País de Gales 0-3 Inglaterra: Três Leões batem Dragão Vermelho em clássico britânico

    A CRÓNICA: INGLATERRA AVANÇA PARA OS OITAVOS COM VITÓRIA CONFORTAVÉL SOBRE PAÍS DE GALES, QUE FICA PELO CAMINHO

    Quis o destino que País de Gales e Inglaterra, ambos pertencentes ao Reino Unido, se encontrassem na fase de grupos deste Mundial, numa partida que, fruto da rivalidade britânica, prometia ser entusiasmante.

    Ingleses e galeses chegaram à derradeira jornada da fase de grupos em situações bastante distintas, já que os primeiros somavam quatro pontos (goleada ao Irão e empate com os EUA) e lideravam o seu grupo, enquanto que os segundos se encontravam no fundo da tabela, com apenas um ponto (empate com americanos e derrota com iranianos), embora ainda mantivessem hipóteses de se qualificarem.

    Como seria de esperar, na primeira parte, foi a Inglaterra a ter maior iniciativa de jogo, bloqueando quase todas as iniciativas ofensivas adversárias – o País de Gales fez o seu primeiro remate somente na compensação – e detendo grande parte da posse de bola.

    Contudo, os comandados de Southgate não criaram grande perigo com a mesma e a melhor oportunidade de que dispuseram – e de todo o primeiro tempo – só surgiu através de uma perda de bola na defesa galesa, tendo Ward defendido a tentativa de Rashford com categoria.

    Foi, assim, uma primeira parte muito pobre em termos ofensivos, registando-se apenas mais uma tentativa de Foden e outra de Allen, ambas para fora.

    Numa partida tão atada, a bola parada poderia ser uma arma de desequilíbrio e os ingleses deram uso à mesma logo a abrir a segunda metade, com Rashford a fazer as redes abanarem de livre direto.

    Os galeses sentiram o golo sofrido e, pouco depois, Ben Davies perdeu a bola em zona proibida, tendo Kane aproveitado para servir Foden para o 2-0.

    O País de Gales ainda esboçou uma reação através de um cruzamento traiçoeiro de Daniel James e um remate de Moore para intervenção de Pickford, mas foi a seleção dos três leões a aumentar a contagem com mais um tento de Rashford, a passe de Kalvin Phillips, tendo Dan Ward ficado mal na fotografia dos dois disparos certeiros do avançado do Manchester United.

    Até ao apito final, a Inglaterra controlou o desafio e até podia ter dilatado a vantagem, porém, o marcador não mais se alterou e, com a vitória dos EUA ante o Irão, ingleses e americanos garantiram a passagem aos oitavos de final.

     

    A FIGURA

    Phil Foden (Inglaterra) – Numa primeira parte com pouco espaço, foi o mais esclarecido do lado inglês, desequilibrando com os seus dribles, visão de jogo e disparos. Na segunda metade, viu o seu esforço ser recompensado com um merecido golo e manteve a assertividade até ao fim, embora com menor fulgor.

     

    O FORA DE JOGO

    Gareth Bale (País de Gales) – A grande estrela da companhia galesa não se viu no processo ofensivo da sua equipa, dedicando-se exclusivamente ao apoio defensivo, ausência esta que levou Robert Page a substituí-lo ao intervalo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PAÍS DE GALES

    O País de Gales também entrou em campo num 4-3-3, que, nos momentos defensivos, se transformava em 4-4-2, com Ramsey e Moore a pressionarem mais subidos no terreno. O castigado Hennessey, bem como Connor Roberts e Wilson, titulares ante o Irão, cederam o lugar a Ward, Williams e Allen.

    Apostando no contra-ataque, que muito poucas vezes se viu, os galeses abdicaram da posse, oferecendo espaço à Inglaterra no início da construção e pressionando apenas em zonas mais próximas das suas redes, estratégia esta que resultou somente até aos primeiros minutos da segunda metade.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Danny Ward (5)

    Ben Davies (5)

    Chris Mepham (6)

    Joe Rodon (6)

    Neco Williams (5)

    Ethan Ampadu (6)

    Joe Allen (6)

    Aaron Ramsey (6)

    Gareth Bale (5)

    Kieffer Moore (6)

    Daniel James (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Harry Wilson (5)

    Brennan Johnson (6)

    Joe Morrell (5)

    Connor Roberts (5)

    Rubin Colwill (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – INGLATERRA

    Gareth Southgate optou por um 4-3-3 com Walker, Henderson, Rashford e Foden a entrarem para os lugares de Trippier, Mount, Saka e Sterling, relativamente ao onze que havia empatado com os EUA.

    Com Rice mais recuado a apoiar o início da construção de jogo e Shaw e Walker bastante subidos no terreno, a Inglaterra deteve a maior parte da posse de bola, embora a trocasse com alguma lentidão, resultando em dificuldades a chegar ao último terço e a zonas mais interiores.

    Na segunda parte, os ingleses aproveitaram a bola parada e os erros adversários para construir uma vantagem confortável, limitando-se a gerir os minutos restantes do encontro.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Jordan Pickford (6)

    Luke Shaw (6)

    John Stones (6)

    Harry Maguire (6)

    Kyle Walker (7)

    Declan Rice (6)

    Jordan Henderson (6)

    Jude Bellingham (7)

    Marcus Rashford (7)

    Harry Kane (6)

    Phil Foden (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Kieran Trippier (5)

    Alexander-Arnold (5)

    Kalvin Phillips (6)

    Callum Wilson (6)

    Jack Grealish (5)

     

    Rescaldo da opinião de Simão Vitorino.

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