FC Penafiel 0-0 GD Estoril Praia: Não foi desta que o Estoril fez a festa

    A CRÓNICA: FC PENAFIEL ADIA A FESTA DA SUBIDA AO GD ESTORIL PRAIA

    O FC Penafiel, atual oitavo classificado da Segunda Liga Portuguesa, recebeu o GD Estoril Praia para uma jornada importantíssima para o emblema “canarinho”. Em caso de vitória, os “estorilistas” asseguravam a subida de divisão, isto depois de FC Vizela e CD Feirense, dois dos principais candidatos à subida, empatarem na mesma tarde. No lado caseiro, o FC Penafiel entrava em campo com o objetivo de ascender à sétima posição e acabar esta reta final do campeonato da melhor forma.

    A primeira grande oportunidade da partida surgiu através do capitão do Estoril Praia, após os dez minutos de jogo. Joãozinho avançou no terreno, recebeu a bola do lado esquerdo e, ainda fora de área, enviou um remate potente para uma excelente defesa do guardião do FC Penafie, Luís Ribeiro. Muito perigo no Estádio Municipal 25 de Abril, com o emblema do Sul a ameaçar abrir o marcador. Contudo, o FC Penafiel ia ganhando espaço no meio campo ofensivo e pressionava o Estoril Praia no ataque, ainda que não conseguisse nenhuma oportunidade de golo.

    Embora o Estoril Praia estivesse mais atarefado na defesa, os pupilos de Bruno Pinheiro mostravam que podiam ditar o jogo caso quisessem. Num ataque rápido desde a defesa até à grande área adversária, o número nove, André Vidigal, teve todo o tempo para tirar um homem da frente e rematar em direção à baliza adversária. Luís Ribeiro não permitiu que a bola entrasse e com mais uma boa defesa afastou o perigo. Uma chamada de atenção para o FC Penafiel, que ia respondendo, ainda que com remates muito ao lado, como no caso de Bruno César, num primeiro momento e, posteriormente, Wagner.

    O Estoril Praia dava o controlo da posse de bola ao FC Penafiel, mas a eficácia e rapidez da equipa visitante colocava os durienses em sentido. Ainda que houvesse uma grande vontade de jogar por parte das duas equipas, a primeira parte ficou marcado pelas várias interrupções não só para dar entrada à equipa técnica assim como na marcação de faltas. O jogo seguia para intervalo empatado a zero no marcador, com um FC Penafiel mais possante frente a um Estoril Praia mais certeiro na baliza.

    A segunda metade começou sem qualquer alteração para ambas as equipas, mas com um Estoril Praia diferente da primeira parte, conseguindo ter mais bola. O FC Penafiel assumiu a postura do Estoril Praia da primeira parte e foi o primeiro a rematar à baliza através de um roubo de bola de Gustavo Henrique e consequente pontapé em direção à baliza de Luís Ribeiro, mas saiu ao lado. Por sua vez, minutos depois, após cobrança de livre indireto por Zé Valente, João Gamboa, de cabeça, rematou à baliza de Luís Ribeiro, mas a bola saiu um pouco acima.

    Ao minuto 65, surgiu a primeira grande oportunidade para o FC Penafiel. Num lance pelo corredor direito, Ronaldo Tavares meteu a quinta velocidade e só parou na grande área para rematar, mas a bola embateu no poste direito. Ainda sobrara para Wagner, mas o número 11 enviou muito ao lado da baliza de Dani Figueira. O FC Penafiel não queria dar parte fraca e ia também progredindo no terreno ofensivo, mas sem conseguir criar uma ameaças em concreto. Robinho ainda tentou fazer o golo de longe da baliza, mas Dani Figueira estava atento e segurou facilmente.

    O jogo ia-se repartindo e ambas as equipas ambicionavam chegar ao tão desejado golo, mas sem grande sucesso. Embora tenha havido alguns lances um q.b. mais perigosos, tanto por parte do emblema canarinho como do FC Penafiel, durante os noventa minutos o mais difícil foi acertar com a baliza. A última grande oportunidade seria protagonizada pelo GD Estoril e pelo recém-entrado Rosier, que rematou de cabeça depois de um pontapé de canto para o primeiro poste. O jogo terminaria 0-0 e a festa da subida do Estoril Praia SAD seria adiada para a próxima jornada. Quanto ao FC Penafiel, o ponto conquistado ajuda a manter a oitava posição na classificação, sendo este um bom resultado frente ao primeiro classificado.

     

    A FIGURA

    Luís Ribeiro – O guardião do FC Penafiel esteve bastante interventivo, principalmente na primeira parte. Os remates de Joãozinho e André Vidigal levavam selo de golo e Luís Ribeiro negou os dois tentos da equipa “estorilista”. Estas duas boas defesas e a estabilidade que deu à equipa no decorrer do jogo foram decisivas na partida, para além de a defesa do FC Penafiel ter estado também muito ativa.

