Segunda jornada da fase de grupos da UEFA Champions League: o calendário dita a deslocação do FC Porto ao Estádio Luís II para defrontar o campeão francês: Mónaco.
Com três Supertaças Europeias perdidas naquele recinto, o FC Porto procurava quebrar o enguiço e recuperar os três pontos (mal) perdidos na primeira jornada do grupo frente ao Besiktas.
Importante ganhar, fundamental não perder. Era esta a palavra de ordem no reino do Dragão e os comandados de Sérgio Conceição não defraudaram. Exibição soberba do FC Porto.
Mas já lá vamos.
Leonardo Jardim, timoneiro da equipa monegasca, fez alinhar o seguinte onze: Benaglio, Sibidé, Glik, Jemerson e Jorge, Fabinho, João Moutinho, Ghezzal, Lemar e Diakhaby, Falcao. Surpreendentes as ausências do português Rony Lopes e de Jovetic, sendo de ressalvar o reencontro de Falcao e João Moutinho com a equipa portuguesa.
No FC Porto, as grandes novidades foram a inclusão de Sérgio Oliveira (que não tinha nenhum minuto de competição até à partida de hoje) e a alteração do sistema habitual (aposta, desta feita, no 4 x 3 x 3). Assim, o Porto apresentou-se com Casillas na baliza, secundado pelo já habitual quarteto defensivo composto por Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles. Trio de médios composto por Danilo, o já mencionado Sérgio Oliveira e Herrera. No ataque, figuraram Brahimi e Marega nas alas e Aboubakar como ponta de lança. Notas para as relegações de Óliver e Corona ao banco de suplentes.
Apresentadas as equipas, vamos ao filme do jogo. Primeira parte marcada pelo equilíbrio e pouca agressividade no ataque à baliza. Sem grandes oportunidades e com a posse de bola dividida nos primeiros quinze minutos, foi já quando o Mónaco ganhava algum ascendente territorial que, aos 31 minutos, Aboubakar, à terceira, abriu o marcador a favor dos azuis e brancos. Apesar de alguma pressão dos franceses, nada de relevante há a acrescentar no que ao capítulo das oportunidades diz respeito, até ao apito para o intervalo.
Na segunda metade, quando se esperava uma resposta forte do Mónaco após o descanso, foi quando vimos o FC Porto de Sérgio Conceição explanar todo o seu (bom) Futebol. Com mais espaço para jogar, fruto dos riscos que o Mónaco foi correndo, o FC Porto foi dono e senhor do jogo. Sem nunca criar um número elevado de oportunidades (Marega falhou a melhor na cara de Benaglio), foi sempre o Porto a estar mais perto da baliza francesa e do 2-0 do que os comandados de Leonardo Jardim de chegar ao empate.
O dilatar da vantagem surgiu aos 69 minutos, numa lição de bem contra-atacar. Brahimi, após jogada individual ainda no meio campo defensivo, lança Marega na profundidade e este isola Aboubakar, que não desperdiça a oportunidade de bisar no encontro. Após o segundo golo, dá-se um período de, sensivelmente, 10 minutos de desnorte do FC Porto, aproveitado pelo Mónaco para ganhar superioridade e enviar uma bola à trave de Casillas por intermédio de Radamel Falcao. Com a entrade de Diego Reyes (já depois das entradas de Corona e Layun para as saídas de Aboubakar e Brahimi) para o lugar de Sérgio Oliveira, o FC Porto foi capaz de recuperar a sua organização e colocar, aos 89 minutos, a cereja no topo do golo e chegar à goleada por Layún. Missão cumprida com brilhantismo. Noite de Gala.
Sérgio Conceição prometera mostrar a força do FC Porto a nível europeu e cumpriu na plenitude. É dele grande parte da responsabilidade por este triunfo. Os Dragões ganharam por completo a batalha do meio campo sem nunca perder profundidade e largura e reentram, assim, na luta pelo apuramento para a fase seguinte.
Resta pedir e exigir que não se exagere nos festejos e concentração máxima para a deslocação do próximo domingo (dia de eleições autárquicas) ao Estádio de Alvalade, para defrontar o Sporting.