o vinho do Porto.

    Aos 32 anos, o seu nome confunde-se com prestígio e continua a alimentar-se de triunfos semanais, tal como aquele que aconteceu no passado sábado. Num combate feroz entre goleadores natos, a frieza e juventude de Haaland, nascido mais de 10 anos depois, pareciam superiorizar-se à mestria e sentido posicional de quem tem servido de exemplo para os pupilos das canteras.

    Durou pouco… ao bis do norueguês, o polaco respondeu com um hattrick e voltou a confirmar-se a regra da Bundesliga: podes brilhar na hora das decisões, mas não brilhas mais do que Robert Lewandowski. Desengane-se, no entanto, quem pensa que o matador faz todo o trabalho sozinho. Já viram alguma sinfonia estar depende da ação de um só elemento? O que dizer daqueles que apoiam ou seguram as pontas nas horas de maior aperto? Thomas Muller é o vértice quase perfeito de um triângulo constituído por Goretzka e Kimmich; dois homens com uma capacidade invejável de pautar as notas do jogo, numa estratégia que conta ainda com a irreverência de Leroy Sané e com o ataque à profundidade de Coman.

    Os leões andam à solta durante quase 90 minutos em intensidade máxima e torna-se quase impossível parar uma equipa que pouco conhece o significado de baixa rotação. Mais atrás, Neuer é o maestro das ações defensivas e pouco há a dizer sobre Boateng ou Alaba. O entrosamento adquirido ao longo das épocas dá segurança a Sule e Alphonso Davies nas alas, para que possam subir no terreno e criar superioridade numérica em momentos de desconstrução da muralha contrária.

    Feitas as contas, são 26 triunfos em 35 jogos em todas as competições e apenas três derrotas para uma equipa que já marcou 103 golos (!). Os elogios surgem de todo o lado e um tal de Pep Guardiola até recusa favoritismos na Liga dos Campeões ao ver aquilo que a formação de Munique tem feito esta temporada. Resta apenas saber se a história se vai repetir e se o poderio alemão vai voltar a fazer a diferença na maior prova europeia.

    Uma coisa é certa: no futebol, tal como na música, podemos ter conceções diferentes relativamente àquilo que gostamos ou não apreciamos. Mas se a maioria do público conseguir sentir a vibração, parece-me que podemos afirmar que estamos perante uma obra de arte.

    Artigo de opinião de Rita Latas,
    jornalista Sport TV


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