     

    O FORA DE JOGO

    Miguel Crespo – É uma das figuras da equipa e habituou mal os adeptos do Estoril Praia e do futebol português. Hoje, o maestro do meio campo canarinho esteve um tanto quanto apagado e não extraiu todo o seu potencial para dentro das quatro linhas. Acabou por ser substituído a cinco minutos do fim para dar lugar a Rosier.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PENAFIEL

    O emblema da casa entrara para dentro das quatro linhas com um esquema tático de 3-5-2 – Luís Ribeiro começara na baliza e à sua frente tinha Corona, Capela e Paulo Henrique. Simãozinho estava encarregue do fluxo ofensivo e defensivo do lado direito do FC Penafiel e do outro lado era Wagner quem assumia o mesmo papel. João Amorim, Bruno César e Gustavo Henrique eram os patrões do meio campo. Ronaldo Tavares e Robinho faziam a dupla de avançados dos rubro-negros.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Luís Ribeiro (8)

    Pedro Coronas (7)

    Capela (6)

    Paulo Henrique (6)

    Wagner (6)

    Gustavo Henrique (7)

    Bruno César (7)

    João Amorim (6)

    Simãozinho (6)

    Ronaldo Tavares (8)

    Robinho (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Junior Franco (6)

    Rui Pedro (6)

    David Caiado (7)

    Vinicius (-)

    ANÁLISE TÁTICA – GD ESTORIL PRAIA

    O Estoril Praia SAD entrou em campo com um sistema tática de 4-3-3, com Daniel Figueira na baliza, João Diogo do lado direito do setor defensivo e a dupla de Hugos (Gomes e Basto) no centro da defesa. No lado esquerdo da linha mais recuada posicionava-se o capitão Joãozinho. Quanto ao centro do terreno, Gamboa e Zé Valente compunham a primeira linha após a defesa e Crespo aparecia em terrenos mais ofensivos. André Vidigal estava mais descaído para o lado esquerdo do ataque estorilista, Aziz era a referência do ataque e no lado direito o dono era Harramiz.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Daniel Figueira (6)

    João Diogo (6)

    Hugo Gomes (6)

    Hugo Basto (7)

    Joãozinho (7)

    Zé Valente (7)

    Miguel Crespo (5)

    João Gamboa (6)

    André Vidigal (7)

    Aziz (6)

    Harramiz (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Lazare Amani (7)

    André Clóvis (6)

    Bruno Lourenço (-)

    Lorientz Rosier (6)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Penafiel

    BnR: Olha para o marcador como um empate que sabe a pouco ou um bom resultado frente ao primeiro classificado?

    Pedro Ribeiro: Como um empate que sabe a pouco, mas com humildade suficiente de reconhecer de que o jogo podia ter caído para um lado ou para o outro. O Estoril para além de ter uma excelente equipa e em termos individuais ter excelentes jogadores está num momento do campeonato que tem relativa tranquilidade em relação à forma como está no jogo. Portanto, admito que o jogo podia ter caído para um lado ou para o outro, até porque um zero a zero é isso que acontece, mesmo uma equipa estando a dominar claramente a outra. Este jogo foi um jogo equilibrado, mas com um ascendente da equipa do FC Penafiel, portanto é um empate que nos sabe a pouco.

     

    GD Estoril Praia

    BnR: Na primeira parte o Estoril não conseguia dominar na posse de bola, mas ainda assim chegava à baliza do Penafiel. A estratégia era dar a posse ao adversário para poder contra atacar ou houve mesmo uma maior dificuldade em conseguir ter bola?

    Bruno Pinheiro: Nós nunca jogamos para o contra ataque e também não jogamos agora. Não é a nossa estratégia. Não conseguimos ter bola, ou porque havia um mau passe ou uma má receção, acabamos, na primeira parte, por dar muito oxigénio ao nosso adversário e intranquilidade a nós próprios. Foi muito demérito nosso e algum mérito do adversário.

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    Tiago Moura
    Tiago Mourahttp://www.bolanarede.pt
    Desde criança a colecionar cromos e recortes de jornais de vários jogadores até às longas carreiras nos videojogos no seu clube do coração, foram muitas as alegrias que o desporto rei lhe proporcionou. Assume ficar fulo quando não consegue acompanhar um jogo da equipa da cidade Invicta, mas no que toca a tudo o que acontece à volta do seu clube sente a obrigação de estar sempre atualizado. Estuda Ciências da Comunicação e é através da escrita que se prefere expressar.