Super Guerreiros de Faro não conseguiram travar o novo líder | SC Farense 2-3 Sporting CP

    O Sporting CP teve de suar muito para levar de vencida o SC Farense, e ficar assim isolado no primeiro lugar da Liga.

    No Estádio de São Luís, em Faro, houve um duelo de leões, onde os de Lisboa foram mais fortes, mas onde tiveram de correr muito para levar os três pontos para Alvalade. SC Farense e Sporting CP deram um grande espetáculo de futebol, e houvesse mais jogos assim, e o futebol português teria outra visibilidade.

    José Mota, treinador da equipa algarvia, apostou num 4-2-3-1, enquanto Rúben Amorim utilizou o seu habitual 3-4-3, com principal destaque para o regresso de Viktor Gyokeres ao onze.

    O técnico leonino sabia da importância deste encontro, pois uma vitória garantia desde logo a continuidade no primeiro lugar do campeonato, mas desta vez sem a companhia de outros emblemas. E cedo se começou a perceber que o Sporting CP queria resolver cedo a partida, e começou a carregar a equipa da casa nos primeiros minutos do encontro, mas sempre sem muito perigo junto à área contrária.

    O SC Farense optou por não fazer pressão alta, o que se perspectivava que os algarvios queriam apostar num jogo mais de contenção e dar a iniciativa ao adversário.

    À passagem do minuto 12, contrariedade para os visitantes, que ficaram sem Coates por lesão, tendo sido Matheus Reis o escolhido para substituir o central uruguaio. Pensou-se que isso poderia abalar a formação verde e branca, mas não foi isso que se verificou, pelo menos nesta fase do encontro, embora o SC Farense começasse a dar sinais de querer equilibrar o rumo dos acontecimentos.

    Viktor Gyokeres SC Farense x Sporting CP
    Fonte: Edmilson Monteiro/Bola na Rede

    O Sporting CP continuou a mandar no jogo e aos 19 minutos chegou à vantagem no marcador, numa grande penalidade convertida por Gyokeres. Desde lance, resultou a expulsão de Gonçalo Silva, que tocou com a mão na bola dentro da área.

    Este golo deu ainda mais alento aos homens de Alvalade, e ao contrário do que é normal nestas circunstâncias, José Mota não fez entrar ninguém para o lugar do central expulso. O SC Farense tentou remar contra a maré, numa altura que procurava o seu primeiro remate à baliza. Um cabeceamento de Falcão ao lado foi a única coisa que se viu dos algarvios até à primeira meia hora.

    O segundo tento dos leões de Lisboa apareceu pouco tempo depois, num grande remate de fora da área de Pedro Gonçalves, na sequência de um pontapé de canto.

    Este golo fez com que muita gente pensasse que o assunto estava arrumado para o lado do conjunto verde e branco, que vencia por 2-0 e jogava em superioridade numérica. Toda a gente, menos os adeptos da casa, que apoiam o seu clube como muito poucos em Portugal. E é a partir daqui que o jogo muda por completo.

    Os leões de Faro sabiam que não tinham nada a perder e não baixaram os braços. Foram para cima do Sporting CP e beneficiaram de um livre perigosíssimo à entrada da grande área. Mattheus Oliveira encheu-se de fé e atirou para o fundo da baliza de Antonio Adán.

    Um grande momento de inspiração do médio brasileiro, que parece ter contagiado a restante equipa. Os minutos finais do primeiro tempo foram jogados num ritmo frenético, com ataques constantes de um lado e de outro, e nem se notava que os algarvios estavam com menos um elemento em campo.

    A segunda parte começou com o Sporting CP a tentar resolver questão dos três pontos, e a explorar sempre o lado esquerdo do ataque, à procura da velocidade de Nuno Santos, ele que tentou o golo num excelente remate, que Ricardo Velho defendeu. Mas aos poucos, a formação orientada por José Mota tentou novamente equilibrar o desafio, e mostrou ser uma equipa muito compacta, sobretudo no meio campo, com destaque para Fabrício Isidoro.

    O empate não tardou, e aos 55 minutos Mattheus Oliveira marcou outro livre irrepreensível, e deixou os adeptos da casa em êxtase absoluto, que começavam a acreditar que era possível sonhar com um resultado épico no São Luís.

    Rúben Amorim sentiu pela primeira vez que a liderança do campeonato lhe estava a fugir, e não estava a conseguir encontrar um antídoto para travar um SC Farense completamente transformado, qual Super Guerreiro da famosa série de animação “Dragon Ball”.

    Só aos 70 minutos é que se vislumbrou nova oportunidade clara de golo para os leões de Lisboa, num cabeceamento de Paulinho, para uma grande defesa de Ricardo Velho. Mattheus Oliveira continuava endiabrado e tentou o hat trick num potente remate de meia distância, só que desta vez Adán estava atento.

    SC Farense x Sporting CP jogadores Sporting
    Fonte: Edmilson Monteiro/Bola na Rede

    À medida que o encontro se ia aproximando do seu final, ficou evidente que o SC Farense queria segurar com unhas e dentes este precioso empate, com José Mota a reforçar a linha central da defesa com a entrada de Muscat. Mas uma nova grande penalidade a favor do Sporting CP em cima do minuto 90, deitou por terra todo o esforço dos algarvios neste jogo. Gyokeres converteu mais um castigo máximo e fez o 2-3 final, com o técnico algarvio a mostrar-se completamente resignado.

    Os três pontos foram para Alvalade, mas ficou a sensação de que o empate teria sido o resultado mais justo, por tudo aquilo que o SC Farense foi capaz de mostrar, ao ir buscar forças onde já não havia.

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.