É o regresso da La Liga após a pausa para as seleções. Frente a frente estão duas equipas com resultados diferentes no campeonato. Enquanto a Real Sociedad já experimentou todos os resultados possíveis nas três primeiras jornadas, o Atlético Madrid mantém-se imbatível, com três vitórias consecutivas.
Este jogo tinha uma condimento especial, a Real Sociedad estreava-se em casa esta época e estreava também o seu novo estádio,o novo Anoeta, que foi renomeado para Real Arena. Uma motivação para a equipa da casa se estrear com uma vitória. Aleksander Isak era também uma das estreias para este jogo e poderia ser um dos candidatos a inscrever o seu nome na história como o primeiro jogador da Real a marcar no novo estádio.
O técnico Imanol Alguacil apresentou a equipa a jogar um futebol agradável com as transições em posse a serem o foco da equipa, mas esbarrou na forte pressão da equipa de Simeone que voltou ao esquema táctico mais habitual, o 4-4-2, depois do susto da última jornada em que tinha alterado o sistema. Apesar dessa pressão, os bascos dominavam no capítulo da posse, apesar de perderem a maior parte dos duelos para a defesa dos colchoneros.
A equipa do Atlético é conhecida por sofrer poucos golos e com o regresso de Savic ao centro da defesa, essa afirmação saía mais reforçada.
Essa condição foi posta à prova por duas ocasiões, primeiro numa bela jogada colectiva, a Real podia ter chegado ao golo, mas Jan Oblak negou de forma fantástica o golo aos bascos. Depois Diego Llorente ao ganhar nas alturas à defesa colchonera podia ter feito melhor mas o cabeceamento acabou por sair por cima da baliza dos madrilenos.
Para quem viu a primeira parte, só podia concordar com este nulo, embora a Real tivesse maior ascendente no jogo não conseguia marcar, ao passo que o Atleti, esteve bastante apagado a nível ofensivo.
A segunda parte iniciou com uma alteração na equipa colchonera, Marcos Llorente entrava para o lugar do muito apagado Thomas Lemar.
A qualidade global do jogo melhorou um pouco no início do segundo tempo, talvez muito por culpa do Atleti que mostrou maior interesse em chegar à grande área contrária, o que depois servia de pretexto para a Real contra-atacar.
Num bom lance ofensivo João Félix mostrava os dentes à defensiva do clube de San Sebastian, com um remate a passar ao lado da baliza de Moya.
O jogador português não ia mostrar muito mais porque pouco depois seria substituído por Ángel Correa.
Os minutos seguintes definiram o resto do jogo, numa escala de acontecimentos que levaram à queda do líder da La Liga.
Mikel Merino numa grande jogada individual entregava o esférico para Martin Odegaard que abria o marcador, inscrevendo o seu nome na história do novo Anoeta, o remate do dinamarquês ainda sofreu um desvio em Savic enganando Jan Oblak.
Pouco depois ainda não refeitos do primeiro golo sofrido, a defesa do Atlético de Madrid concede outro golo, com culpas repartidas entre a defesa e Jan Oblak, foi mais lesto Nacho Monreal e empurrava a bola para dentro da baliza num lance que deixou Oblak sem sentidos, acabando o mesmo por ter que ser substituído. Muitas contrariedades em tão pouco tempo deitaram a baixo os colchoneros.
Mas quem conhece Simeone sabe que não é pessoa de se render, e isso ficou espelhado na reação da equipa. Finalmente a equipa começou a funcionar no ataque e as ocasiões foram aparecendo e no espaço de dois minutos Moya foi obrigado a intervir por duas ocasiões. A própria atitude da equipa melhorou mesmo não sendo suficiente para mudar o rumo dos acontecimentos.
Vitória a ser mais que justa para a equipa da casa que foi mais forte em todos os momentos do jogo, perante um Atlético muito estéril que voltou a mostrar dificuldades quer no momento ofensivo quer no momento defensivo, espera-se pois muito trabalho para Simeone colocar o Atleti a praticar um futebol mais “agradável”.
ONZE INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:
Real Sociedad de Fútbol – Moya, Monreal, Llorente, Elustondo, Zaldua, Merino (Zurutuza, 83′), Zubeldia, Oyarzabal, Odegaard, Portu (Januzaj, 83′) e Isak (Willian José, 73′).
Club Atlético Madrid – Oblak (Adan, 66′), Trippier, Gimenez, Savic, Renan Lodi, Lemar (Llorente, 46′), Koke, Saul, João Félix (Correa, 57′), Diego Costa e Vitolo.