CD Tondela 0-0 CD Trofense: Pouca emoção na Beira Alta

A CRÓNICA: UM PONTO QUE NINGUÉM MERECEU

O domingo na Segunda Liga fechou com o embate entre CD Tondela e CD Trofense num frio fim de tarde na Beira Alta. Porém, para as 1250 pessoas que estiveram no Estádio João Cardoso, não foi o espetáculo mais agradável de se assistir.

É certo que há jogos sem golos que valem o bilhete, mas este não foi um deles. Em termos de oportunidades concretas de golo, registaram-se duas, ambas na primeira parte e a favor do Tondela: nas duas, valeu ao Trofense o guarda-redes Miguel Santos, a negar o golo a Daniel dos Anjos e Bebeto, num primeiro lance, e depois a Pedro Augusto, na sequência de um pontapé de canto.

Assim, a segunda parte não teve grande história para contar, resumindo-se a uma melhoria do Trofense em campo e a um notório desacerto do Tondela no último terço do terreno. Apesar dos beirões terem tido mais bola, nenhuma das equipas conseguiu lances de perigo para o adversário.

Com este nulo, o Tondela soma 16 pontos e ocupa a sétima posição na tabela, ainda que de forma provisória. Já o Trofense, é 16.º classificado, com oito pontos, e ocupa posição de play-off de despromoção.

 

A FIGURA

CD Tondela
Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

Bebeto – Uma vez mais, aguentou os 90 minutos, fez várias posições e saiu do campo a dar a ideia de que estava pronto para mais 90. Cada vez mais, é um “faz tudo” nesta equipa do Tondela e Tozé Marreco tem aproveitado bem o jogador para suprir algumas lacunas no plantel, fruto do impedimento de inscrever novos jogadores até ao próximo verão.

 

O FORA DE JOGO

Momento ofensivo das equipas – Por si só, o 0-0 no resultado explica esta escolha. Foi um jogo no qual as oportunidades claras de golo escassearam e, como tal, aceita-se que termine sem golos. Uma noite fria com um jogo gelado.

 

ANÁLISE TÁTICA – CD TONDELA

O Tondela apareceu com algumas adaptações em relação ao habitual sistema de três centrais. Num 4-2-3-1, foram Manu Hernando e Marcelo Alves os defesas centrais, com Jota a mudar-se para a posição ‘6’ e a ter a companhia de Pedro Augusto no meio.

Na frente, Bebeto foi o extremo direito, Matías Lacava apareceu sobre a esquerda e Rafael Barbosa foi o ’10’ de serviço, nas costas de Daniel dos Anjos.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Babacar Niasse (6)

Tiago Almeida (5)

Marcelo Alves (6)

Manu Hernando (6)

Naoufel Khacef (5)

Jota Gonçalves (5)

Pedro Augusto (5)

Bebeto (6)

Rafael Barbosa (6)

Matías Lacava (5)

Daniel dos Anjos (5)

SUBS UTILIZADOS

Rúben Fonseca (5)

Bruno Cuba (5)

Ricardo Alves (-)

Fajardo (-)

ANÁLISE TÁTICA – CD TROFENSE

Em 4-3-3, o Trofense teve Vasco Rocha como médio mais posicional, permitindo a Beni e a Martim Maia estarem mais soltos. Porém, raras foram as vezes em que a equipa conseguiu utilizar o meio-campo como motor do momento ofensivo.

Na frente, os extremos Djalma e Maiga também estiveram muito longe do esperado, sem que a equipa conseguisse grandes incursões pelas alas.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Miguel Santos (6)

Tiago Manso (5)

Marcos Valente (6)

Ange Mutsinzi (6)

Tiago André (5)

Vasco Rocha (5)

Beni Mukendi (6)

Martim Maia (5)

Issoufi Maiga (5)

Djalma Campos (5)

Stevy Okitokandjo (5)

SUBS UTILIZADOS

Vanilsom (5)

Vilson Caleir (5)

Pablo (-)

Caio Marcelo (-)

Bechou (-)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

CD TONDELA

BnR: Tal como no último jogo em casa, contra a UD Oliveirense, o Tondela voltou a falhar algumas oportunidades, sobretudo na primeira meia hora. Isso é algo que acaba por afetar a equipa a nível mental no resto do jogo?

Tozé Marreco: No decorrer do jogo, é lógico que as equipas adversárias começam a ganhar confiança com isso. Estamos a passar por um mau momento em frente à baliza, sobretudo nesses dois últimos jogos em casa, mas estamos também a falhar muito no último passe. No futebol, a eficácia é muito importante, ainda mais nesta Segunda Liga. Porém, depois do jogo com o FC Porto, na Supertaça, acho que este é o único jogo em que não marcámos até agora.

 

CD TROFENSE

BnR: O Tondela apresentou mudanças táticas, usando hoje uma linha de quatro defesas. Isso condicionou a sua equipa, sendo que se preparou com base numa linha adversária de três centrais, e usou o intervalo para fazer correções?

Bruno China: Estávamos preparados para as duas situações. Vimos que o Tondela mudou, em momentos dos últimos jogos, para uma linha de quatro, e por isso vínhamos precavidos. O intervalo foi bom para ajustarmos, mas não pelo que o Tondela fez na primeira parte, mais pelo que nós não fizemos e corrigimos.

Alexandre Candeias
Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.

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