Os comandados de Sérgio Conceição, apesar do lugar favorável em que se encontravam, entravam em campo com mais dores de cabeça. Um empate confirmava o apuramento para a Liga Europa e a permanência na segunda posição do grupo, uma vitória quase garantia o apuramento e a derrota poderia deixar a equipa em maus lençóis.
Importante ganhar, fundamental não perder. Era esta a palavra de ordem no reino do Dragão. Confirmou-se o mal menor e as equipas acabaram a repartir os pontos após um empate a um golo.
Senol Günes, timoneiro da equipa turca, fez alinhar o seguinte onze: Fabri, Gonul, Pepe, Tosic, Adriano, Hutchinson, Arslan, Quaresma, Babel, Talisca, Tosun.
No FC Porto a grande novidade foi a inclusão de Maxi no onze e o adiantamento de Ricardo Pereira no terreno (Corona foi relegado para o banco de suplentes). Sérgio Oliveira voltou a ser arma de Sérgio Conceição para o palco europeu. Assim, o onze inicial foi o seguinte: José Sá; Maxi, Felipe, Marcano, Telles; Danilo; Herrera, Sérgio Oliveira; Ricardo, Aboubakar, Brahimi.
Apresentadas as equipas vamos ao filme do jogo. Primeira parte marcada pelo equilíbrio e sem grandes oportunidades de golo. No primeiro remate à baliza o FC Porto adiantou-se no marcador por Felipe num lance de laboratório (mais um golo de bola parada). Depois do golo o Besiktas carregou em cima do FC Porto e depois de José Sá negar o golo a Quaresma conseguiu chegar ao empate por Talisca. Erro de Felipe e na cara de José Sá, Tosun deixou para o brasileiro emprestado pelo Benfica que rematou para a baliza deserta. Poucos minutos depois o árbitro apitou para o final da primeira metade do encontro e o resultado ajustava-se à produção ofensiva de cada equipa.

Fonte: Besiktas JK
A segunda parte foi diferente. Os primeiros 15 minutos foram um autêntico massacre turco. Mérito para o Besiktas mas enorme demérito dos dragões. Passes falhados e perdas de bola infantis poderiam ter comprometido o resultado e o apuramento. O FC Porto não tinha arte nem engenho para chegar, sequer, ao meio campo adversário. A barra e José Sá (belo jogo do internacional português) salvaram os portistas. Aos 63 minutos, numa carambola, Ricardo Pereira falhou isolado. Lance que serviu para serenar os azuis e brancos. Os últimos 25 minutos foram equilibrados sempre com maior ascendente do Besiktas. Sem grandes oportunidades até final, a segunda parte fica também marcada pela inoperância, ou inatividade, no banco de suplentes do FC Porto. As substituições tardaram sendo que apenas aos 77 minutos Sérgio Conceição lançou Corona para o lugar de Ricardo. A segunda e última substituição foi já perto do minuto 90 com o objetivo de segurar o ponto (Diego Reyes substituiu Herrera).
Em suma, o FC Porto passou por grandes dificuldades na Turquia. Optou por jogar na expectativa e esperar o erro adversário que raramente apareceu. Não se pode dizer que tenha feito um grande jogo mas o resultado acaba por ser positivo e as decisões ficam, então, adiadas para o dia 6 de Dezembro quando o Mónaco de Leonardo Jardim visitar o Estádio do Dragão na derradeira jornada da fase de grupos.
Importa agora mudar o chip da equipa e preparar com o máximo rigor os jogos e decisões que se avizinham, a começar na difícil deslocação à Vila das Aves no próximo Sábado.