Orlando Magic | A magia das derrotas

    Se há uma equipa onde os postes costumam ser as estrelas, são os Orlando Magic. É uma franquia da conferência Este que tem tido muitas dificuldades nos últimos anos – não conhece o sabor dos playoffs há quase três anos – e são a segunda equipa com mais derrotas na atual época.

    É uma das poucas equipas da NBA que ainda não conquistou o principal título do campeonato e parece que não vão conhecer essa sensação nas próximas épocas.

    Apesar disso, os Magic já participaram em duas finais: em 1995, graças a Shaquille O’Neal, e em 2009, devido a Dwight Howard.

    São dois dos melhores postes da história da NBA e ambos já representaram os Magic, no início da carreira, como o número um do Draft. Shaquille O’Neal teve uma média de 27.2 pontos por jogo, 12.5 ressaltos por jogo e 2.8 bloqueios por jogo, nas quatro épocas que representou a franquia.

    Já o jogador que foi comparado com o Shaq no início da carreira, Dwight Howard, teve uma média de 18.4 pontos por jogo, 13 ressaltos por jogo e 2.2 bloqueios por jogo. Existe um grande problema entre ambos: Shaquille O’Neal nunca gostou de Dwight Howard, por causa das comparações.

    O basquetebolista não-poste que teve mais sucesso na franquia foi Tracy McGrady, um dos melhores marcadores de sempre da história da NBA.

    Durante as quatro épocas com os Magic, T-Mac teve uma média de 28.1 pontos por jogo, 7 ressaltos por jogo, 5.2 assistências por jogo, a melhor média de eficácia da carreira (48,4%) e só não marcou em um dos 295 encontros que jogou. Um atirador incrível na quadra.

    Nas últimas épocas, o melhor líder que a equipa teve foi Nikola Vucevic, o poste de Montenegro. Representou o clube durante oito épocas e meia e teve uma média de 17.6 pontos por jogo, 10.8 assistências por jogo, uma média de eficácia no lançamento de 52% e chegou a ser All-Star.

    Março de 2021 foi o mês em que os Magic revolucionaram o seu plantel, fizeram muitas trocas e Vucevic foi uma delas.

    Fora o montenegrino, também saíram Aaron Gordon e Evan Fournier. A franquia mostrou o seu posicionamento em relação ao futuro: perder o maior número de jogos possíveis para ter uma melhor posição no Draft, ou seja, tanking.

    Terminaram a época em penúltimo na conferência, com o terceiro pior recorde da NBA, mas ficaram com a quinta escolha do Draft, onde escolheram Jalen Suggs.

    O novato está a fazer a sua primeira época na NBA e está a mostrar que merece ficar: 12.3 pontos por jogo, 3.6 assistências por jogo, 3.4 ressaltos por jogo e 1.1 roubo de bola por jogo, numa equipa que ocupa os últimos lugares.

    Quando uma equipa está nesta situação, é necessário perceber que há um jogador que costuma “carregar” em certos jogos, e esse jogador é Cole Anthony.

    O basquetebolista foi escolhido pelos Magic no Draft de 2020, na 15ª posição, e teve uma subida incrível na segunda época: 19.9 pontos por jogo, 6.1 ressaltos por jogo, 5.6 assistências por jogo e 1.1 roubos de bola por jogo.

    A situação dos Magic parece que não vai ser a melhor nos próximos anos, mas, se escolherem bem os basquetebolistas nos próximos drafts, pode chegar um título à cidade da Disneylândia. Afinal, nem sempre é mau perder muitos jogos na NBA.

    Foto de capa: NBA

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    Filipe Torres
    Filipe Torreshttp://www.bolanarede.pt
    O Filipe saiu da Ilha de São Miguel, nos Açores, para tirar a Licenciatura de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Desde criança que é adepto de Futebol, tendo já sido árbitro. Para além do "desporto-rei", o Filipe também é apaixonado por Basquetebol e não falha no acompanhamento de Wrestling.